segunda-feira, 16 de maio de 2011

SOMBRAS...

Longa vai a minha vida
Porque Deus assim quer;
Tem sido feliz, pouco sofrida
Ao lado da mesma mulher.

Para tanto, muito lutei;
Sacrifícios compensados
À face dos códigos da Lei;
Meus propósitos, alcançados.

Construí risonho "canto"
Justo e merecido, o considero
Talvez não esperando tanto,
Cioso, o guardo e venero.

Hoje, o risco me rodeia.
O silêncio é perturbado
Sinto, o uívo d'alcateia
Querendo, o que me é dado

Sinal dos tempos? Globalidade?
Não só mas muito também!
Da inapta habilidade
Dos que não valem "vintém"

Do "meu", obtido no labor
Querem parte para "tapar"
O que esbanjaram sem púdor.
Não chegou! Agora, vêm "sacar"

É a palavra mais justa
Para definir tão feio gesto
Aos ricos, a medida não custa
Do muito, têm muito resto!...

Desde agora, ganhei medo
Que tais atitudes nefastas
Continuem, neste folguêdo
A criar, Governos "rascas".

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