domingo, 29 de maio de 2011

PORTUGAL DEPENDENTE

Meu velho país, Portugal,
Não tens sido bom pai
Na longa vida que lá vai...
Verdade! Educaste mal!

Nem a todos, por igual
Mas à grande maioria.
Não nos deste sabedoria
Que suplante, o trivial.

Madraços na arte d'aprender
"Artistas" do verbo enganar,
Moral baixa, p'ra esquecer.

Useiros, no gesto de "sacar"
Nada semeando mas colher
E, aos outros, pouco ligar...
.............................................
Foste um pai abastado:
Especiarias do Oriente,
Ouro do Brasil, país quente,
Escravos, vendidos como gado;

Pena que tenhas esbanjado,
Mais tarde, remessas d'emigrantes.
À falta dos não pagantes,
Hoje, o crédito mal parado.

Esbanjador e também dependente.
Aos Holandeses deste o sal
A pagar ajuda premente;

Concedeste aos ingleses, o aval
Aliança de duração permanente
Que do bem, só nos deu o mal...

...a tua História, releio com pena
Nesta fase de nova dependência.
Sempre tiveste, alma plena!
Como falhaste, na inteligência?

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