sábado, 10 de novembro de 2012

REFORMADOS E PENSIONISTAS

 O meu "reinado" fundei,
Com muitos sacrifícios.
Até criei alguns vícios,
Dos quais me curei.

Julguei valer a pena,
Tal esforço empenhado,
Pelo seu fim destinado,
À minh'alma não pequena.

Atingido bom estatuto,
O de merecer tranquilidade,
Tal diamante, em bruto,
Se revelou, de nulidade.

Não por mim, seu criador,
Mas por vulgar ratoneiro
Que, com todo o despudor
Quer parte do meu dinheiro.

Mau destino dos idosos,
Estorvo deste País,
Na ideia dos manhosos,
Com sentença de mau juiz

Reformados a abater,
Das várias classes vigentes?
Pensionistas, que lhes fazer
Se são tantas, essas gentes?

Satânico, vergonhoso, radical!
Parece ser lento, mas eficaz!
Cortar, toda a benesse social,
E ... morreremos, sem paz! 

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