domingo, 29 de maio de 2011

FÁBULA DO LÁPARO INOCENTE

Na presente situação,
Com eleições à porta,
É notória a agitação
Que ao momento reporta.

Se duma selva se trata,
O estado deste país,
Vejamos, como o retrata,
Um "poeta aprendiz":

Rugem, os animais ferozes;
Balem, centrados cordeiros;
As hienas, sem vozes,
Choram, implorando poleiros.

Aconchegado, na sua lapa,
Um láparo, ainda inocente,
"Mete água, se acachapa",
Neste meio, inexperiente.

Por ingénuo mas palrador
Na sua curta vivência,
Não foge, ao mau caçador
Que o fere sem complacência.

Modera os "passos", coelhinho!...
Arrebita essas orelhas!...
Segue, na "direita" do caminho,
Evita as tiradas azelhas!

A quem me lê, será fácil adivinhar
quais os visados, nesta  fábula (?)

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