Ano velho que nos deixas,
são bem poucas as saudades,
antes, as muitas queixas
pelas sofridas maldades
Nós, bem confiámos em ti
mas ao longo dos teus dias
os males, dos quais sofri,
ensombraram, com arrelias.
Nesta tua descendência,
teremos um Ano Novo.
Que a Santa Paciência,
alegre. todo o nosso povo!
Tão certo como o Sol nascer,
o que viria a acontecer.
Os casos em somatório.
Filas intermináveis
e os senhores responsáveis
sem culpas nos cartório?!
Figurinhas e figurões,
enxameiam as televisões
com palpites e certezas.
São muitos, por grosso,
como cães a um osso,
nas suas espertezas.
Falam com convicção,
sendo deles a razão.
Contradições, inevitáveis
revela a pouca valia
que têm da pandemia.
Deixam pois, de ser fiáveis.
Só o enjoo prevalece.
Nada de bom, acontece.
Ao toque das badaladas,
práticas já programadas:
passas d'uva, correspondentes,
uma taça de espumante
e a presença constante
que nos deixa, contentes.
Dela, eterna namorada,
este ano, acompanhada
pelo cachorrinho dos dois.
Ver o fogo de artifício
sem sofrer, o sacrifício.
O Ano Novo, virá depois.
O saudaremos com alegria,
apesar, da pandemia.
Aos amigos e familiares,
que o próximo novo ano
seja isento de azares
e, se possível, sem dano.
A má prática caseira,
Ano novo, sobem impostos.
Um ataque à carteira
que nos deixa, indispostos.
Somos, "uns burros de carga"
carregados de impostos.
"Eles", vivendo à larga,
alegres e bem dispostos.
segundo doutores e doutoras,
a quem quer gozar a festa.
É, uma corrida desenfreada
e, tanta gente maltratada
que, com lentidão, se testa.
Pois, sigam o meu conselho
com experiência de velho:
Esqueçam, lá, a folia!
Deixem-se ficar em casa.
A rua, traz mal na asa.
Virá depois, a agonia.
Já o fiz pelo Natal
e não me dei, nada mal.
Cumprida a sua missão,
extinguiu-se, a clara luz,
anunciando ao bom Cristão,
o Nascimento de Jesus.
Repetido, ano após ano,
um acto de singeleza
que o respeitoso profano
comunga, na certeza.
Não foi bom, o presente,
ofuscado por pandemia
que mantém, a mente doente,
logo, sem grande alegria.
Pessoalmente, o bendigo
mesmo sem ter tido festa.
O facto de estar vivo
é consolo que me resta.
Viver em Esperança futura.
Não há mal que sempre dure.
Seja feliz a criatura
que me leia e, me ature! ...
Não me ralem o juízo ...
Entrevista? Com tanto sorriso?
E, quanto ao gesto?
De ficar indigesto.
Não se olhar a meios
para atingir os fins,
tais gestos, bem feios,
atitudes, bem ruíns!
Almirante empossado,
com traição a camarada?
Deveria ter recusado
e, outra data, acertada.
Por detrás, a Política
que tudo justifica?!
Quem sabe, deixou de ser herói.
Uma traição, sempre dói.
A Ministra, até prevê,
um enorme agravamento.
Entretanto, nada se vê
para contrariar tal momento.
O espectáculo é triste,
incomoda a quem assiste.
Para tudo, são as filas,
seja vacina ou teste.
Do que nada preste,
estás passivo, não refilas?
À chuva e ao vento
sem lamúrias ou lamento,
somos os brandos de sempre,
tratados como animais,
porque "eles", os ditos tais,
não têm, soluções na mente.
Programas desorganizados,
utentes, mal-tratados!
Por tão maus...
só geram o cáos.
Encontro, na minha escrita,
e na mente que bem medita,
um acto de salvação,
benfazejo e protector.
Também por sentir o amor,
aqui a meu lado, bem à mão.
Poderei então, bem-dizer
que Amor e Poesia,
aliados no acontecer,
são a minha mais-valia.
Quanto ao resto,
apenas esqueço!
Nos joelhos, moldadas as filhós
que se frigiam em lume de chão.
Preceitos herdados de avós,
bem conservados, desde então.
... prenda que se pedia,
lá estava presente
como por magia
tornada ciente.
Era pobre,
tal como nós.
Não havia para mais...
além da ternura de avós
e muito amor, dos pais.
Com o mundo do avesso,
pandemia em retrocesso,
como viver este Natal?
De modo diferente, é certo
mas com família por perto,
tentando esquecer o mal.
Natal eterno,
o modo terno
de dizer
que o Menino, irá nascer,
trazendo Amor
e um suave calor...
que nos vem aquecer ...
Oeiras, "Vila-Marquesa"
bem poderia ser Princesa
ou, porque não, até Rainha.
Para tal, tem muito e tanto.
Basta ver o seu encanto,
bela "Senhora da Linha"!
Pelas tardes, cheiro dos fritos,
rabanadas, fatias e filhós.
A boa sobremesa dos ditos,
feitos com ensinamento d'avós.
Meu Senhor,
por favor,
eu te peço,
não por mim.
Estou bem assim,
tenho o que mereço.
Mas para aquele outro,
do tão pouco
ou que nada tem.
Dai-lhe mais.
Aliviai os seus ais,
transformando,
o Mal em Bem.
Não é justo, Senhor,
ver tanta dor,
quando, tão perto,
sem saber porquê,
o pobre sofre e vê,
noutros, o sol aberto
e vive no escuro
que lhe dá o pão duro
da parca subsistência.
É, a desigualdade,
o Mal e a Bondade,
repartidos na vivência
Porque é Natal,
Meu Deius, sê imparcial.
Distribue os bens terrenos
por todos e por igual,
aqui em Portugal,
país, dos mais e dos menos.
Agora
que Renasces em Glória,
é chegada a hora
de mudar a História.
Esquecer os maus momentos
porque é Natal e, Bendito.
Irei disfarçar os lamentos.
Apenas o Bem, será descrito
À volta do Deus-Menino
que adorei, em pequenino.
O Mar é nome Português.
e bem sabemos dos porquês
que lhe deram tal graça.
Por nós foi desvendado
e ao mundo, revelado,
à custa de tanta desgraça.
País pequeno de mar imenso ...
tanto que nisso eu penso ...
Conteúdos, assim fúteis,
noticiários inúteis.
E com tal insistência?
Tanto dinheiro mal-gasto,
para alguns, bom repasto,
ou só, sobsistência?
Pouco me importa se é preso,
vigarista de colarinho branco
que fez burla de peso
e se sentou, no "banco".
Fico também indiferente,
aquele fulano da Autarquia
que, de modo indecente,
desviou, grossa maquia.
Não ligo mesmo nada,
quem serei para me ralar,
aquele qualquer camarada,
indiciado por tanto gamar.
O que interessa, bastante
e ninguém me fará calar
é que, qualquer meliante,
a mim, venha roubar!
Então, o meu protesto.
Quem enbolsou, roubando,
reponha, de modo lesto,
aquilo que estão tirando.
Seja a Justiça implacável.
Penhorar todos os haveres
dessa gente miserável.
Esse, um dos seus deveres.
Sou poeta da simplicidade.
Quem não nasceu em cidade
vê a vida com outras cores.
Pouco exigente por norma,
o que tenho me conforma.
Não sou de muitos amores.
Originais confusões,
envolvem o tal banqueiro
que desviou muitos milhões
para o seu mealheiro ...
Somam, as artes e manhas
do seu colarinho branco.
São tantas e tamanhas,
tudo à volta do seu banco.
A comédia, em começo.
Quantas mais situações,
irão virar do avesso?
Instaladas, as confusões.
País carragado de vergonha,
este em que vivemos.
Sob uma aparência risonha,
é a sina que nós temos.
De várias formas e quadrantes,
acções indignas de humanos,
tantas e tão aviltantes
na profusão dos danos.
Até Forças de Segurança
que deveriam ser exemplo,
entram nesta feia dança.
Meu Deus, como lamento! ...
A interessante situação
dos elementos da governação
nas listas para deputados.
Será, um jogar pelo seguro
no garante de futuro,
não esteja, o "caldo entornado"?
Mas tem um aspecto duro.
Ou seja, mudar de cavalo p!ra burro!
Como não têm ofício,
a política, o seu vício.
Dão que pensar, as listas
com os nomes dos vigaristas
que conspurcam Portugal.
Todos, gente muito fina,
a quem a maldade ensina,
a prática, do tanto mal.
De profissões liberais
com avultados valores mais
que, não sendo suficientes
lhes aguçam, a gula
e a carteira, se congratula.
De prisão, todos dependentes!
Até quando?
Para já e, a meu mando!
Agora, lançadas as redes,
já capturam, "peixe grosso"
Tantas eram já, as fezes,
neste país, mal-cheiroso.
Como prendas de Natal,
vão prendendo, vigaristas.
Abundavam em Portugal,
alguns, bem perto, às vistas.
E são em tal abundância
que até chego a duvidar
se haverá, na circunstância,
prisões para os alojar.
Mas podem ficar em casa,
será melhor, o cumprimento.
Não os deixar, "bater a asa"
Muita atenção, ao momento.
Má imagem para o mundo,
somos país de ladrões,
Tantos, já batem no fundo
esses foragidos e vilões.
Fica patente a anedota
e a vergonha, se nota!
Tão pouco é produzido
e roubado por vilões,
assim fica resumido,
o cerne destas questões.
Sinto imensa vergonha,
das gentes do meu país
que, de forma bisonha,
ferem a Moral, de raíz.
Corruptorers ou, corrompidos,
no desempenho de funções,
são nódoas, em bons tecidos,
vigaristas e ladrões.
Quais as suas necessidades?
Não lhes bastam as mordomias?
Só a mais pura das vaidades
os alimentam com fantasias.
São de todos os quadrantes,
tais denunciados meliantes.
No somatório e aos milhões,
"engordam" esses vilões.
A CNN, Portugal,
só nos veio trazer mais mal.
Porque agora, são aos pares,
os papagaios bem-falantes.
Já enfastiavam, antes.
Duplicaram, os azares.
Em massa no "caso Rendeiro",
ninguém olha, ao dinheiro!
Gostaria de ver explicado,
o porquê da deferência,
ao proteger um condenado
com aval de excelência.
Por ter colarinho branco
e o sujou em acto danoso?
Se esteve sentado no banco,
considerado, criminoso?
A tarimba, seja igual
para qualquer posição.
Todos com o mesmo sinal,
no seu lugar, na prisão.
Vejam as manhas do Rendeiro
fazendo valer, o seu dinheiro.
Com o peso da carteira,
decerto, estadia na Carregueira.
Sou um triste homem mouco,
e até já vejo pouco.
Tenho fraco o coração,
insuficiência renal
e respiro, muito mal.
Poder andar, outro senão!
Mas tenho boa memória
Assim reza, a minha estória.
A Poesia Popular,
deixou de lhes interessar.
Agora, apenas as sumidades,
aqueles que são doutores,
bem assim, os professores
e outras altas entidades.
Assim se cultiva o Povo,
dando-lhes, algo de novo?
Pois, tenham um bom proveito.
Eu, seguirei, a meu jeito.
Palheiros abandonados,
outras construções paradas,
panoramas declarados,
tantas são, as derrocadas.
Interior em agonia
a que advirá a morte.
Alguém que aqui vivia,
amaldiçoa, a sua sorte.
Indiferença dos "maiorais"
alheios ao mal de terceiros
nem sonham, os tantos ais
pois não são, nossos parceiros.
Apenas falam de nós,
em poleiro e de alta voz.
Momento tão importante! ...
A Justiça, glorificada,
pela captura de meliante.
Antes, andou descuidada ...
Espanta, tanto alarido
pela captura de foragido,
elogiando a actuação
Foguetório de folclore,
pois haverá quem deplore,
como se forjou, a evasão.
No cravo e na ferradura,
quando o bom senso se descura.
Pelo desprezo do que é nosso,
ficar calado, não posso.
É desprimor inaceitável.
Por interesses de vaidade?
Mas calar a minha verdade,
não foi, um gesto amável.
Ao prometer, Céu e Terra,
nessa voz que tanto berra,
não estará exagerando?
Cumpra promessas antigas.
Porque ainda não cumpridas
nós ficamos, duvidando ...
Tal como a mó de baixo
que está sempre parada
também eu, assim "m'agaicho"
já sem forças para nada.
Já estou cansado de tudo,
de todos e de mim próprio,
desta vida, um Entrudo,
com um nariz de Pinóquio.
"Ninguém está acima da Lei",
afirma, o nosso Primeiro.
Porém, por aquilo que sei,
nenhum devolve o dinheiro ...
Que desviou, a preceito,
com prejuízos de mau efeito.
"Podemos confiar nas instituições".
Porém, com muitas excepções!
Pede, com moderação.
Não sejas muito exigente.
Receberás o teu quinhão,
repartido, igualmente.
Tão desiguais e diferentes,
há o que ri e o que chora,
distinção dos seres viventes
no destino que marca a hora.
Com a sua detenção,
esse banqueiro falsário,
irá estar na Televisão
em constante noticiário.
É um contínuo explorar,
com a CNN, agora ao par.
O Randeiro, foi detido.
Pela P.J., dever cumprido.
Agora, venha a Justiça
a castigar esse vilão
que soube, "deitar a mão",
saciando, voraz cobiça.
E, sem apelo, com agravo,
pague, até ao último centavo.
A investir no Espaço?
Um convite vos faço:
Invistam, cá na Terra,
superando as carências,
com melhoria nas valências
que tanta miséria encerra.
O que não cria riqueza
e só vive dos impostos,
provocará, com certeza,
legião de mal-dispostos.
É o Ministro do Ambiente
pela sua esperteza.
Não deixa ninguém contente
com o problema do Ocreza ...
Vai embora do Governo,
deixando tudo, a meio-termo.
Também no caso do lítio,
andamos, em livre arbitrio...
Não sou causa nem efeito,
apenas um simples sujeito,
amante da Paz e Concórdia.
Então, não me ralem, pois ...
Deixem isso para depois,
o que peço, por misericórdia.
Temos de os ouvir a todos,
e assim, repetiçao a rodos,
nos canais televisivos.
É, um enjoo, total
do que se passa em Portugal
por gestos, tão abusivos.
Vila Fria, hoje tão quente,
o que não é de espantar,
pela alegria da sua gente
São Martinho, a celebrar.
Sangria e castanha assada,
a combinação perfeita
para noite bem passada,
antes da hora da deita.
Obrigado, boa gente
que nos ouviu a cantar.
Mantenham a alma contente,
nós temos de terminar.
Ministérios sem competência,
comprometem a excelência
que governa esta República.
Faça exame de consciência
depois entre em penitência,
melhorando, a causa píublica.
Acederam às apetências
e agora, sofremos as consequências.
Opiniões tão diferentes
só confundem as nossas mentes.
Se tivessem dado continuidade.
não teríamos nova calamidade.
Desde sempre, original,
no assinalar o Natal.
Enlevo dos mais pequenos,
elaborado pelos adultos,
é um dos maiores cultos.
De longa data, os conhecemos.
O tive, quando criança,
sempre na ardente esperança
da dádiva do Deus-Menino.
Sapatinho na chaminé,
animado da maior fé,
a noite num desatino ...
Veio depois o Pai Natal,
sem dúvida bem desigual.
Bonacheirão, barba branca
e de vermelho trajado,
um novo modo, inventado,
à ignorância, fazendo estampa!
É, o "Natal Comercial"
novidade mas irreal,
visando o lucro vantajoso.
Uma explosão de alegria,
a que falta, a nostalgia
do simples, tão gostoso ...
Ainda guardo Presépio antigo.
Feito por mim, o bendigo.
Aos senhores políticos,
peço, não sejam sumíticos
nos seus reconhecimentos,
à tropa que bem vos serviu,
sempre com o melhor brio
e menores, agradecimentos.
Perfilem-se e, bem hirtos
que tal conste, nos registos!
Amarrados pela arreata,
segue a récua, pata-a-pata
sob o peso da albarda,
carregada de impostos,
zurrando, mal-dispostos
por uma Justiça que tarda!
Uma récua de quatro patas,
impantes mas psicopatas,
foi eleita para governar.
Com falta de capacidade,
em abono da verdade,
apenas sabiam, roubar.
Foi um sonho inventado
que tive mas, acordado,
não anda longe da verdade
e faz pensar nos que temos.
Por vezes, são tão pequenos...
ou, tão grandes, na maldade?
Causa certo desconforto
e por vezes fico absorto,
pensando, em ponto assente.
Um exemplo factual:
Advogado em Portugal,
comentador, mas tendo cliente
que estará a defender,
contrariando, o seu dizer
nas artes televisivas?
Será que tem duas caras,
ou inteligências raras
que se tornam, abusivas?
Por falta de sentimentos,
venham, os bons rendimentos?
"The great Lisbon Club".
Mas que m*** é essa?
Haja, quem tal impeça
e aos motivos alude.
O continuado exagero
dos vossos noticiários,
revela, o forte esmero
que são já, "fadários"!
Será possível meus senhores,
nada mais, só pandemia?
E, tantos são os "doutores"
que só nos criam, agonia?!
Tentem, usar moderação.
Há mais vida, além disso.
Criada, a Televisão,
não é fábrica de chouriço!
Mas como está, até parece
e quem a vê, muito padece.
De meia em meia-hora as mesmas notícias?
Parem com tais sevícias!
Será, ameaça ou promessa?
Pois que ele não a esqueça
e cumpra o prometido:
Ir embora, se preterido.
Nós somos os campeões
dos preços mais elevados
e sem outras compensações,
dos vencimentos, condicionados.l
Promover a confusão
parece ser a nossa sina.
Cultivar a prática, não!
Dá trabalho, ninguém ensina.
Agora, caos no Aeroporto.
Vacinados à partida,
na Portela, tudo torto.
Organização, mal-parida!
Sofre, o triste passageiro,
de modo pouco lisonjeiro.
Há pessoas, "bestas-quadradas"
e, se muito ilustradas
mais se afundam na potência.
Mas se forem ministros,
rotulados de sinistros,
terão vómito de excelência!
Moro na Rua da Tapada,
uma rua se saída,
onde muita gente honrada
vai vivendo, sua vida.
Como viver em aldeia,
vida calma sem sobressaltos,
aqui. neste lugar de Leceia,
onde nos sentimos, bem altos ...
E, quando chove, que beleza,
a água logo desaparece.
Fenómeno da Natureza?
Não será, mas tal, parece.
Porque estamos bem acima
do que a prática nos ensina.
"Governo curto e ágil".
E, não será muito frágil?
O anterior, longo e vagaroso
não deu grande resultado,
acabando, em "mau-olhado"!.
De modo, pouco harmonioso ...
Se por acaso for eleito
quer executivo mais compacto.
Quem compreende o sujeito?
Pelo que teve, de facto?
Com alguns ministérios,
que foram autênticos mistérios ...
São promessas eleitorais.
Apenas isso, não mais!
Tive, uma feliz ideia:
Inscrevi na casa d'aldeia:
"Mil novecentos trinta e quatro"
E, "Meu Berço", em azulejo.
Assim, quase me revejo
em bom, antigo retrato.
O Jerónimo em ladaínha,
Costa, berra que se farta,
a Catarina, tão meiguinha ...
e o Rio, apenas empata!
Comigo, não percam tempo,
pois sou, Beirão e isento.
Não fora o Senhor Almirante,
como estaríamos, no instante?
Não é a berrar que convence.
Só com verdade se vence.
País de velhos e pobreza,
a previsível certeza
que alguém vaticionou.
Pelo modo como se vive,
Deus Nosso Senhor nos livre,
pois para pior, tudo mudou.
O senhor Ministro Cabrita,
lá pediu a demissão
Fica assim descrita,
sua melhor obra, à Nação.
Ele, nunca conduziu
foi sempre um "passageiro".
Quantas verdades traíu
de modo, tão ... ligeiro?
Bastará apenas recordar,
para bem o poder julgar.
Não se elevam por competência
,mas sim pelo compadrio.
Valha-nos, Santa Paciência,
isto está do piorio ...
Se, com pecados te deitas
com os mesmos te levantas.
Por pobrer, mal te ajeitas,
tens curtas, as tuas mantas.
No final das legislaturas,
aquelas ilustres figuras
resolvem tudo às mãos cheias.
Nos anteriores plenários,
porque foram perdulários,
as causas eram alheias.
Após terrível acidente,
o Ministro, dentro do carro?
Com razão, por ser doente..
Basta ver, o andar raro...
Calosidades ou preguiça?
Mas vale dizer: "Chiça"!
"É o Estado de Direito, a funcionar"?
Não! Apenas Justiça, invulgar.
Sublinha que era passageiro.
Lamentavelmente, pouco ordeiro
Corrida aos testes, porquê?
Para a pândega, já se vê.
Discotecas e futebol
na mira de tanta procura
Trabalho? Não, porventura.
Não consta do bom rol ...
O que se fizer está feito.
O que faltará fazer,
não dará, bom proveito,
só alimenta, o lazer.
O que o corpo mal consegue,
a mente, sem preguiça,
essa, nunca cede,
não foge à liça.
Então, escrevo e leio.
Compulsivo, não paro,
como se num enleio,
estivesse, enrolado ....
Será gosto, é vício?
Alguma explicação haverá.
Assim, como um ofício
que ninguém me pagará!
Porque é feito com gosto
me mantém, bem-disposto.
Mas as crianças, Senhor ...
A princípio. impensáveis.
De repente, que pavor.
São das mais fiáveis?
Tantas as alterações,
a semear, confusões.
Gastar dinheiro com bruxas?
Ao que chegou tal desporto.
Bem melhor, comprar chuchas
ou, reanimar um morto!
Se não tiver, pois invente:
Muita alegria de viver
e ficará mais contente,
onde, no momento estiver|
Viver não custa.
Custa é saber viver.
... e quando a luz do Oriente
já anunciava o Natal,
uma nuvem negra, presente
assombrou, este mortal.
De novo as lengalengas
que julgávamos nas calendas
A Directora Geral,
prevê, oito mil casos pelo Natal.
O que faz, para remediar o mal?
Telefonar? Deixai-me rir!
Para resolver, terá de lá ir.
É, a constante do momento,
no país, terceiro mundista.
Não há quem resista
à "anarquia do tormento"!
Palavreado vigente
faz voltar ao antigamente,
os "papagaios" sabedores.
Debitam a nova variante
num informar constante
que já nos causa, horrores.
"Ministra da Conveniência",
nomeada por inerência,
à paternidade do lar.
Qual a importância do cargo?
Falar bem, com gesto largo?
Não dá para acreditar.
Gostaria de acreditar em si.
Mas na verdade, ainda nada vi
do que fala, tão perentório.
Antes, só vejo, contraditório.
Fale com verdades, seja sincero.
Claro! Muito mais eu quero!
Sobretudo, Justiça equitativa.
Igual, da mesma medida
para ricos e para pobres.
Também, atitudes nobres
dedicadas aos mais idosos.
Trate-os, com gestos carinhosos.
Não lhe ficará mal, a modéstia,
a suplantar, tanta moléstia.
A que vemos num país sem rumo.
Repare, já se vê o fumo ...
Dele ao incêncio inflamável,
pouco falta para o irreparável.
Pense em tudo isto, excelência.
Estamos perdendo, a paciência!
Toneladas de alimentos
a minorar sofrimentos
de quem tem fome em si
Anualmente, acontece
e ao povo se agradece,
a dádiva que lhe sorri ...
Generosidade sem par
mas que nos faz meditar.
Deveria ser o Estado
a promover todos os meios,
cerceando quaisquer anseios.
Trabalho, nunca negado.
Porque estas campanhas
já vão criando manhas ...
Afinal, trabalhar para quê?
Ficar em casa é bem melhor,
nada faltando, a rigor...
Criando vício, já se vê!
Aldrabice nacional
a Meteorologia.
Diverge, em qualquer canal
das TVs., quem diria?
Assim, por ser influente,
ele terá desviado ...
Se pessoa diferente,
o termo, seria, roubado!
Uma vez mais está na mira.
Mas erram sempre a pontaria,
o que a mim, muito admira.
E prossegue, a rebaldaria!
Se cair no esquecimento,
também eu esquecerei,
retribuindo, com lamento,
quem me tratou, como sei.
Certo dia, não definido,
sem pensar, dei comigo,
a escrever, poesias.
Gosto súbito e natural,
a que dei, bom aval,
com prática, "todos os dias"!
A brincar, cheguei ao sério
e alguém disse, que o Silvério
era Poeta, dito, popular.
Por simples, gostei do elogio
e dele me vanglorio,
com um constante rimar.
Poesias, simples como eu,
uma virtude que Deus me deu.
Celebrar, Restauração?
Também, Independência?
Desculpai, peço perdão,
pela minha irreverência.
Isso pertence ao Passado
e ele, já bem distante.
Hoje, mal comemorado,
como o vejo, no instante.
Porque, é bem verdade,
estamos muito dependentes
e, a nossa Liberdade,
mal convence, certas gentes!
Gozar, apenas o feriado,
com as saudades de lado!
A um dia, outro virá
e os meses se sucedem.
Não tarda, o ano findará.
Assim, as vidas se medem.
Variáveis no prolongamento,
diferentes no seu viver.
Umas com tanto sofrimento,
outras com menos padecer.
Dizem que é o Destino
a marcar cada um por si.
Nasce connosco um menino,
vai, quando disseres, "morri"!
Com orgulho, tal reconheço
e, se voltasse ao começo,
me manteria sempre igual
ao que fui, sou e serei.
Um homem pode ser Rei,
com cognome, "Trivial"!
Tal, como a "Toyota"
que veio para ficar,
por cá, ainda se nota,
inteligência de realçar:
Criar, formas eternas.
"Matéria","em cima da mesa",
"resiliência", coisas modernas ...
Meu Deus! Quanta esperteza?!
Até esse simples teste
com diferenças de preço?
Se nada há que preste,
aqui temos, um começo.
A Primavera irá vestir,
o que Outono fez despir.
São duas estações distintas,
uma florida, outra despida.
;Mas ambas ... tão lindas! ...
O Almirante fez a diferença.
Já voltámos à descrença,
desde a sua partida.
"Cada cabeça, sua sentença",
a situação está tensa,
o que será, da nossa vida?
Nasci em aldeia pequena
com gente de alma grande,
onde a vida era serena,
como recordo, com garante.
Quando ainda era menino
só queria ser um homem.
Hoje, cumprido esse destino,
por ingénuo não me tomem.
Mas gostaria, voltar atrás,
aos idos tempos de criança.
Ser de novo, aquele rapaz
que vivia, cheio de esperança!
Moral de estória, singela:
Gozai a vida. Ela é tão bela!
"Não tenho Governo formado
mas tenho coisas na cabeça"
Assim, deixou seu recado.
É bom que o não esqueça!
Os utentes, convocados
mas o Centro está fechado.
É o "fim da macacada"
num país desorganizado,
onde o povo, sacrificado,
não tem direito, a nada!
De novo comprometidos,
agora com a "Ómicron".
Antes, tão aplaudidos
mas houve mudança de tom.
É, a nossa triste sina.
Não conseguimos aprender.
A essência, bem ensina,
somos "burros"... que fazer?!
Andei nas guerras, estive na frente.
Índia, Moçambique e Guiné.
Regressei sem mazelas, felizmente
mas de sofrimerntos, me dei fé.
Além, na parede do Bom Sucesso,
"Jazem", os milhares que partiram.
A morte não deu regresso.
Quantas mães, as que carpiram ...
E os outros, tantos, feridos,
Quantos foram, Deus Infinito?
Vinte e cinco mil, aferidos!
Sobre eles, tanto medito ...
A dor física é bem danosa,
se combate e minimiza.
A da alma, invisível e penosa,
corrompe e se eterniza.
Classificada como um trauma
provocada por guerra injusta,
rouba o sossego e a alma,
num sofrer que tanto custa.
Mutilações, incapacidades,
lhe são comuns, no mau efeito.
E, tão jovens nas suas idades!...
Hoje, o lamento, do pouco feito.
"Honrai a Pátria", ela vos honrará.
Onde começa e finda a verdade?
Certo que a História não apagará.
Mas anda escondida, a falsidade!
Na simplicidade de quem sou,
do pouco que tenho e dou,
sem nada pedir em troca,
qual poeta obediente,
ao que a Musa consente
e nos versos se evoca...
Cristo, me auto-critico.
Proclamo que não pratico
na vulgaridade de quem sou.
Do que tenho, nada disponho.
Sinto remorso, fico tristonho.
Sou alguém que sempre pecou.
Senhor Ministro do Ambiente
mostre que é diligente
e cumpridor de promessas.
A Barragem do Alvito,
deve untrapassar o mito,
não continuar, às avessas!
Um mal do Passado,
pode ser corrigido no Presente!
Com uma reparação
de vinte e oito milhões,
aí temos o nosso "Arpão"
pronto para novas missões.
O seu irmão gémeo,
onde pára, onde estará?
Pergunto eu, feito ingénuo,
neste país, ao "Deus-dará"!
Com "brinquedos" tão caros
gozam, cérebros raros ...
O optimista compulsivo,
com o seu belo sorriso,
anuncipou, a boa-nova:
"Cá não temos Orbicon"!
Dia seguinte, novo tom.
13 casos, a má prova.
Para uns, Orbicon, outros Órbicon.
Será tudo, questão de som?
Vergonha assim, nunca vista.
Eu, até sou benfiquista
mas fiquei, boquiaberto.
Havia maneira airosa
de contrariar esta prosa,
à mão, de qualquer esperto:
O Benfica alinharia
com a igual ninharia.
Decerto iria ganhar,
evitando, o badalar ...
Não jogue "beatas" ao chão
mostre que é civilizado.
Pode sofrer punição,
pelo mau acto, declarado.
Os nossos ministérios,
são, autênticos mistérios.
Uns, porque ninguém conhece
outros, que conhecemos bem
com ministros de desdém.
Neste país, tudo acontece!
Combater qualquer medo
com a mais forte Esperança,
não terá nenhum segredo
e trará, ventos de bonança.
Estar "picado" para ganhar. (sic)
Como tal se deve aos bois,
para o trabalho melhorar,
nós lhe diremos: "pois"!...
Façam lá o que quiserem,
até um Bloco Central
se com isso puderem
melhorar este Portugal!
Mas com maioria absoluta,
será, governar à bruta!
Refugiado na Poesia,
assim encarei a pandemia,
tão longe quanto possível...
Também tive no meu jardim,
a meta do desejado bom-fim,
de uma aventura, incrível.
Chama-se, "Omicron",
variante a dar mau tom
à declarada pandemia.
Como se já não bastasse
e o Inferno continuasse,
a causar mais arrelia.
Certificado, mais teste,
porque não um supositório?
Na imaginação que reste,
vivemos num "relambório"?
As idealogias políticas
são meras futricas
se comparadas com o desejo
de criar um novo país.
Com alianças de bom cariz,
assim o presumo e almejo.
Venha lá o Bloco Central,
ou semelhante, de bom aval.
A "Nau Portugal, soçobra
no "Mar da Corrupção".
Não existe boa manobra,
sendo mau, o Capitão.
Abordada por piratas
que lhe assaltam o bojo
e lhe roubam todas as pratas
de modo que causa nojo.
Naufraga junto à praia,
deixa marujos na desgraça
por culpa da sórdida gandaia
que a Justiça, disfarça.
Se canta este naufrágio
em literatura de cordel,
como vai sendo apanágio.
dos arautos sem quartel.
Juízo, aos Portugueses
é o que pede o Presidente.
A eles se devem os revezes?
Então, e quem os consente?
A má orientação vigente
Teve a sua causa/efeito.
Avise sim, essa gente
a quem faltou, bom jeito! ...
Quando a cabeça não pensa
o corpo é que paga.
Fica cumprida a sentença
por culpa dessa praga.
O saber que matou
e nem sair do carro?
Quem assim se portou,
teve atitude de escarro.
Tanta informação avulsa
só causa irritação.
Chega a provocar repulsa
e falta de consideração.
Deixem o Presidsente em paz
não foquem tantas questões,
sendo ele, mais contumaz,
isento de sujeições.
Certeficado e teste?
Não será, medida que preste.
Somos uns exagerados
nas atitudes várias,
por vezes até como párias
e, como tal, criticados.
Ano Novo
vida nova.
Paz no Povo,
canto de trova.
Do mal,
o menos.
Em Portugal
sejamos serenos.
Hoje assim,
amanhã melhor
O mal tem fim
quando há valor.
Sempre o tivemos
na nossa vida.
Tudo fizemos
na justa medida.
Nova, a medida
que se deseja,
bem repartida,
assim se veja.
Porque só ver
como São Tomé,
também requer
uma boa maré.
Maré de sorte
bem merecida,
virada a Norte
e singrar na vida.
Assim seja
e todo o ano.
Eu que tal veja
e, fique ufano.
Voltámos à linha vermelha?
Dá vontade de perguntar:
Quem foi, o tal aselha
que não soube aconselhar?
"Embandeiraram em arco"
mas provou-se que foi parco
o sucesso então obtido.
Aumenta o número de mortes,
internados, com más sortes,
um futuro, comprometido.
Más medidas, à Portuguesa?
Sim! Com toda a certeza.
Homens de bem deste país,
que os há, peguem nas pontas,
cortem o mal desde a matriz,
melhorem, as nossas contas.
Já tivemos os ameaços.
Ponderem com prudência.
Até à violência, vão passos,
digamos não, à sua evidência.
Com "estes", não vamos lá.
Reunam-se, todos os sábios.
Do modo como isto está,
não bastam os astrolábios.
O rumo, é o da experiência,
calo, vivências e sabedoria.
A Política, reles "ciência",
faz da palavra, uma fantasia.
Pragmáticos, conhecedores,
formados na "Escola da Vida".
Não importam só os doutores,
havendo, qualidade adquirida.
Assim, se forme de imediato,
"Colégio de Velhos Sabedores",
com diplomas de valor nato,
que nos livrem de tantas dores ...
Nem só, o "caso dos diamantes".
Outros motivos infamantes,
conspurcam as Forças Armadas.
O IASFA, em Oeiras,
assente em tantas asneiras,
deixa as mentes pasmadas.
Um claríssimo exemplo.
no parque de estacionamento.
Por Deus" Não há quem veja?
A "miséria" ali se almeja.
Muita erva e canavial,
a pedir o corte crucial.
E aquele, tão mau piso ...
Será que há falta de juízo?
Tão difícil, a solução?
Onde param os Generais
e outros distintos oficiais?
Lhes compete, uma atenção?
E saber que a Engenharia Militar
tem máquinas a enferrujar
A vossa Cultura, tão vasta,
só aceita os laureados?
A esses, não dizem basta,
nem lhes enviam recados?
Já a simples e popular
jamais terá seu lugar.
Está bem programado.
Jamais será julgado,
o tal "dono disto tudo".
A menos que seja imortal,
o que não é nada natural.
Vivemos, autêntico Entrudo.
O falsáio, Rendeiro,
ameaça, o Estado Português
em encher o mealheiro,
sabe-se lá, dos porquês.
E, não é peco no pedir.
Apenas (?), 30 milhões.
Pessoal, deixai-me rir,
neste país de foliões!
Nova "teia" implantada.
Teremos mais informação.
Já era muita e requentada.
Que novidades nos darão?
Inauguração de relevância
com pompa na circunstância.
Oxala sejam moderados
sem exagêros na publicidade.
Avaliaremos, da qualidade.
Bem gostaria de sorrir,
fazê-lo, alegremente
mas continuo a carpir,
no mau momento presente.
Com a chegada do frio
se queixam, desabonados,
numa luta de desafio
desejando ser abafados.
Ó Lua que vais tão alta
revelando o teu encanto,
no julgar de tanta malta,
redonda que nem tamanco.
Na altura do Inverno
quantos irão morrer de frio?
Paradoxo, pois no Inferno,
o calor é bem do Estio.
No aproximar do Natal,
tudo continua tão igual.
"Eles" de barriga cheia
e tantos, com ela vazia.
Não se cumpre a profecia
que o Evangelho nomeia.
Portugal, está transformado
em paraíso de ladrões
e, para maior pecado
sem visíveis soluções.
Todos roubam à farta.
Dos ilustres aos ignorantes
sem "um raio que os parta"
nos seus míseros instantes.
Fraudes, branqueamentos,
corrupções imensas, tamanhas,
são os principais "alimentos"
que sustentam, tantas manhas.
Com Justiça passiva,
alheada ou conivente,
a situação é lesiva
mas se perdoa e consente.
Paga o justo pelo pecador.
Valha-nos Deus, Nosso Senhor!
CNN? O mais do mesmo
com publicidade a esmo.
Justiça lenta e parcial
a que se pratica em Portugal.
O pobre vai prá cadeia.
Já o rico, se passeia ...
Aumenta o número dse mortes.
Lamentáveis, más-sortes.
Entrevista à CNN
do ex-banqueiro, vigarista,
um mistério perene,
uma coisa nunca vista.
Quanto teria auferido,
o agora, simples empregado?
e, como foi conseguido,
ter sido entrevistado?
O que a Justiça não consegue,
a Televisão bem percebe?
Há aqui grande mistério ...
não me chame eu, Silvério!
"Saúde Internacional"
a cargo de especialista.
Um artista em Portugal,
coisa, nunca antes vista!
São tantos a confundir
que dá vontade de sorrir ...
Covid a aumentar,
"trancas na porta"?
Agora, tudo a acelerar,
pois a coisa vai torta?
Será que não aprendemos?
Jogamos sempre no menos?
As demissões nos hospitais
causam enorme aflição.
Se já não eram de mais,
como encarar a situação?
Impávidos e serenos,
os mandantes da República,
por vezes, são tão pequenos
que nem olham à causa pública.
Assim, vai subindo a fasquia.
Declara-se a morte, por pandemia.
Perder dois médicos por dia?
Onde iremos nós parar,
nessa aterradora razia
que não pára de aumentar?
E a Senhora Ministra,
onde está e que assista?!
Se eu fosse mal-educado,
usaria o termo indicado
para defenir o meu país.
Diria que está uma "trampa"
na ineficácia que espanta.
Qualquer cidadão, o diz.
Hoje, resolver compromisso,
imposto sem ficar omisso,
é, autêntico "quebra-cabeças".
E penso, como iletrados
conseguem ver tratados,
problemas, sem pedir meças.
Agora, é tudo "online",
muito "in" e "very fine"!...
Espertezas tão tacanhas
que só criam dificuldades,
eivadas de tantas maldades.
Algumas, autênticas manhas.
Telefones sem responder,
a dar música de adormecer
e com valor acrescentado.
Ao balcão, triste funcionário,
sofre o castigo diário,
com péssimo ordenado.
De uma crueza geral
o que se vive em Portugal.
Pouco jeito e sem maneira,
surge a inevitável falha.
Sem "pão", o povo ralha
mas não se emenda a asneira.
Na verdade, quem está no convento,
saberá, o que vai lá dentro.
Na "Poesia, um Dia",
este ano, quem tal diria,
até houve, "Poetas Loucos".
Também, e até da Eslovénia.
A todos, lhes faço vénia,
vendo que não foram poucos.
Os da "Residência Literária",
imperdíveis, na causa vária,
nunca poderiam faltar.
Nem a pandemia impediu,
e, tanto se produziu,
o que muito fez pasmar!
A Poesia Popular",
essa não teve lugar.
"Carroça à frente dos bois"?
Meus senhores, por quem sois.
Com crianças no vacinar,
o ponto assente, irá mudar,
porque terão de perguntar
se é de aconselhar?
Entendam-se, por favor.
O digo eu e não sou doutor.
Quando perdemos um amigo,
sofredor de qualquer castigo,
ficamos, decerto, bem pobres.
O seu valor, incalculável,
dessa amizade, louvável,
é das atitudes mais nobres
E, nesta malfadada pandemia,
tantos perdi, com nostalgia!
DE MAL-DIZER
Ilustres, com "rabos de palha",
são muitos aqueles que vi.
Mais vemos, quando calha
e o povo, até sorri ...
Senhor Ministro do Ambiente
em si não acredito.
Porque fala e muito mente.
Recordo, a Barragem do Alvito,
"Adormecemos" pós sucesso
obtido pelo Almirante.
Estamos já em retrocesso
num mau momento, constante.
Vivemos em país "fantástico".
Estica e encolhe como elástico.
Com bons ministros? De certeza.
Vejam só, o da Defesa!...
SOLTAS E VARIADAS
Quem veste calças rasgadas,
porque a moda tal aceita
se as tivesse remendadas,
seria, pessoa escorreita.
Se me olhas com bom modo
do mesmo modo te olharei
e ao facto me acomodo.
Sempre igual, me portarei.
Dedicação declarada,
como de cão a seu dono
é prova incontestada
do seu valor, um abono.
Os bares e discotecas
a funcionar toda a noite
são como portas abertas,
a quem, ao mal se afoite.
É bom saber que me amas,
o mesmo amor te dedico.
Estarei, quando me chamas.
Ao teu lado, sempre fico.
Cuspir no prato da sopa.
É bem feia, a expressão.
Tal como o linho e estopa
quando geram, combustão.
Sentado na minha tropeça,
vendo a vida a passar?
Que ninguém isso me peça.
Parado, não consigo estar.
Tenho um amor já velhinho
por alguém que muito estimo.
Como ave no seu ninho
comungando, igual destino.
Sobre o leite derramado
não chores a tua desgraça.
Qualquer que seja um pecado,
com penitência, logo passa.
É muito significativo,
o acto de editar livro.
Um garante da verdade
que nos manterá presente
mesmo no Além, ausente,
no repouso da Eternidade
No tempo, já com poeira,
o seu Autor, "viverá"
numa qualquer prateleira.
Eternamente, assim será.
Tropa antiga, já sem peso
é tratada com desprezo
pelos actuais governantes.
A de agora, de vergonha
com situação bisonha,
considerada, com garantes.
Caídos em suja lama
não se livram, da má fama!
"Bodycams", aprovadas
a embelezar as fardas.
Parolice à Portuguesa.
Como se fossemos ingleses,
uns cérebros, mui coeses,
criaram esta beleza!
Criada nova especialidade,
a que não havia antes.
Uma péssima novidade:
o tráfico de diamantes.
Olhai as flores do campo,
filhas da mãe-Natureza
que a todos causa espanto
na sua singela beleza.
Faço quadras de mal-dizer
mas não devem levar a mal.
O que vejo acontecer
o reprovo, com sinal.
São as quadras à Aleixo
ouras, serão à Bordalo.
Como aquele, me queixo
como este, não me calo
Tanto eucalipto, assim?
Não lhe iriam por fim?
Pelo contrário, se aumenta,
a mata já dilatada.
Por cá, ou tudo ou nada,
situação que se lamenta.
Por denunciar a verdade,
coordenador foi demitido
por ministro cuja validade
o deixa, comprometido.
Um Presidente que fala
de tudo ou mesmo nada?
Porque será que não cala
mantendo a boca fechada?
Torna vulgar a presença
com tanta aparição.
O exagêro se dispensa.
Bem melhor, a contenção.
"Dia Mundial da Voz"
data que se comemora
e, neste mundo atroz,
alguma, decerto chora.
É a voz do inconformado,
triste e choroso por dolo
do quanto lhe foi negado
ao dono, num desconsolo.
A voz que canta inspirada
na sua alegria de viver.
Será de mulher apaixonada,
expressando, bem-querer.
Vozinha débil de iniciado
balbuciada com pouco nexo
de menino, por avó mimado
a pedir colinho ou, amplexo.
Também pela voz, a rebeldia
dos que se sentem enganados
e, na luta do dia-a-dia
de pouco são compensados.
Voz enganadora, voz da razão.
vozes que não chegam ao céu,
umas sim, outras não
algumas em escarcéu.
São mais do que as nozes
como se diz na gíria popular
quando são muitas as vozes
que mentem, no apregoar.
Bem alto e de bom som,
dádiva de que sou prendado,
aproveito bem esse dom
para vos deixar um recado:
Por terem voz, abençoados,
é bom que a possam sentir.
Pois, jamais fiquem calados,
quando alguém vos mentir.
Sana a tua preguiça
lança à terra o grão,
agarra firme a rabiça,
amanhã terás o pão.
Por tanto gostar da vida
é raro pensar na morte.
Vai longa a minha corrida
e sempre contra a má sorte.
Feito à imagem do Homem
se Cristo voltasse à Terra,
não por hereje me tomem
mas haveria, outra guerra.
Só uma tola vaidade
me faria mudar de "graça".
O meu nome, de verdade
náo o troco nem se disfarça.
Com preços tão altos
e ordenados de miséria
vivemos com sobtressaltos.
Está definida, a "matéria"!
Hoje, neste que é, teu dia
se pudesse te daria
tudo o que deves merecer
e, sem dúvidas, aceitasses.
Beijos nessas tuas faces,
como prova de bem-querer
Parabéns.
Deus conserve, os teus bens.
O pobre menino, tão carente,
ouviu falar do Natal
e na cama, pouco quente,
sentiu um divino sinal
Sonhou, cheio de fé
numa dúvida sem mal:
Se não tinha chaminé,
como entraria, o Pai Natal?
Limpara bem o sapato,
cambado pela duração
Na lareira, o caseiro gato,
era dele, seu gurdião.
Na manhã do Dia Santo,
mal dormiu pela ansiedade,
aspirando o encanto
da prenda feita verdade.
Modesta, à sua medida.
Aos pobres, o pouco basta.
É tanta a alegria sentida
e isso, ninguém afasta.
Assim, o encanto do Natal.
O dar, pouco que seja.
Se esquece e perdoa o mal.
Como manda, a Santa Igreja.
De forma ambiciosa,
murcharam, a "bela rosa"
E, por se tratar da Esquerda
o espanto é de estranhar.
Se está na hora de mudar,
que a vontade seja leda!
Nas contas do meu rosário
são tantas as penas e ais
que constam deste fadário
da vida, longa de mais.
Democráticamente, mas não tanto ...
Programa, "Voice Portugal".
Para obedecer ao original.
Mas isso não implicará
que na parte dos jurados,
haja corpos conspurcados
e figuras, ao "Deus.dará"!
Nem sei o nome sequer
daquele que foram escolher.
De camiseta interior
com alças, a descoberto
tendo o "cabedal" coberto
de tatuagens de horror?
Digam-me, acham bonito?
Eu, nem acredito! ...
Quem canta seu mal espanta
por isso eu cantarei
desde que o Sol se levanta
até quando me deitarei.
Diz ele: "não põe em causa
imagem das Forças Armadas".
Quem o ouviu, fez pausa
e ficou, de mentes baralhadas.
A "reputação intacta?
Mas seriamente beliscada.
Ou, situação caricata,
tanto desvalorizada?
Mulher assim tão prendada
e a quem não falta nada
o que poderei eu, dar-te,
neste teu dia de Parabéns?
Talvez a juntar a esses bens,
dizer, "continuo a amar-te"?!
Procurarei fazê-lo,
com carinho e muito zêlo.
"Autovoucher"? Tal parvoíce
quem a quer?
Exportamos o bom que nos resta.
Importamos, o que não presta.
Será que não compreendem
que até os burros se entendem,
qiuando lhes calha
terem de comer a palha?
Com falha de tal natureza
e o Ministro da Defesa
continua em funções?
Mas quem pode acreditar,
vê-lo ainda a desempenhar,
o cargo, sem condições?!
Em Manteigas, belas faias,
com suas garridas "saias"
enfeitam o meio ambiente.
Um festival da Natureza,
na indesmentivel certeza:
Deus, está ali presente!
Será, uma contranatura,
o passar, da criatura,
no Passeio Marítimo,
passando em bom ritmo
e com máscara protectora.
Valha-me Nossa Senhora!
Não respirar o ar puro,
sentindo-se mais seguro?
Para além da estupidez,
bem prova, ser portugiuês.
Nesta rua sem saída,
onde mora gente boa,
cada qual na sua vida,
a harmonia não destoa.
É a Rua da Tapada,
a recordar tempo antigo,
nesta aldeia melhorada
com seu povo bem unido.
Residentes e forasteiros
"unidos em sociedade",
lembrando que os primeiros
são seus filhos de verdade,
Mas a preceito
e sem preconceito,
nos juntamos, na Sociedade!
Tal ideia, até fede.
Limpem as mãos à parede
com a decisão tomada.
Como a irá compreender,
pobre que mal sabe ler?
Basta de tanta trapalhada.
E, a carneirada continua,
palmilhando, a triste rua,
Ninguém trava a maldade?
Falo da publicidade
que invade a Televisão.
Sem freio nem limite
e não há quem a evite?
Tanto sofre, um cidadão.
Fala-se no Provedor ...
Onde pára, tal senhor?
Classificado, "Muito Bom",
esse juiz, polémico?
Não me soa bem, o tom
para além de piadético.
Só falta ser condecorado
em sessão bem solene,
ficando assim completado,
como exemplar, perene!
Ao que eu assisto
neste mundo de Cristo?!
Bem trajado, a rigor
e calçando ténis brancos?
Ó senhor apresentador,
porque não, de tamancos?!
Atento e bom observador
a tudo dou o seu valor:
Os suspensórios do Mendes,
indumentárias do Goucha,
e porque não sou trouxa,
vê lá se me entendes!...
Validado com, "Muito Bom",
o desempenho desse juiz.
Causa espanto, o seu dom,
por tudo, quanto se diz.
Estranha Justiça a nossa
que perdoa e alivia,
a situação, bem gravosa
que passa, no dia-a-dia.
Porque fui um militar,
à partida serei suspeito
mas não deixo de perguntar,
porquê, dispensar o eleito?
Que falta fará à Marinha,
o tão ilustre Almirante?
Pena que não é só minha
Uma maioria, tal garante.
Vos direi, abertamente,
só lá iremos com militares.
Dos antigos, obviamente!
Dos que não geram, azares ...
Contrariando a maioria,
eu sinto verdadeira vergonha.
No meu tempo, não se fazia,
uma acção tão bisonha.
Ser, um vulgar condenado
e receber, pensâo vitalícia?
Se tal não é um pecado,
eu peco, por minha malícia.
Presidente, assim tão exposto?
Não julgo ser de bom-gosto
como o Presidente se comporta.
Responde a tudo e a todos,
sempre com os seus bons modos
mas ultrapassa, a "sua porta".
Culpa é, dos jornalistas,
sempre oportunistas
na sua "nobre" missão.
Perguntas impertinentes,
feitas assim a Presidentes?
Esta, será, a questão!
Nas Festas a São Martoinho
jeropiga em vez de vinho
e castanha bem assada,
no manter a tradição.
Alegra-nos o coração
e a data é festejada.
Cá para mim, caso encerrado.
O Salgado, não será julgado.
Com todas as artimanhas,
irá morrer de velho
sem ser cumprido o Evangelho
de punir, as suas manhas.
Mas o Diabo não perdoa.
No Inferno se punirá, a pessoa!
Mais vergonha para Portugal
desta vez com militares.
Tropa diferente, desigual,
criadora de maus azares ...
Porque a tropa, do meu tempo,
nunca teve, um tal momento.
Premiados, por cobranças,
os trabalhadores do Fisco.
Já outros, nas suas andanças
com trabalhos de risco,
têm ordenados de vergonha
sem mais compensações.
Diferenças, na vida risonha
que não merecem perdões.
Com o Centro sem alento
e a Direita dividida
se adivinha, mau tempo,
nesta nossa triste vida.
Quem nos irá governar
com justeza equilibrada?
É caso para nisso pensar,
em nova fase, desejada!
Palavra de certos ministros,
não vale, a "ponta de corno",
nos seus projectos previstos
que ficam sempre sem retorno
Como, um tal do Ambiente
que muito promete mas mente!
Sobre a Barragem do Alvito,
soma e segue. Tenho dito!
Sem Almirante ao leme,
a barcaça até já treme!
E a situação, piora.
De novo, a "figurinha",
essa simpática velhinha
a enfrentar a "penhora"?
Saia então, uma bifana!
À moda da tal fulana
quando perder o emprego.
Ao que nós chegámos?! ...
Após tanto a elevar-mos,
num espírito tão labrego!
Nesta Rua da Courela
viveu a avó Conceição.
As saudades que tenho dela,
as guardo no coração.
Conceder licenças mineiras
com um Governo a cair,
será uma das tais asneiras
que muito nos fazem sorrir ...
Tal atitude estranha
ou, esperteza assaloiada,
é o máximo da patranha
com intenção, estudada:
Prover um bom futuro
quando o fruto cai, de maduro!
Fui colher a azeitona
à minha terra natal.
Como chovia na zona,
nem estendi, o panal.
Foi colhida, uma a uma,
a boa azeitona galega.
Por junto se assuma,
muita ficou. Pouca me chega!
Assim, cumpri uma tradição.
Também fui à Feira dos Santos
e rezei uma oração,
no lugar dos muitos prantos:
Cemitério de Alvaiade,
pelos meus, na Eternidade!
Retrato de um Amigo.
Albano Mendes de Matos.
Presente, o tenho comigo
no conceito dos bons-tratos.
Homem de carácter e Beirão.
Na sua meã estatura,
subiu, na notável intenção
de se elevar, na altura.
Com esforços de louvor,
fez-se a si próprio, com brio
Estudou imenso, no vagar,
para preencher, um vazio.
Surge então, o "ser perfeito":
Militar de excelência.
Também em Letras, um eleito,
de igual, "continência!
Já catedrático em pleno
praticou as teorias,
sempre com ar sereno
e cumpridor das profecias.
Um criador de realidades
por sua visão atenta,
mostra toas as verdades
e em estudo, as apresenta.
Díspares, tão vaiadas ...
Dos insectos ao Universo,
sempre bem justificadas,
como o digo, neste verso.
Humildade e modéstia,
fundidas numa pessoa,
mais do que simples réstia,
assim dito, que bem soa!
Bom, é tê-lo como Amigo
e saber que está comigo.
Daqui, os meus Parabéns.
Deus lhe dê, todos os bens!
O problema, assim posto,
é brincadeira de mau-gosto.
Deixem-se de fantasias.
Façam bem e, à maneira.
Reduzam, como na Madeira.
Abdiquem das hipocrísias.
Vivemos em terra de parolos
mas deixámos de ser tolos.
No circo desta vida
não há peso nem medida,
nas exibições a desbarato,
aberrações de toda a ordem
que as moralidades mordem.
Olhem o Goucha, É cada fato! ...
Homens vestidos de mulheres,
se bem assim o quiseres,
sem púdor nem preconceito.
Quanto mais aberrante, melhor.
Valha-nos, Nosso Senhor ...
Está tudo a ficar sem jeito!
"Tiradas" assim a gancho,
de tanto rir me desmancho!
Trabalho digno, o que será?
Não é ele, todo igual?
Trabalhar em Portugal,
que diferenças terá?
Viajam em grandes carrões,
arrotam, após boas refeições,
não fazem nada de jeito
mas vivem como marajás.
Aos outros, tanto lhes faz
desde que tenham, bom proveito
Isto, num país de pobretanas,
vigarizados por sacanas!
Que vergonha, tamanha!
Alimentar a Espanha
na sua Economia?
Lá atestar sem peias
pois, estando paredes meias,
poupa-se, boa maquia!
Como nos filmes de suspense
as cenas decorrem com nuance
de paródia nacional.
Repetida, anualmente,
com discussões a quente.
Já ninguém, os leva a mal!
Só com cinco euros por mês?
Irei sentir-me um burguês,
na visão do nosso Primeiro.
Mas que maneira airosa,
vinda com perfume de rosa
para o meu pobre mealheiro?!
Deixe-se dessas vãs promessas.
Não nos vire, às avessas!
Imite o feito, na Madeira.
Reduza o preço, à maneira!
Até já pede desculpa.
Fica-lhe bem o "mea-culpa"
às gentes da Concertação.
Nesse jogo do empurra
parece, uma ave caturra,
sabidona da função.
Passar sem dar salvação
mesmo alguém que não conheço
prova que na sua educação
é apenas, um burgesso.
Ao valer-se de terceiros
para singrar na sua vida
serão pouco lisonjeiros
os frutos da causa obtida.
Em boa cama de deita
aquele que for um Cristão.
Já o hereje se ajeita
em má enxerga, sem perdão.
Governo que, pressionado
só assim se vence,
será mal intencionado e em nada nos convence.
O problema não é o preço por barril.
Ele existe, pela alcavala dos impostos.
Para quê, o celebrado Abril
Se continuamos mal-dispostos?!
Sendo o nosso Rio Tejo,
penico da vizinha Espanha,
bom futuro não lhe almejo,
com essa nojeira, tamanha!
Sarnadinha, tem a Rua Principal
e pouco mais. Tudo banal.
Mas corre-lhe a água na fonte
dia e noite sem preguiça.
e nem ousa pedir permissa.
Não tem mal que se aponte.
Mas é tão pobrezinha ...
pena dela e, também minha.
A sua maior riqueza
já perdida, dá tristeza.
É que, somos cada vez menos
e nascem poucos ... pequenos!
Para além da sua vaidade
e da soberba acumulada,
diga-se, em boa verdade,
bons costumes, poucos ou nada!
E, nesta rebaldaria,
entre luxos e porcaria,
a diferença é gritante.
Degradação para alguns,
os pobres, ditos comuns
e "eles" num viver impante!
Instalações da GNR,
que o nojo se encerre ...
Maternidades em contingência,
mau serviço na Urgência,
Algarve sem Pediatria?
Faltam médicos de família
a completar tanta quezília.
Como pode? Quem tal diria?!
Poeta, contestatário,
não me tomem por "otário".
Digo e volto a afirmar
o que vejo estar errado.
Aqui, ali, em qualquer lado!
Basta ter cabeça para pensar.
Hospitais em calamidade
averbam, a má verdade:
Anda doente, a Saúde!
Inquestionável, evidente
e, o sofredor paciente
não lhe vê, grande virtude.
"Eles" dizem estar tudo bem
porque o engano lhes convém.
Bem-vindo sejas, Outono.
Passarás a ser, "meu dono"
no teu suave cair da folha.
Irás anteceder o Inverno,
para nós, velhos, um inferno
com exigências de recolha.
De ti espero a harmonia
das cores fortes de magia.
Poentes dignos de poemas
dos simples e grandes poetas,
evitando as portas abertas
mas sentindo, brisas serenas.
Trazes contigo, coisas boas
cantadas em antigas loas.
O vinho que ferve na adega
e a sua prova desejada.
Também, a castanha assada
que a gulodice aconchega.
Festejaremos, os "Santos"
respeitando os nossos prantos
por aqueles que nos deixaram.
Também, a feira tradicional
em realização pontual.
As saudades já pesaram ...
Sem esquecer o labor
desse pormenor de valor,
do colher a azeitona.
Prática sempre repetida
nos planos da nossa vida.
A exigência, é sua dona!
Sê pois e assim, bem-vindo.
Contigo, eu irei indo
até quando Deus quiser.
Tenta ser, um bem sereno,
porque, Outono ameno,
é como afago de mulher.
"Salgado sem condições para se defender"
Será que seus crimes irão prescrever?
E, então, os tais outros, a saber? Vamos ver!
Quatro patinhas, rafeiro,
com faro de perdigueiro,
o tenho por companhia.
Travesso, na tenra idade,
é agora a novidade
que tenho, no dia-a-dia.
"Cortelhões#" e "Plingacheiros",
bons vizinhos, bem ordeiros
com o Ocreza de permeio,
vivem a vida a preceito.
Simples, de belo efeito,
no mais completo enleio.
No manter as tradições,
todos, uns bons Beirões!
Tanto na Foz como em Sobral,
todos simples, tudo igual!
A vida simples da aldeia
que bem guardo na ideia
ainda hoje me faz pensar
como eram felizes as gentes,
com tão pouco, mas crentes
que Deus os iria ajudar.
Alimentados pela Fé
que os mantinha de pé,
pensando no dia seguinte,
como melhor e proveitoso,
àquele, triste e chuvoso
que castigava o pedinte.
Utopia por vezes falsa,
a dois tempos como valsa
que não queremos bailar.
E assim passavam os dias
sem vislumbre de melhorias
com a idade a avançar ...
Pensar eu que eram felizes,
apesar dos tentos deslizes.
Uma vergonha tamanha!
Voltar de novo a Espanha
Para encher o depósito?
As Marias e os Manéis,
Ainda compram "caraméis"
O que vem, muito a propósito.
O caso dá que pensar.
Aumentados na quantidade,
nada vimos a melhorar
em favor da sociedade.
São as filas intermináveis
para resolução do problema.
Quais as causas prováveis?
Estará errado o sistema?
Estudem os maus efeitos.
Para isso, foram eleitos!
O Sol nunca tem preguiça
e, manhã cedo, ao acordar,
acende a luz de novo dia.
Nessa repetida alvorada,
soam cantos de Aleluía!
Das muitas aves,
todas elas agradecidas.
Deus lhes deu, novas vidas.
"Completanente irracionais"
as eleições antecipadas.
Quem canta alto de mais,
vê as suas contas furadas.
Porque penso, não resisto,
a comentar, ao que assisto.
Como podem os espanhóis,
aquilo que nós não podemos?
Porque seremos, nós menos,
vivendo sob os mesmos sóis?!
Tem contornos de anedota
ou, atitude idiota,
o que se passa ao momento.
Combustíveis, uma questão
que parace não ter solução
no seu constante aumento.
No permanente sobe e desce,
o seu preço, sempre cresce!
As motos à inspeção?
Mais uma fonte de receita
que já tem contestação
e o "motoqueiro", enjeita!
Uma carga, dita anormal,
dentro dos parâmetros fiscais,
indica que, em Portugal
nos governam, uns anormais?
É o povo quem mais ordena
e, se a vontade não hiberna,
um Governo prepotente
dará o dito por não dito.
Isso, aqui fica escrito
e o protesto, bem presente!
Hoje, amar é urgente.
E, quando amor se sente,
o mundo irá melhorar
das agruras de que padece.
Até a maldade se esquece.
Basta que se saiba amar!
"Dia Mundial do Pão".
Quando sua falta se sente,
muitos ralham, com razão,
no seio da pobre gente.
Gasolinas em sobe e desce.
num movimento de risota.
Mas, na sibida mais cresce
e o alto custo, se nota.
AVANTE!
Peitos dilatados, olhar em frente,
marchando altivos sem vacilar,
irmãos de sangue da lusa gente
que o Passado faz recordar.
Sorriso aberto, canção de Vitória
saída das bocas num só grito,
avançam certos, por uma memória.
Quem passa? Olhando-os, medito.
Mas cessa a dúvida, vem a certeza.
Tremulando ao vento, vejo-a bem,
aquela bandeira da gente portuguesa.
E em cada rosto um só ideal.
Avante! Artilheiros de Santarém.
Mostrai ao Mundo, o que é Portugal!
1 de Maio de 1960
B.A.de Santarém, Bogmaló (Índia Portuguesa).
Só quero o que é meu.
O que o trabalho me deu
e bem soube poupar,
Pensando na velhice
eu venceria a chatice
sem ter de me hipotecar.
Cada um e à medida,
saiba cuidar da sua vida.
Se cada um cuida de si
e Deus olha por todos
feliz aquele que sorri
no vasto mundo dos tolos.
Quer um país produtivo
ma não alimenta motivo
para que tal aconteça.
Impões, impostos altos
que só criam sobressaltos
e tudo o mais, impeça.
Gritante, o que ora se passa
e, já se fala em desgraça.
Combustíveis, a tal preço?
Quem aguenta, o sacrifício
sem ganhos no ofício?
Para mau fim, é o começo!
Deixe de ser casmurro.
Baixe os impostos e, já!
Só não muda, um burro,
quando a situação, é má!
Assim foi e, já não é.
De mim, perderam a fé
e o interesse de valor.
"Poeta da Simplicidade",
na essência da verdade,
como igualar, um Doutor?
Mantenho a postura que tinha,
Continuo, "Poeta de Sarnadinha"!
Sendo arma anti-tanque,
que mente tão brilhante
a associou a dinheiro?
Parvoíce, nua e crua,
assim atirada à rua ...
Só mesmo de um Primeiro!
No fartar da vilanagem,
chegámos à "bela imagem":
Dois euros por litro!
Novo preço da gasolina.
Portugal, bem se afirma
pelo pior. Tenho dito!
Dizem ser só para velhos,
a poesia popular.
Se escrito nos evangelhos
como me poderei queixar?
Como outra não sei fazer,
nem quero subir tão alto,
como os "artistas do saber"
que vos tomam de assalto,..
Ficai com eles. Bom proveito,
na satisfação do prazer.
Dizei-me depois, o efeito
que vos levou, a enaltecer.
Somos uma classe distinta
que se distingue das demais.
Quem tal, isto bem sinta,
elogiará, os ancestrais.
Porque deles veio o exemplo,
o sacrifício abnegado,
visto em qualquer momento,
honrando, o nobre Soldado.
Quem o foi, será sempre
ao longo da sua vida.
A memória que honrará
na luta, sempre vencida.
Submetidos à sujeição
de má política vigente,
sempre honraram a Nação,
apesar, dessa má gente.
Ser, "Soldado de Portugal"
uma honra sem igual!
Nossa Senhora do Amparo
amparai a minha vida.
Tudo está ficando caro
e não aumenta minha medida ...
Com a comédia costumeira,
aí o temos, à maneira ...
O Orçamento de Estado
para o ano que vem.
Chamar a atenção, até convém:
O anterior, já foi fechado?
Ou está em suspenso
não cumprido, por extenso?!
"Excelente" orçamento,
prevê, um belo aumento
de dez euros, a acrescentar.
Mas só a partir de Agosto!
Quantos, por seu desgosto,
não irão beneficiar?
A morrer, todos os dias,
quantos ficam sem regalias?
Neste país, vandalizado,
nem estátuas escaparam.
Afonso Henriques o visado.
Até a espada lhe levaram ...
Notícia da Televisão
que não foi bem expressa.
Julgo eu e, faço questão.
Mas isso é outra conversa.
A arma do nosso Rei,
era sim, um "montante"!
O que aprendi, o que sei
e, o digo, neste instante.
Justiça? Quem compreende,
a que temos? Não se entende!
Na proteção aos "poderosos",
os deixa à solta, felizes,
com todos os seus deslizes
que até os torna, famosos.
Se pobre e sem advogado,
um qualquer, "pobre-coitado"
dará entrada na cadeia.
Por vezes, com pouca culpa.
A que ignorância indulta.
Esta é a minha ideia.
Hoje, foi solto um ilustre.
Em Évora, pagou o ajuste.
Mas reduziram-lhe a pena.
Porquê,` dá para perguntar?
Metade ficou por pagar,
nessa Justiça, serena ...
Bronzeado p'lo sol alentejano
diz que o seu crime foi, engano.
Uma ideia veio a nascer,
agora que tive o prazer
de nela vir pernoitar.
Aldeia bem pitoresca
que a mente nos refresca.
Basta apenas, um olhar.
Mas que seja abrangente
e classifique sua gente,
como "alta qualidade"!
Pelo modo simples, singelo,
de tudo transformar em belo,
mesmo a inferior validade.
Assim, em Sobral Fernando,
as suas gentes sem mando,
num acto bem conseguido,
e por amor ao seu lugar,
acabaram por "plantar"
um "jardim colectivo"!
Deram vida ao que era velho,
como promessa de Evangelho.
Um simples pote, por exemplo,
antiga vasilha de azeite,
até penico, bem aceite,
para elogiar, o que contemplo.
Um prazer para os sentidos,
a quem os tiver, bem medidos.
E, se tantas flores são pouco,
ainda vejo a Poesia,
que alguém, num bom dia,
contrariou, este mundo louco.
Aqui fica o panorama.
Pode constutuir programa
a visitante com vagar.
Julgo ter cumprido missão
ao dedicar a minha atenção,
ao bom Povo deste lugar!
Para mim, Sobral Fernando,
passou a ser, "Floral Fernando"!
Terra e produtos d'oiro,
constituem um bom tesoiro.
As pessoas são de prata.
Generosas, hospitaleiras,
característica das Beiras.
Já o Turismo, é de "lata"!
Tal digo, por vivências.
Não sendo de exigências,
procuro o mínimo desejável:
Uma simples refeição
e cama de bom colchão.
Mas nem sempre é provável.
Aconteceu, recentemente
a este triste paciente.
Teve de ir dormir à Foz,
também a Sobral Fernando,
por motivos de desmando
e obras em casa de avós.
Se assim se promove o Turismo,
bem perto estará do abismo!
"Residência Literária"
com completa diária
mas só para os eruditos.
Aos outros, apenas sobras
pela pequenez das obras.
Assim, ficavam proscritos.
Sem público no que fazia,
terminou a minha poesia.
Com pena e, tal lamento.
Mas a vida continua.
Ainda que noutra rua,
prossigo, bem a contento.
Nasceu simples a poesia,
a que então se fazia,
alegre, à beira-rio.
Entregue a outros ideais,
cresceu, subindo demais
mas perdeu, um certo brio.
A poesia, dita popular,
deixou de lhes interessar.
Ficou mais pobre o poeta
mas continua a obra
com a veia que lhe sobra
e a Musa, bem desperta.
A barragem no Ocreza,
continuará, incerteza?
Tome cuidado o ministro,
no falhar seu compromisso.
Não fique pois, omisso.
Refilar, eu não resisto!
Não nasci para estar parado
mas ficar imobilizado
por falta de capacidade,
causa-me grande irritação.
Nem me atende o coração
e diz-me, "isso é da idade"!
Na Rua da Courela,
casa com porta e janela.
a da avó, Conceição.
Singela e maneirinha,
no seu lugar, Sarnadinha,
tão grata recordação.
Quem vai, vai. Quem está, está,
A boa forma de viver.
Depressa bem chegará,
quem se apressar, a correr.
O Outono, serenamente,
a anunciar o Inverno
é pronúncio que não mente
num ciclo sempre eterno.
O bom vagar faz colheres.
Se para isso tens jeito
quantas mais elas fizeres,
melhor, o teu proveito.
Por dá cá aquela palha
se mata um inocente.
Já a mãe quando nos ralha,
sabe Deus, o mal que sente.
É bom viver na aldeia
nesmo sem comodidade.
Disso não fazem ideia
os senhores da cidade.
Como vendedor da praça
que engana o comprador
um político nem disfarça
o que impinge, sem valor.
A pobre que estende a mão
a solicitar ajuda,
basta um naco de pão
como Deus que lhe acuda.
Liberto das confusões
só em casa me sinto bem.
No evitar multidões,
a prática que me convém.
A estúpidez contagia
e dá más consequências.
Mais vale, vida vazia
do que vaidades imensas.
Falar alto, até falou,
prometer muito, prometeu,
a plareia o ovacionou
e descrente, apenas eu?
O Ministro do Ambiente,
figura tão proeminente
no dizer o que não faz,
tirou agora da cartola,
uma ideia a fazer escola
e que muito lhe apraz:
Um túnel de grande extensão
para resolver a questão
do abastecimento do Tejo.
É de génio! Toca a escavar?
Não vejo, a "estaca a pegar".
Nem tal obra, antevejo.
Seja, isso sim, expedito
e construa, a Barragem do Alvito.
Nunca se ouviu tanta conversa.
Banalidades, ora essa!
Queremos é ver boa obra.
Ultrapassar dificuldades,
Como vulgaridades,
as temos e de sobra!
País de ladrões e vigaristas
com atitudes nunca vistas,
passeiam a sua impunidade.
Quando acabará o regabofe?
Um canto com nova estrofe
sem vestígios de maldade?
"Terras de Oiro",
A Arte de Bem Receber.
Para atingir tal tesoiro,
muito haverá que fazer ...
Tive a má experiência,
agora no meu porvir.
Com que Santa Paciência,
\um lugar para dormir?!
Sem cama no meu Concelho,
atravessei a ponte na Foz
e, com cansaço de velho,
lá consegui, muito após,
a dormida desejada,
duramente, procurada.
Em Sobral Fernado,
que baptizei, "Floral Fernado"
Pensai nisto minhas gentes.
Há problemas pendentes.
O ir para fora cá dentro,
necessita de mais provento!\
Os da minha geração,
tinham como educação,
o de "salvar" em passagem,
na entrada ou na saída.
Era regra estabelecida,
numa preciosa imagem.
Com a mudança dos tempos,
acabaram tais cumprimentos.
Nem bom dia nem boa tarde,
de tão simples alarde
A minha casa d'aldeia,
generosa herança de pais,
por tão simples e plebeia,
me alegra, por demais ...
Guarda em si, preciosidades
de tão elevado valor ...
Ao tempo, as necessidades,
dos casados, com amor.
Relíquias no "sobrado"
em tempo de arrumações,
revelaram o belo achado,
a provocar, emoções.
O singelo leito nupcial
dos meus adorados pais.
A sua cama, inicial
e por muitos tempos mais ...
A guardaremos, eternamente,
connosco, um bem presente.
Na boa época passada,
bastava uma "mãozada"
para garantir compromisso
sem necessidade notarial.
Era assim em Portugal,
preceito já hoje, omisso.
Agora, aldrabar é moda
a que tudo se acomoda.
Será doença mas curável.
Basta haver um lado amável
e disponibilidade.
Presença, palavra amiga,
um poema, uma cantiga
para criar, amizade.
Carenciados, os velhos,
constantes dos Evangelhos.
Por vezes, longe de tudo
em escassez da oferta,
têm sempre a porta aberta
para ouvir, o que está mudo.
A solidão já existia
mas aumentou com a pandemia.
Pede, entrega e dedicação,
fórmula simples, barata,
que será sempre, mui grata,
vinda de qualquer coração.
Com Bruxelas a municiar
e o Costa, a apontar,
aí teremos a bazuca desejada.
Com estilhaços de dinheiro,
ao gosto do nosso Primeiro
no desgaste da palavra.
Oxalá que tantos milhões,
tenham boas decisões.
Roçando a boçalidade.
conspurcando a verdade,
já terminou a campanha.
Parabéns aos vencedores
e veremos, meus senhores
se cumprirão, a façanha.
De promessas se fartaram.
Veremos se nos enganaram.
Jerónimo nas ladaínhas
e Costa, com berrarias,
duas "santas alminhas",
no Altar das Autarquias.
Universo de beneficiários,
tantos são e vários,
a "mamar na teta".
Pagos por todos nós,
os eternos "tótós",
infelizes, deste planeta.
Ao estômago delicado
de poeta afamado
lhe provoca indigestão,
a poesia popular?
Não consegue suportar,
por simples, sem condição?
Versejando, isolado,
vai transmitindo recado
nas vias que escolheu.
Cáustico, por vezes rude,
sempre na mesma atitude,
ele, sou apenas ... eu!
"Poeta de Sarnadinha"
com verdade, bem minha!
O passe, a ser concedido,
de há muito prometido,
não satisfaz a maioria.
A limitação abrangente,
condiciona, infelizmente,
abaixo do que se previa \
Tão mísera "migalha"
não alegra a "maralha"
Já não bastava, Bairro Alto,\\\\
agora também em Santos?
Um constante sobressalto
e os rufões, são tantos?!
Jovens mal-comportados
deverão ser "amansados"
para oa ânimos refrear.
Um banho de água fria
decerto lhes causaria,
um modo a repensar ...
Sou sonhador compulsivo
mas pouco ambicioso.
Em tudo encontro motivo
e peco, por preguiçoso.
Tudo o que tenho na vida,
conseguido com trabalho,
compensação merecida,
é prova do quanto valho.
Pouco será, ne verdade.
Porém, com imenso prazer,
posso dormir à vontade,
pois nada estou a dever.
Do que tinha para fazer
acabou por estar feito.
Agora, irei adormecer
pois, bem cedo me deito.
Cai a máscara dos portugueses
com melhoras na pandemia.
Ultrapassando os revezes,
a vida tem mais alegria
Mas a máscara continua
na cara dos políticos
que, com tanta falcatrua
se revelam, bem atípicos.
