Quem canta seu mal espanta
Quem chora o mal declara
Viver tanto me encanta
Mas a vida está tão cara!
Sou da Beira; ex-militar; India,Moçambique e Guiné. Na velhice o vicio da poesia, e o amor que me une às boas tradições beirãs.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
HISTÓRIA DE UM NAMORO
Por muito ter namorado
Sinto o coração cansado,
De tanto bater, o coitado!
É que não faço segredo,
Comecei namoro cedo
E foi muito prolongado.
Exigências da sociedade,
Só permitiam casar com idade,
De adulto, nos vinte e tantos,...
Leis militares antigas,
Obrigavam, as raparigas,
À espera e em prantos.
A desejada data, chegou
E o namoro se consumou,
Dando lugar ao casamento.
Era prémio dado a Cúpido,
Pois fazia todo o sentido,
Circunstanciar esse momento.
E depois, o namoro se perdeu?
Não! O coração sempre bateu,
Mais tranquilo, todavia,
Por não haver tanta ansiedade.
A união era uma realidade,
Com provas no dia-a-dia.
Pela idade, ritmo moderado,
O coração ficou cansado!
É natural e não gosto de mentir.
Mas no ritmo do seu compasso,
Na longa vivência, par e passo,
Algo de novo se fez sentir:
O nosso amor, velhinho
Já perdeu sua frescura
Dele, nasceu o carinho
A que se juntou a ternura,
A ternura dos setenta,
Companheira da verdade
Connosco, à mesa se senta,
A partilhar, a saudade!
Sinto o coração cansado,
De tanto bater, o coitado!
É que não faço segredo,
Comecei namoro cedo
E foi muito prolongado.
Exigências da sociedade,
Só permitiam casar com idade,
De adulto, nos vinte e tantos,...
Leis militares antigas,
Obrigavam, as raparigas,
À espera e em prantos.
A desejada data, chegou
E o namoro se consumou,
Dando lugar ao casamento.
Era prémio dado a Cúpido,
Pois fazia todo o sentido,
Circunstanciar esse momento.
E depois, o namoro se perdeu?
Não! O coração sempre bateu,
Mais tranquilo, todavia,
Por não haver tanta ansiedade.
A união era uma realidade,
Com provas no dia-a-dia.
Pela idade, ritmo moderado,
O coração ficou cansado!
É natural e não gosto de mentir.
Mas no ritmo do seu compasso,
Na longa vivência, par e passo,
Algo de novo se fez sentir:
O nosso amor, velhinho
Já perdeu sua frescura
Dele, nasceu o carinho
A que se juntou a ternura,
A ternura dos setenta,
Companheira da verdade
Connosco, à mesa se senta,
A partilhar, a saudade!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
O unto, afinal era o nosso
E já foi todo cortado
Limpa da gordura, o osso
Começou a ser raspado.
E já foi todo cortado
Limpa da gordura, o osso
Começou a ser raspado.
A SÉTIMA AVALIAÇÃO
E já vão sete
As avaliações.
Tudo se repete.
E as conclusões?
Não se notam melhoras!
Sem furos p'ra mais aperto,
Aumentam as penhoras
E as contas sem acêrto.
A Troika veio ensinar?
Foi mau, o ensino.
Continua o azar,
Ou o aluno é asinino?
...quem o bom esperava,
aguarde, pela oitava!...
As avaliações.
Tudo se repete.
E as conclusões?
Não se notam melhoras!
Sem furos p'ra mais aperto,
Aumentam as penhoras
E as contas sem acêrto.
A Troika veio ensinar?
Foi mau, o ensino.
Continua o azar,
Ou o aluno é asinino?
...quem o bom esperava,
aguarde, pela oitava!...
ALENTEJANO PURO
Para além do Tejo,
Na canícula do verão,
A pouca gente que vejo,
Terá, a sua boa razão.
"Assa canas ao sol",
Se diz, dos resistentes.
Os outros, comem pão mole.
Dão que fazer aos dentes!
Alentejano não é tolo!
Sem abdicar da sesta,
Evita o desconsolo,
Do suor caindo da testa!
Na canícula do verão,
A pouca gente que vejo,
Terá, a sua boa razão.
"Assa canas ao sol",
Se diz, dos resistentes.
Os outros, comem pão mole.
Dão que fazer aos dentes!
Alentejano não é tolo!
Sem abdicar da sesta,
Evita o desconsolo,
Do suor caindo da testa!
POLEIRO DE PAPAGAIOS
Calai-vos, por Deus!
A toda a hora e momento,
Tanto "zurrar de jumento"
Não nos cala o lamento!
Porquê, tantas conversas?
Aparições a toda a hora?
Tudo continua às avessas!
Nada se abate à penhora!
E vocês, passeiam a gala.
Bemtrajados e aberrantes.
Muito paleio, tanta fala...
E tudo, como em Abrantes!
Por vezes me pergunto:
Quantos os fatos ao dispor?
De que alfaiates, por junto,
Detém, o senhor doutor?
É uma feira de vaidade,
Na tanta conversa vã.
Pobre, a actual sociedade
Sem moral, nem mente sã!
A toda a hora e momento,
Tanto "zurrar de jumento"
Não nos cala o lamento!
Porquê, tantas conversas?
Aparições a toda a hora?
Tudo continua às avessas!
Nada se abate à penhora!
E vocês, passeiam a gala.
Bemtrajados e aberrantes.
Muito paleio, tanta fala...
E tudo, como em Abrantes!
Por vezes me pergunto:
Quantos os fatos ao dispor?
De que alfaiates, por junto,
Detém, o senhor doutor?
É uma feira de vaidade,
Na tanta conversa vã.
Pobre, a actual sociedade
Sem moral, nem mente sã!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Cantigas leva-as o vento
A saudade fica comigo
Só de pensar no momento
De estar só por castigo.
A saudade fica comigo
Só de pensar no momento
De estar só por castigo.
A DIFERENÇA
Entre o amor à Bandeira
E ao recheio da carteira
Se definem os portugueses.
Os primeiros, vão rareando.
Restam os tais, do "bando"
Classificados de burgueses.
E ao recheio da carteira
Se definem os portugueses.
Os primeiros, vão rareando.
Restam os tais, do "bando"
Classificados de burgueses.
MANOBRAS
Transformar dívida privada,
Em pública, numa assentada,
Manobra deveras manhosa.
Dá áqueles, a benesse
Mas é o povo que padece,
Pagando, p'la medida grossa.
Em pública, numa assentada,
Manobra deveras manhosa.
Dá áqueles, a benesse
Mas é o povo que padece,
Pagando, p'la medida grossa.
RECADOS
A Natureza está zangada
Por andar tão castigada
Pela Humanidade actual.
São os pecados do homem
E só maus frutos se colhem.
Da revolta, nasce o mal!
Por andar tão castigada
Pela Humanidade actual.
São os pecados do homem
E só maus frutos se colhem.
Da revolta, nasce o mal!
A BRINCAR...
É reincidente a falhar.
Não há qualquer mistério.
O senhor ministro Gaspar,
Vai mudar de ministério.
Acabou-se, o das Finanças.
Não faz qualquer sentido.
Será, o das "Falhanças",
Como diz, um entendido!
Não há qualquer mistério.
O senhor ministro Gaspar,
Vai mudar de ministério.
Acabou-se, o das Finanças.
Não faz qualquer sentido.
Será, o das "Falhanças",
Como diz, um entendido!
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Sobre o leite derramado
Não chores não vale a pena
Bem o devias ter mamado
Quando ainda eras pequena.
Não chores não vale a pena
Bem o devias ter mamado
Quando ainda eras pequena.
MÃOS CRIMINOSAS
Da mão que destrói
Ninguem se condói.
Se Justiça houvesse,
E ao mal, o que ele merece,
Serviria, a "Pena de Talião":
Se ampute, essa mão!
Ninguem se condói.
Se Justiça houvesse,
E ao mal, o que ele merece,
Serviria, a "Pena de Talião":
Se ampute, essa mão!
ORADOR COMPULSIVO
Seguramente,
É ponto assente:
O senhor, fala demais!
Será que por contracto
Ou exigência, no abstracto,
De exibir as cordas vocais?
MAL IMAGINÁRIO
Te imploro!
Não vás, fica!
Quando o peço, não choro
Mas algo me mortifica,
Nessa partida iminente.
Se juntos, tanto fomos,
Por um facto, sómente,
Deixamos de ser quem somos?
Errar, é humano
E simples ser que sou,
Também provoco o dano,
Que não mereces e eu dou!
Por muito que a alma te doa,
Tem compaixão e perdoa!
Não vás, fica!
Quando o peço, não choro
Mas algo me mortifica,
Nessa partida iminente.
Se juntos, tanto fomos,
Por um facto, sómente,
Deixamos de ser quem somos?
Errar, é humano
E simples ser que sou,
Também provoco o dano,
Que não mereces e eu dou!
Por muito que a alma te doa,
Tem compaixão e perdoa!
domingo, 24 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Ao passar, olha e vê
Tudo quanto te rodeia
Deus te deu essa mercê
Não a tomes como alheia.
Tudo quanto te rodeia
Deus te deu essa mercê
Não a tomes como alheia.
LENGALENGA
Lengalenga com pés e cabeça
Para que ninguém se esqueça:
O Mundo é uma bola
Que rebola.
Neste lado é noite escura,
No outro, mora a fartura.
Por aqui, estamos com azia,
Fartos de tanta heresia.
Leis tortas de mau efeito,
No predicado e no sujeito.
Sujeitos sim, à desgraça,
Adivinhada pela trapaça
Dos mesmos, sempre iguais,
Cheios de pecados mortais
Que o Bom Deus julgará,
Lá no céu, se é que o há,
Porque na Terra, os tribunais
Se mantêm ao tempo, iguais.
Só atam aos molhos, os processos.
Também não se desatam novas leis
Que reduzam o tesouro dos Reis,
Da Banca, das Eléctricas, do Comércio!
Os que tratam o povo como néscio,
Ao carregar na albarda os custos
De tudo e de nada! Muitos sustos!
Carências de toda a ordem e tamanho;
As terras ao abandono, sem amanho.
Férias, em jazigos de esquecimento,
Não haverá, tal como bom alimento,
Se continuar-mos nesta errada direcção.
Outra virá para melhor! Ou não?
Já nem acredito. Isto é o fim!
E quem terá pena de nós? De mim?
Que não faço mal a ninguém,
Mas sinto ser tratado com o desdém
De não pertencer ao mesmo time?
Tenho cor diferente da que oprime.
E daí, porque não sou filiado,
Não pago quotas, mas bem tramado,
Longe da teta do bom mamar,
Limito-me, tristemente, a versejar.
Em verdade, isto por cá, vai mal!
Mas falando de todos no plural.
No singular, cada um de vós,
Procura desatar os muitos nós.
Será uma autêntica sangria desatada!
Muito nos tiram. Dão pouco ou nada!
Para não voltar ao ponto de partida,
Termino por agora. Aceitem a despedida.
Ah! Não me levem muito a sério.
Foram apenas, os devaneios do Silvério.
Para que ninguém se esqueça:
O Mundo é uma bola
Que rebola.
Neste lado é noite escura,
No outro, mora a fartura.
Por aqui, estamos com azia,
Fartos de tanta heresia.
Leis tortas de mau efeito,
No predicado e no sujeito.
Sujeitos sim, à desgraça,
Adivinhada pela trapaça
Dos mesmos, sempre iguais,
Cheios de pecados mortais
Que o Bom Deus julgará,
Lá no céu, se é que o há,
Porque na Terra, os tribunais
Se mantêm ao tempo, iguais.
Só atam aos molhos, os processos.
Também não se desatam novas leis
Que reduzam o tesouro dos Reis,
Da Banca, das Eléctricas, do Comércio!
Os que tratam o povo como néscio,
Ao carregar na albarda os custos
De tudo e de nada! Muitos sustos!
Carências de toda a ordem e tamanho;
As terras ao abandono, sem amanho.
Férias, em jazigos de esquecimento,
Não haverá, tal como bom alimento,
Se continuar-mos nesta errada direcção.
Outra virá para melhor! Ou não?
Já nem acredito. Isto é o fim!
E quem terá pena de nós? De mim?
Que não faço mal a ninguém,
Mas sinto ser tratado com o desdém
De não pertencer ao mesmo time?
Tenho cor diferente da que oprime.
E daí, porque não sou filiado,
Não pago quotas, mas bem tramado,
Longe da teta do bom mamar,
Limito-me, tristemente, a versejar.
Em verdade, isto por cá, vai mal!
Mas falando de todos no plural.
No singular, cada um de vós,
Procura desatar os muitos nós.
Será uma autêntica sangria desatada!
Muito nos tiram. Dão pouco ou nada!
Para não voltar ao ponto de partida,
Termino por agora. Aceitem a despedida.
Ah! Não me levem muito a sério.
Foram apenas, os devaneios do Silvério.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
O antigo se reserve
Para os os novos saberem
Afinal para que serve
O chá se não o beberem?
Para os os novos saberem
Afinal para que serve
O chá se não o beberem?
TERRA QUENTE
Alentejo, terra quente,
Geras pão, no ventre,
Fecundado pelos teus.
Nas espigas aloiradas
Em searas onduladas
Pela brisa, vinda de Deus.
De espiga, a semente
Lançada à terra quente.
O Alentejo fecundado,
Gera o pão em seu ventre,
P'lo trabalho da gente,
De corpo moído de cansado!
Geras pão, no ventre,
Fecundado pelos teus.
Nas espigas aloiradas
Em searas onduladas
Pela brisa, vinda de Deus.
De espiga, a semente
Lançada à terra quente.
O Alentejo fecundado,
Gera o pão em seu ventre,
P'lo trabalho da gente,
De corpo moído de cansado!
MUDANÇA
Há que mudar as leis.
Uns plebeus e outros reis?
Já não estamos na Monarquia!
Vamos consertar a maneira:
Triagem, em boa peneira
E todos. com igual valia!
Uns plebeus e outros reis?
Já não estamos na Monarquia!
Vamos consertar a maneira:
Triagem, em boa peneira
E todos. com igual valia!
CONTAS FURADAS
O senhor ministro, ilustre,
Afinal, é um embuste,
No acerto da previsão.
As contas saem furadas
Nas erráticas tabuadas.
Falha, o resultado da equação!
Afinal, é um embuste,
No acerto da previsão.
As contas saem furadas
Nas erráticas tabuadas.
Falha, o resultado da equação!
RISO DECLARADO
A uma lei com oito anos
Se verificou conter danos
No de ou na da, a questão,
Galhofa igual ao pontuar
Uma vírgula pôde bastar
Para criar a alteração.
Se verificou conter danos
No de ou na da, a questão,
Galhofa igual ao pontuar
Uma vírgula pôde bastar
Para criar a alteração.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Em dia triste de chuva
Ouvir e dizer poesias
É como calçar a luva
Que aquece mãos frias.
Ouvir e dizer poesias
É como calçar a luva
Que aquece mãos frias.
PORTAS DE RÓDÃO
A lua, vinda de Espanha
Com claridade tamanha
E tão bem espelhada,
Vem abençoar o Rio Tejo.
Lá no alto, bem a vejo,
Na sua fase arredondada.
Com claridade tamanha
E tão bem espelhada,
Vem abençoar o Rio Tejo.
Lá no alto, bem a vejo,
Na sua fase arredondada.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
É tudo inferior ao previsto
E a desgraça continua
Quando é que ao ministro
Se abre a porta da rua?
E a desgraça continua
Quando é que ao ministro
Se abre a porta da rua?
A LÓGICA DA BATATA
Se estamos todos
A capitalizar a Banca,
Não nos tomem por tolos,
Nem à lei da tranca!
Por mim, exijo o trato,
Igual aos banqueiros.
Quero ficar no retrato.
Fazer parte dos parceiros,
Ditos de accionistas.
Sou, investidos forçado,
Porque uns tais vigaristas,
Me reduzem o ordenado.
No brincar com meu dinheiro,
Espero boa aplicação.
Agora que sou "banqueiro"
Exijo, a melhor cotação!
A capitalizar a Banca,
Não nos tomem por tolos,
Nem à lei da tranca!
Por mim, exijo o trato,
Igual aos banqueiros.
Quero ficar no retrato.
Fazer parte dos parceiros,
Ditos de accionistas.
Sou, investidos forçado,
Porque uns tais vigaristas,
Me reduzem o ordenado.
No brincar com meu dinheiro,
Espero boa aplicação.
Agora que sou "banqueiro"
Exijo, a melhor cotação!
GRÂNDOLA VILA MORENA
Duvidoso doutorado
De canudo mal amanhado
Agora honoris causa, pequena
Pelo desempenho curricular
Do seu belo cantar,
"Grândola Vila Morena".
Afinação, tão pouco valiosa,
Própria de gente pirosa,
Ficou-lhe, mesmo bem!
Só faltou, arremeço de tomates,
Próprios para tais dislates,
A confirmar. o desdém!
De canudo mal amanhado
Agora honoris causa, pequena
Pelo desempenho curricular
Do seu belo cantar,
"Grândola Vila Morena".
Afinação, tão pouco valiosa,
Própria de gente pirosa,
Ficou-lhe, mesmo bem!
Só faltou, arremeço de tomates,
Próprios para tais dislates,
A confirmar. o desdém!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Ervas daninhas na horta
Danificam as culturas
Há pessoas a quem reporta
O mesmo rol de amarguras.
Danificam as culturas
Há pessoas a quem reporta
O mesmo rol de amarguras.
A PORTA DA RUA
Senhor, seja inteligente.
Não gostamos de certa gente!
Porque nos impõe tal figura?
Se o próprio não se importa,
Seja o senhor a abrir a porta.
Mande embora, tal criatura!
Não gostamos de certa gente!
Porque nos impõe tal figura?
Se o próprio não se importa,
Seja o senhor a abrir a porta.
Mande embora, tal criatura!
POESIA SINGELA
Uma poesia
pequenina que seja
pode ter a magia
dum bem que se veja.
Um verso
pequeno que seja
é o universo
de quem o verseja.
Na solidão de estar só
o obre cão chora o dono
que desumano sem dó
o deixou ao abandono.
Passarinho que cantas
p'la manhã no meu jardim
nem sabes como encantas
quando cantas para mim.
O que quiseres terás
com a força do querer
pouco ou nada ganharás
na entrega ao lazer.
Para trás "mija a burra"
me diziam em criança
reparos de velha casmurra
que atropela e avança.
De negro a pobre viuva
chorando o bem deposto
naquela tarde de chuva
era imagem do desgosto.
Quando chega a primavera
Deus abre as portas celestes
e a luz após espera
dá à Terra novas vestes.
Curtas mensagens
de Poesia
no pouco as vantagens
da muita alegria.
Ribeirinho d'água corrente
tão lesto vais correndo
porque segues tão contente
na pressa que não entendo?
Vou correndo para o rio
é lá que vou desaguar
com outros em corrupio
vamos todos para o mar.
pequenina que seja
pode ter a magia
dum bem que se veja.
Um verso
pequeno que seja
é o universo
de quem o verseja.
Na solidão de estar só
o obre cão chora o dono
que desumano sem dó
o deixou ao abandono.
Passarinho que cantas
p'la manhã no meu jardim
nem sabes como encantas
quando cantas para mim.
O que quiseres terás
com a força do querer
pouco ou nada ganharás
na entrega ao lazer.
Para trás "mija a burra"
me diziam em criança
reparos de velha casmurra
que atropela e avança.
De negro a pobre viuva
chorando o bem deposto
naquela tarde de chuva
era imagem do desgosto.
Quando chega a primavera
Deus abre as portas celestes
e a luz após espera
dá à Terra novas vestes.
Curtas mensagens
de Poesia
no pouco as vantagens
da muita alegria.
Ribeirinho d'água corrente
tão lesto vais correndo
porque segues tão contente
na pressa que não entendo?
Vou correndo para o rio
é lá que vou desaguar
com outros em corrupio
vamos todos para o mar.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
O MAIOR
"O Maior Partido da Oposição"!
Redundante! Falacioso!
Maior em quê? Qual a razão?
Dele, só recebemos mal danoso.
Quando tinha a batuta,
Em data pouco remota,
Que fizeram? Qual a conduta,
Além da conhecida batota?
Metam o título no baú!
Para "Maior" têm de crescer
Em valor, provado a nu,
Para o efeito se conhecer.
Redundante! Falacioso!
Maior em quê? Qual a razão?
Dele, só recebemos mal danoso.
Quando tinha a batuta,
Em data pouco remota,
Que fizeram? Qual a conduta,
Além da conhecida batota?
Metam o título no baú!
Para "Maior" têm de crescer
Em valor, provado a nu,
Para o efeito se conhecer.
VENTO NORTE
Vós, adeptos acérrimos
Da "Revolução dos Cravos",
Vendo os pobres, paupérrimos,
Classe média de escravos,
E os ricos, quais nababos,
Acham que valeu a pena?
Acabaram-se os agravos
E a alma já não é pequena?
Santa Bárbara dos Trovões!
Deus nos dê, melhor sorte,
Ou outras revoluções,
Estas, vindas do norte!
Da "Revolução dos Cravos",
Vendo os pobres, paupérrimos,
Classe média de escravos,
E os ricos, quais nababos,
Acham que valeu a pena?
Acabaram-se os agravos
E a alma já não é pequena?
Santa Bárbara dos Trovões!
Deus nos dê, melhor sorte,
Ou outras revoluções,
Estas, vindas do norte!
PORQUE SERÁ?
Por falhas de inteligência,
Prazer sádico de provocar,
Distração danosa,
Objectivo deliberado,
Ignorância indesculpável,
Compadrios abusivos,
Ou apenas, burrice pura?
Que este país não tem cura?
Prazer sádico de provocar,
Distração danosa,
Objectivo deliberado,
Ignorância indesculpável,
Compadrios abusivos,
Ou apenas, burrice pura?
Que este país não tem cura?
ROUBALHEIRA SONHADA
O que vos faltará inventar
Para o restante vir "sacar"?
Já estamos na pele e osso!...
Ide, aos anafados rebanhos,
Buscar melhores amanhos.
Daqui, já só levais, o "caroço".
Na grandiosa clientela,
Enchei à vontade, a panela!
Os dos tachos, por vós cedidos:
Parentes, amigos, toda a malta!
Os de dentro e fora da ribalta!
Comei todos, os bons cozidos.
Nós? Já estamos mais que...espremidos!
Para o restante vir "sacar"?
Já estamos na pele e osso!...
Ide, aos anafados rebanhos,
Buscar melhores amanhos.
Daqui, já só levais, o "caroço".
Na grandiosa clientela,
Enchei à vontade, a panela!
Os dos tachos, por vós cedidos:
Parentes, amigos, toda a malta!
Os de dentro e fora da ribalta!
Comei todos, os bons cozidos.
Nós? Já estamos mais que...espremidos!
DESEMPREGO
O seu, a seu dono.
A um, tira-lhe o sono.
Outro, dorme descansado.
Ambos parecem dormir
Ou quem sabe, a mentir,
Num país que está parado!
A um, tira-lhe o sono.
Outro, dorme descansado.
Ambos parecem dormir
Ou quem sabe, a mentir,
Num país que está parado!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Na verdade nua e crua
Uma nova taxa a criar
Cidadão que sai à rua
Portagem terá de pagar.
Uma nova taxa a criar
Cidadão que sai à rua
Portagem terá de pagar.
AMIZADE
"A amizade duplica as alegrias
e divide as tristezas".
Aumenta as mais valias
e reduz as tibiezas.
e divide as tristezas".
Aumenta as mais valias
e reduz as tibiezas.
ESTAMOS FARTOS
Estamos fartos de vós!
Políticos, apresentadores, modelos,
Cantores e cantadeiras, avós
E outros,..nem querêmos vê-los!
Será da estreita dimensão,
Dos países assim pequenos?
Ou falta de disposição?
Fartos! Até à raiz dos cabelos!
É que nada dão de novo.
Um enjoo de fartura!
É porque agrada ao povo?
Mas tanto abuso, tortura!
Ainda se fossem originais!...
Mas sois todos tão iguais!
Políticos, apresentadores, modelos,
Cantores e cantadeiras, avós
E outros,..nem querêmos vê-los!
Será da estreita dimensão,
Dos países assim pequenos?
Ou falta de disposição?
Fartos! Até à raiz dos cabelos!
É que nada dão de novo.
Um enjoo de fartura!
É porque agrada ao povo?
Mas tanto abuso, tortura!
Ainda se fossem originais!...
Mas sois todos tão iguais!
NÓDOAS
Criar a polémica
É especialidade vossa.
Pontual e endémica,
Causando asneira grossa.
Desnecessária, evitável.
Não ganham nada com isso!
O azedume, é palpável,
P'lo vosso encher chouriço!
É especialidade vossa.
Pontual e endémica,
Causando asneira grossa.
Desnecessária, evitável.
Não ganham nada com isso!
O azedume, é palpável,
P'lo vosso encher chouriço!
MUITOS ANOS TRAZEM DANOS
Cada um de nós,
Saibamos ver a verdade ´
Agora que somos avós.
Esta, é a realidade!
Cada um por si,
Apesar da dualidade.
Algures, eu já li.
Ser normal, com a idade.
Rabugentos, não defeitos!
A vida assim nos torna.
Nascem causas e efeitos,
Quando, "o caldo entorna"!
Sucedem-se as birras,
Por isto ou por aquilo.
Se falho, tu "espirras"!
Ambos perdemos o estilo!
Uma verdade te garanto.
Aceita-a, como sincera:
Mesmo que haja pranto,
Ambos ficamos à espera,
Um do outro! Terá de ser!
Se caminhámos a par,
Como podemos esquecer,
O que temos para andar?
Saibamos ver a verdade ´
Agora que somos avós.
Esta, é a realidade!
Cada um por si,
Apesar da dualidade.
Algures, eu já li.
Ser normal, com a idade.
Rabugentos, não defeitos!
A vida assim nos torna.
Nascem causas e efeitos,
Quando, "o caldo entorna"!
Sucedem-se as birras,
Por isto ou por aquilo.
Se falho, tu "espirras"!
Ambos perdemos o estilo!
Uma verdade te garanto.
Aceita-a, como sincera:
Mesmo que haja pranto,
Ambos ficamos à espera,
Um do outro! Terá de ser!
Se caminhámos a par,
Como podemos esquecer,
O que temos para andar?
domingo, 17 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
No silêncio do que escrevo
Se ouve o clamor da revolta
Como uma doença de nervo
Que cresce à nossa volta.
Se ouve o clamor da revolta
Como uma doença de nervo
Que cresce à nossa volta.
AS SETE PRAGAS
As pragas do "vosso evangelho"
São tantas e tão variadas
Que eu, por ser já velho,
As tenho vivido e somadas.
Hoje, tantas! Mais que sete,
As que foram do Egipto.
Nalgumas, a História se repete.
Contra elas, tanto grito!
Com nomes de actualidade
Se descrevem as misérias.
Certo, que na modernidade,
É fino, referir, "matérias"!
IVA, portagens, impostos,
Despedimentos em força de granel,
Cortes, roubos, cargos depostos,
Tudo gravado, a maceta e cinzel!
E, para ficar, em memória futura,
Dum qualquer "novo testamento".
Enquanto esta raiva dura,
Se promova, o justo "tratamento"!
São tantas e tão variadas
Que eu, por ser já velho,
As tenho vivido e somadas.
Hoje, tantas! Mais que sete,
As que foram do Egipto.
Nalgumas, a História se repete.
Contra elas, tanto grito!
Com nomes de actualidade
Se descrevem as misérias.
Certo, que na modernidade,
É fino, referir, "matérias"!
IVA, portagens, impostos,
Despedimentos em força de granel,
Cortes, roubos, cargos depostos,
Tudo gravado, a maceta e cinzel!
E, para ficar, em memória futura,
Dum qualquer "novo testamento".
Enquanto esta raiva dura,
Se promova, o justo "tratamento"!
TRIOLOGIA
Não temo a morte.
É meu Destino; má sorte,
De todos os seres vivos.
Nascer, viver e morrer,
Triologia de antigo saber.
O resto, são simples motivos!
É meu Destino; má sorte,
De todos os seres vivos.
Nascer, viver e morrer,
Triologia de antigo saber.
O resto, são simples motivos!
PERMUTA
Vivo na base de quem sou.
Se recebo, em troca dou,
O que de mim alguém quiser.
É pouco mas conta a intenção!
Um simples pedaço de pão
Bastará, onde fome houver.
Se recebo, em troca dou,
O que de mim alguém quiser.
É pouco mas conta a intenção!
Um simples pedaço de pão
Bastará, onde fome houver.
MIGRAÇÃO
Gostaria de ser
Como ave migratória
Para longe ir esquecer
Todo o mal desta estória...
...que me forçam a viver!
Como ave migratória
Para longe ir esquecer
Todo o mal desta estória...
...que me forçam a viver!
sábado, 16 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Aos Bancos é injectado
O nosso rico dinheirinho
Mas se o queres emprestado
Vais pedi-lo ao vizinho.
O nosso rico dinheirinho
Mas se o queres emprestado
Vais pedi-lo ao vizinho.
AQUI HÁ RATO!
O nome é pomposo
Mas não nos dá gozo:
"Presidente da Agência de
Gestão da Tesouraria e da
Dívida Pública".
O senhor, é um rato
E não trabalha barato:
Dez mil e oitocentos por mês
É quanto se paga ao freguês,
Fora as alcavalas, não divulgadas.
Ganha, acima do Presidente,
Ao dobro, do Coelho, se assente!
E querem, Economias equilibradas???
Mas não nos dá gozo:
"Presidente da Agência de
Gestão da Tesouraria e da
Dívida Pública".
O senhor, é um rato
E não trabalha barato:
Dez mil e oitocentos por mês
É quanto se paga ao freguês,
Fora as alcavalas, não divulgadas.
Ganha, acima do Presidente,
Ao dobro, do Coelho, se assente!
E querem, Economias equilibradas???
CABECINHAS PENSADORAS
Se a idéia for àvante
E não lhe gabo o desplante,
Lisboa vai voltar à antiga.
Quem sabe à era da carroça!
A sério, ou fazendo troça?
30 Kms., velocidade permitida?
E não lhe gabo o desplante,
Lisboa vai voltar à antiga.
Quem sabe à era da carroça!
A sério, ou fazendo troça?
30 Kms., velocidade permitida?
SOSSEGAI
Acalmai-vos, boa gente.
Tranquilizai a vossa mente.
Está vivo, o nosso Presidente!
Vamos vê-lo, bem presente,
Elegante como sempre,
Em cerimónia premente:
Condecorar, na circunstância,
Um ex-Provedor. de relativa importância!
Tranquilizai a vossa mente.
Está vivo, o nosso Presidente!
Vamos vê-lo, bem presente,
Elegante como sempre,
Em cerimónia premente:
Condecorar, na circunstância,
Um ex-Provedor. de relativa importância!
QUAL CRISE?
Em tempo de crise
É bom que se frise,
A dita não é de todos.
À maioria, tudo falta
Mas há uma certa "malta"
Que tudo tem a rodos!
Vocês sabem, por exemplo
Qual a média do vencimento,
Dos políticos deste Estado?
Acima dos cinco mil!...
Mas que crise tão "baril"!
E não o querem, endividado?!
É bom que se frise,
A dita não é de todos.
À maioria, tudo falta
Mas há uma certa "malta"
Que tudo tem a rodos!
Vocês sabem, por exemplo
Qual a média do vencimento,
Dos políticos deste Estado?
Acima dos cinco mil!...
Mas que crise tão "baril"!
E não o querem, endividado?!
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
O teu sentido na vida
Depende do que és capaz
Feito com conta e medida
Serás sempre bom rapaz.
Depende do que és capaz
Feito com conta e medida
Serás sempre bom rapaz.
ESTAR SÓ
Vivo num Mundo só meu.
Nele, apenas eu existo.
Mas porque não sou ateu,
Penso no Senhor Jesus Cristo.
Neste lugar dos sonhadores,
Sózinhos, na multidão,
Por vezes sentimos dores
E apertos no coração.
Mas cantando sempre
Em surdina e para mim,
Dos outros estar ausente,
Não quer dizer que morri!
Nele, apenas eu existo.
Mas porque não sou ateu,
Penso no Senhor Jesus Cristo.
Neste lugar dos sonhadores,
Sózinhos, na multidão,
Por vezes sentimos dores
E apertos no coração.
Mas cantando sempre
Em surdina e para mim,
Dos outros estar ausente,
Não quer dizer que morri!
ANIMALIDADES
Corrigir, o que estava mal,
Seria medida bem racional.
Dar ao mal continuidade,
Ou pior, criar-lhe aumento?
Em teoria de jumento,
É simples animalidade!
Seria medida bem racional.
Dar ao mal continuidade,
Ou pior, criar-lhe aumento?
Em teoria de jumento,
É simples animalidade!
A RAZÃO
Porque estamos falidos?
Os factos são bem conhecidos.
No esbanjar, causa primeira!
Distribuir, de mão beijada,
Verbas colossais, à "cambada"
Que vive, "à sombra da bananeira"!
À produção que não vale pêva,
Porque dar, o que não se deva?
É um conhecer de casos sem fim.
Poucos meses de trabalho sem valor,
Compensados, com horror,
Como este, do Franquelim!
Dez meses do SLN, sómente,
Deram ao senhor, influente,
Maquia bem compensatória.
Quanto ao trabalho realizado,
Já ficou bem demonstrado,
Mas não dá, a mão à palmatória!
Os factos são bem conhecidos.
No esbanjar, causa primeira!
Distribuir, de mão beijada,
Verbas colossais, à "cambada"
Que vive, "à sombra da bananeira"!
À produção que não vale pêva,
Porque dar, o que não se deva?
É um conhecer de casos sem fim.
Poucos meses de trabalho sem valor,
Compensados, com horror,
Como este, do Franquelim!
Dez meses do SLN, sómente,
Deram ao senhor, influente,
Maquia bem compensatória.
Quanto ao trabalho realizado,
Já ficou bem demonstrado,
Mas não dá, a mão à palmatória!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
DIA DE S.VALENTIM
Pelos conceitos instalados
Hoje, o "Dia dos Namorados".
É bem louvável tal fim
Se não esquecer-mos que à data
É associado de forma grata,
O venerado, São Valentim.
Por ele se eleje o amor
Que ao frio deu calor,
Na pessoa do tal mendigo,...
Namoro é pois, um sentimento
De entrega, no preciso momento,
Entre seres ou coisas, como digo...
Abençoado seja quem tem par
Para hoje e sempre namorar.
Mas não fique triste, o sózinho.
Há tantas formas de namoro!
Basta querer, mas com decôro,
Se conseguirá, um "arranjinho".
Namorar a Natureza, por exemplo!
Encher o coração, em dia de bom tempo!
Se senhora, aquela jóia namorar...
Há quem namore, coisa bem pouca,
Como um simples prato de sopa!
Tudo se namora! Basta procurar!
Hoje, o "Dia dos Namorados".
É bem louvável tal fim
Se não esquecer-mos que à data
É associado de forma grata,
O venerado, São Valentim.
Por ele se eleje o amor
Que ao frio deu calor,
Na pessoa do tal mendigo,...
Namoro é pois, um sentimento
De entrega, no preciso momento,
Entre seres ou coisas, como digo...
Abençoado seja quem tem par
Para hoje e sempre namorar.
Mas não fique triste, o sózinho.
Há tantas formas de namoro!
Basta querer, mas com decôro,
Se conseguirá, um "arranjinho".
Namorar a Natureza, por exemplo!
Encher o coração, em dia de bom tempo!
Se senhora, aquela jóia namorar...
Há quem namore, coisa bem pouca,
Como um simples prato de sopa!
Tudo se namora! Basta procurar!
QUADRA DO DIA
Não sei que mais quero
Se o que tenho me chega
Nada mais peço é véro
Viver longe da tristeza.
Se o que tenho me chega
Nada mais peço é véro
Viver longe da tristeza.
LEI DA RISOTA
Meu bom amigo Manel
Não te esqueças do papel!
Porque se fores apanhado
Sem a factura devida,
Pagas à justa medida!
Serás por isso multado.
Depois, tem cuidado!
Guarda, muito bem guardado,
Durante quatro anos, apenas (?)
Naquele baú que compraste
Para cumprir a Lei de Traste,
Rigoroso, das causas pequenas!
Se não fosse ter cieiro,
Eu ria, com ar galhofeiro!
Não te esqueças do papel!
Porque se fores apanhado
Sem a factura devida,
Pagas à justa medida!
Serás por isso multado.
Depois, tem cuidado!
Guarda, muito bem guardado,
Durante quatro anos, apenas (?)
Naquele baú que compraste
Para cumprir a Lei de Traste,
Rigoroso, das causas pequenas!
Se não fosse ter cieiro,
Eu ria, com ar galhofeiro!
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Na tumba de Santa Comba
Salazar em sono eterno
Ao ver como "isto tomba"
Os espera lá no inferno.
Salazar em sono eterno
Ao ver como "isto tomba"
Os espera lá no inferno.
DESEMPREGO
Pior é impossível!
E o Governo, impassível,
Nem sequer lamenta!
Desemprego a aumentar,
Economia num descambar!
Até quando, isto se aguenta?
E o Governo, impassível,
Nem sequer lamenta!
Desemprego a aumentar,
Economia num descambar!
Até quando, isto se aguenta?
O SISTEMA
Sistema bancário português,
Aviário de poderio burguês
Com estatuto de bom prefácio,
Onde campeiam galos de crista
De esquemas, bem à vista,
Na obtenção do melhor rácio.
A arte é fácil! Comprar barato,
Vender especulando, por contracto!
Assim, até eu seria banqueiro!
Bastaria ter baixo estofo,
Falsa moral, carácter balofo,
E era só, amealhar dinheiro!
Aviário de poderio burguês
Com estatuto de bom prefácio,
Onde campeiam galos de crista
De esquemas, bem à vista,
Na obtenção do melhor rácio.
A arte é fácil! Comprar barato,
Vender especulando, por contracto!
Assim, até eu seria banqueiro!
Bastaria ter baixo estofo,
Falsa moral, carácter balofo,
E era só, amealhar dinheiro!
ONDE ESTÁ?
Onde andará, homem valente
Que se levante e faça frente
À desbragada bandalheira?
Um descendente de Cabrais,
Mouzinho ou de outros mais,
Que honraram a nossa Bandeira?
Que se levante e faça frente
À desbragada bandalheira?
Um descendente de Cabrais,
Mouzinho ou de outros mais,
Que honraram a nossa Bandeira?
FRIO D'INVERNO
Adorador do sol, hiberno
Quando chega o inverno.
Não temos país para tal.
Sem condições de conforto,
Tudo nos tiram por aborto!
"Gelamos"com tanto mal!
Quando chega o inverno.
Não temos país para tal.
Sem condições de conforto,
Tudo nos tiram por aborto!
"Gelamos"com tanto mal!
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Estamos a sofrer de loucura
Pais a matarem seus filhos
Porque falham na procura
De evitar tantos sarilhos.
Pais a matarem seus filhos
Porque falham na procura
De evitar tantos sarilhos.
A DESGRAÇA REVELADA
Folhetim interminável
Da canalhice miserável
Que envolve banco falido,
Dá-nos conta, ao momento,
Do montante suculento
De mais um seu protegido.
Seis meses de presidência
Do senhor, a exigência,
Lhe concederá, dez milhões!
Escandalosa reforma milionária
Que a raça portuguesa, alimária,
Pagará, a mais um dos figurões!
Da canalhice miserável
Que envolve banco falido,
Dá-nos conta, ao momento,
Do montante suculento
De mais um seu protegido.
Seis meses de presidência
Do senhor, a exigência,
Lhe concederá, dez milhões!
Escandalosa reforma milionária
Que a raça portuguesa, alimária,
Pagará, a mais um dos figurões!
RESINAÇÃO DO PAPA
Até o próprio Papa,
Através do seu desiderato
Se furta e escapa,
Ao Mundo cruel e ingrato.
Resigna, é sua a vontade,
Invocando natural cansaço.
Abdica de falar da Verdade.
Cria na Igreja, um novo espaço.
Outros descendentes de Pedro,
Levaram o pontificado ao sacrifício.
Até nos Papas, não é segredo,
O Homem diverge, no mesmo ofício.
Através do seu desiderato
Se furta e escapa,
Ao Mundo cruel e ingrato.
Resigna, é sua a vontade,
Invocando natural cansaço.
Abdica de falar da Verdade.
Cria na Igreja, um novo espaço.
Outros descendentes de Pedro,
Levaram o pontificado ao sacrifício.
Até nos Papas, não é segredo,
O Homem diverge, no mesmo ofício.
CARNAVAL
Mais uma greve da CP.
Só a sente quem se revê
Nas dificuldades do seu dia.
E o Carnaval prossegue,
A miséria não prescreve,
Neste país da grande folia!
Só a sente quem se revê
Nas dificuldades do seu dia.
E o Carnaval prossegue,
A miséria não prescreve,
Neste país da grande folia!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
NEM TIDO NEM ACHADO
Não fui tido nem achado
Para o lamentável estado
A que conduziram o país.
Assim sendo, estou àvontade
Para dizer, com frontalidade,
Ide para a p. da vossa raíz!
Para o lamentável estado
A que conduziram o país.
Assim sendo, estou àvontade
Para dizer, com frontalidade,
Ide para a p. da vossa raíz!
QUADRA DO DIA
Não sejas tão caprichosa
O capricho em demasia
Torna a mulher vaidosa
E a senhora com mania.
O capricho em demasia
Torna a mulher vaidosa
E a senhora com mania.
INSATISFEITO
Passa o sol à minha porta.
Se inverno me conforta.
No verão, dá-me sufoco.
É assim o insatisfeito,
Nunca vê melhor jeito
E do todo, acha pouco.
Se inverno me conforta.
No verão, dá-me sufoco.
É assim o insatisfeito,
Nunca vê melhor jeito
E do todo, acha pouco.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
A Arte não é um bem
De primeira necessidade
Mas a arte de quem a tem
Valoriza uma Sociedade.
De primeira necessidade
Mas a arte de quem a tem
Valoriza uma Sociedade.
ARQUIPÉLAGO DOS BIJAGÓS
NA GUINÉ, AO TEMPO
Menino pobre da tabanca
Do Arquipélago dos Bijagós,
Quando vias a gente branca,
O que pensávas de nós?
Teus grandes olhos vivazes,
De esperteza tão natural,
Comum a todos os rapazes
Que não praticam o mal.
Brincámos, em tempo distante
No teu chão que era na ilha.
Foi breve o nosso instante
Mas a imagem ainda brilha.
Mar turqueza, águas calmas.
Tua palhota, ali bem perto.
Muita vida, d'outras almas,
Num viver sempre certo.
Flamingos passivos, misturando
Sua cor rósea, ao sol poente!...
Guardei ciosamente, em memorando,
Tal imagem, na minha mente.
Foi uma viagem apenas,
Naquela rara oportunidade.
Acreditas? Restam-me penas.
Voltar aí, é já saudade!
Fui, em 1975.
Menino pobre da tabanca
Do Arquipélago dos Bijagós,
Quando vias a gente branca,
O que pensávas de nós?
Teus grandes olhos vivazes,
De esperteza tão natural,
Comum a todos os rapazes
Que não praticam o mal.
Brincámos, em tempo distante
No teu chão que era na ilha.
Foi breve o nosso instante
Mas a imagem ainda brilha.
Mar turqueza, águas calmas.
Tua palhota, ali bem perto.
Muita vida, d'outras almas,
Num viver sempre certo.
Flamingos passivos, misturando
Sua cor rósea, ao sol poente!...
Guardei ciosamente, em memorando,
Tal imagem, na minha mente.
Foi uma viagem apenas,
Naquela rara oportunidade.
Acreditas? Restam-me penas.
Voltar aí, é já saudade!
Fui, em 1975.
sábado, 9 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Para ele o gesto é tudo
Mas não convence na palavra
É conversa de surdo-mudo
Se fosse decente a evitava.
Mas não convence na palavra
É conversa de surdo-mudo
Se fosse decente a evitava.
O TAL PRINCÍPIO
Os vasos comunicantes
Aplicados por igual
Nivelavam os ignorantes
Aos génios, no mesmo mal.
Se aplicados no bem,
Todos seríamos iguais.
Mas aquele, tudo tem,
Outros, nem pouco mais!
Aplicados por igual
Nivelavam os ignorantes
Aos génios, no mesmo mal.
Se aplicados no bem,
Todos seríamos iguais.
Mas aquele, tudo tem,
Outros, nem pouco mais!
PALAVRAS SÁBIAS
"A lagarta já morreu
e a borboleta ainda não nasceu".
Esta verdade não é minha.
A registei e complemento,
Porque é comum o lamento
E o nosso sonho definha!...
e a borboleta ainda não nasceu".
Esta verdade não é minha.
A registei e complemento,
Porque é comum o lamento
E o nosso sonho definha!...
DISCUSSÕES INÚTEIS
As arrastadas discussões
Que se travam entre rivais,
São devidas aos figurões,
Legisladores eventuais.
Sem engenho e pouca arte,
Criam a lei que à nascença,
Cai pela base e se parte,
Por demasiado incoerente.
Ou quem sabe, pior ainda!
Feita à maneira dos seus,
A classe que nos melindra
E é suja, à face de Deus!
Que se travam entre rivais,
São devidas aos figurões,
Legisladores eventuais.
Sem engenho e pouca arte,
Criam a lei que à nascença,
Cai pela base e se parte,
Por demasiado incoerente.
Ou quem sabe, pior ainda!
Feita à maneira dos seus,
A classe que nos melindra
E é suja, à face de Deus!
PENSO LOGO EXISTO
De Descartes, o pai da razão:
"Para duvidar eu penso,
e se penso, logo existo"!
De um pobre cidadão:
"Sem dúvida que eu pertenço,
à família dos sem Cristo"!
"Para duvidar eu penso,
e se penso, logo existo"!
De um pobre cidadão:
"Sem dúvida que eu pertenço,
à família dos sem Cristo"!
HÁ IR E VOLTAR
Traineira que vais
mar adentro
e contigo levas arrais,
me ficas no pensamento.
Oxalá o mar te deixe
regressar na maré certa,
recheada de bom peixe,
a inundar a tua coberta!
mar adentro
e contigo levas arrais,
me ficas no pensamento.
Oxalá o mar te deixe
regressar na maré certa,
recheada de bom peixe,
a inundar a tua coberta!
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Pintor que expõe Arte
Como fruto do seu saber
Um pouco de si reparte
A quem a Obra for ver.
Como fruto do seu saber
Um pouco de si reparte
A quem a Obra for ver.
REINCIDÊNCIA
Anda de rastos, a nossa Bandeira.
De novo em Bruxelas, foi ultrajada!
Pagodes chineses, a escolhida maneira,
No lugar dos castelos, da ode cantada.
Sinal de crise? Bem possível!
Manufactura china, "low coast"!
Mas a vergonha ficou visível
E dela há, quem não goste!
De novo em Bruxelas, foi ultrajada!
Pagodes chineses, a escolhida maneira,
No lugar dos castelos, da ode cantada.
Sinal de crise? Bem possível!
Manufactura china, "low coast"!
Mas a vergonha ficou visível
E dela há, quem não goste!
ACTIVOS TÓXICOS
Nêgra, compacta e envenenada,
A nuvem tóxica que nos envolve,
Lentamente, vai sendo revelada
E quem a origina, se absolve.
É de gaz venenoso, BPN,
Sigla que o define como mortal,
Às economias de quem geme
Para sobreviver em Portugal.
Dele se salvam alguns sujeitos,
Com "máscaras"que lhes são dadas.
Se livram das causas e efeitos
Pelos próprios paridas e alimentadas.
E o povo se deixa "envenenar"!
Em cada dia, nova descarga!
É o volume tóxico a aumentar,
Com a Justiça em alheio, à ilharga!
A nuvem tóxica que nos envolve,
Lentamente, vai sendo revelada
E quem a origina, se absolve.
É de gaz venenoso, BPN,
Sigla que o define como mortal,
Às economias de quem geme
Para sobreviver em Portugal.
Dele se salvam alguns sujeitos,
Com "máscaras"que lhes são dadas.
Se livram das causas e efeitos
Pelos próprios paridas e alimentadas.
E o povo se deixa "envenenar"!
Em cada dia, nova descarga!
É o volume tóxico a aumentar,
Com a Justiça em alheio, à ilharga!
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
É cego quem olha e não vê
A miséria que passa na rua
É hereje quem não crê
Na verdade nua e crua.
A miséria que passa na rua
É hereje quem não crê
Na verdade nua e crua.
PORQUÊ?
Se temos um país democrático,
Porque agimos de modo errático?
Se defendemos a igualdade,
Porque se trata mal a 3ª. idade?
Se promovemos a Educação,
Porque há ainda, tanta exclusão?
Se a Justiça é para todos,
Porque prescreve, a rodos?
Se exemplos não vêm das chefias,
Porque nos dão, arrelias?
Apoiados na Constituição,
Porque uns são Sim e outros Não?
Se somos país de gente envelhecida
Porque não criar prole, bem-nascida?
Porque comem uns, galinha gorda
E a outros só servem açorda?
Porque será, a Saúde elitista,
Enquanto a maioria espera na lista?
Nesta interrogação, de tantos porquês,
Também me pergunto:
- Porque diabo, fui nascer português?
Porque agimos de modo errático?
Se defendemos a igualdade,
Porque se trata mal a 3ª. idade?
Se promovemos a Educação,
Porque há ainda, tanta exclusão?
Se a Justiça é para todos,
Porque prescreve, a rodos?
Se exemplos não vêm das chefias,
Porque nos dão, arrelias?
Apoiados na Constituição,
Porque uns são Sim e outros Não?
Se somos país de gente envelhecida
Porque não criar prole, bem-nascida?
Porque comem uns, galinha gorda
E a outros só servem açorda?
Porque será, a Saúde elitista,
Enquanto a maioria espera na lista?
Nesta interrogação, de tantos porquês,
Também me pergunto:
- Porque diabo, fui nascer português?
AUTO RETRATO
Pelo que de mim conheço
Não fui menino de berço.
Antes, criança assim assim
Nem muito boa nem ruim.
Cresci em suave bonança
Nos bons tempos de criança.
Na juventude, alimentei sonhos
Todos eles, muito risonhos.
Fui homem, bem cêdo
E enfrentei a vida sem mêdo.
Defendi a Pátria Amada,
Numa teoria que estava errada.
Plantei a árvore frondosa
E casei com mulher formosa.
Fiz dois filhos com amor,
Cumprindo as leis do Senhor.
O livro que não escrevi,
É tristeza que já senti.
Com alegrias e mágua dorida,
Assim decorre a minha vida.
Pouco me falta p'ra subir ao tecto
E descobrir, que sou homem completo!
Não fui menino de berço.
Antes, criança assim assim
Nem muito boa nem ruim.
Cresci em suave bonança
Nos bons tempos de criança.
Na juventude, alimentei sonhos
Todos eles, muito risonhos.
Fui homem, bem cêdo
E enfrentei a vida sem mêdo.
Defendi a Pátria Amada,
Numa teoria que estava errada.
Plantei a árvore frondosa
E casei com mulher formosa.
Fiz dois filhos com amor,
Cumprindo as leis do Senhor.
O livro que não escrevi,
É tristeza que já senti.
Com alegrias e mágua dorida,
Assim decorre a minha vida.
Pouco me falta p'ra subir ao tecto
E descobrir, que sou homem completo!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
RECORDAÇÕES
Santa Maria da Feira.
Viajar
Em Terras de Santa Maria
É sonhar
Com momentos de magia.
De xisto e granitos
Se enfeita a Cidade-Feira.
Vaidosa mas sem atritos,
Qual garbosa fogaceira.
Feira, cidade doce
De fogaças e caladinhos,
Guloso eu fosse,
Andaríamos bem juntinhos.
Nas torres do seu castelo,
Gostaria de ficar,
Olhando, o quanto de belo,
A Feira tem p'ra nos dar!
Viajar
Em Terras de Santa Maria
É sonhar
Com momentos de magia.
De xisto e granitos
Se enfeita a Cidade-Feira.
Vaidosa mas sem atritos,
Qual garbosa fogaceira.
Feira, cidade doce
De fogaças e caladinhos,
Guloso eu fosse,
Andaríamos bem juntinhos.
Nas torres do seu castelo,
Gostaria de ficar,
Olhando, o quanto de belo,
A Feira tem p'ra nos dar!
LISBOA ANTIGA
Que saudades da Carris.
Conde Barão-Pampulha,
Muda o "troley"faz a agulha!
Que saudades da Carris...
Dos meus tempoz de petiz.
Hoje, apesar da idade,
Mantenho a mesma saudade:
Carro aberto, cortinas de lona,
O Revisor, a Paragem Zona,
O Bilhete Operário,
A beneficiar escasso erário!...
Ao longo dos anos, a servir,
A Carris, continua.
E eu, a procurar descobrir,
O meu bilhete capícua!
Conde Barão-Pampulha,
Muda o "troley"faz a agulha!
Que saudades da Carris...
Dos meus tempoz de petiz.
Hoje, apesar da idade,
Mantenho a mesma saudade:
Carro aberto, cortinas de lona,
O Revisor, a Paragem Zona,
O Bilhete Operário,
A beneficiar escasso erário!...
Ao longo dos anos, a servir,
A Carris, continua.
E eu, a procurar descobrir,
O meu bilhete capícua!
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
PEDRA RARA
Tal como um diamante
Que em bruto é calhau
Eu, embora pouco brilhante
Pouco ou nada tenho de mau.
Uma simples lapidação,
Realçada ao natural,
Dava, descoberta a razão
Que separa o bem do mal.
Souberas tu, ser a mestra
Dessa simples operação
E polir-me, com mão destra,
Em forma de um coração!
Que em bruto é calhau
Eu, embora pouco brilhante
Pouco ou nada tenho de mau.
Uma simples lapidação,
Realçada ao natural,
Dava, descoberta a razão
Que separa o bem do mal.
Souberas tu, ser a mestra
Dessa simples operação
E polir-me, com mão destra,
Em forma de um coração!
ESTRANHA UNIÃO
O homem, qual anti-Midas
Manda tudo às urtigas,
Quando o seu cérebro obscuro
Lança idéia de genial fracasso.
Provado, o seu valor escasso
Porquê, o poleiro seguro?
Que estranhos amores leais,
O agregam ao senhor mais?
Ou será apenas, amizade eterna,
Devida a segredos comungados
Entre ambos e não divulgados,
Em prova de união fraterna?
Há murmúrios e comentários
De origens e quadrantes vários.
A certeza, só a Deus pertence.
Quem sabe, o futuro a dirá
E a certeza do azeite afirmará,
Na separação que se pressente.
Manda tudo às urtigas,
Quando o seu cérebro obscuro
Lança idéia de genial fracasso.
Provado, o seu valor escasso
Porquê, o poleiro seguro?
Que estranhos amores leais,
O agregam ao senhor mais?
Ou será apenas, amizade eterna,
Devida a segredos comungados
Entre ambos e não divulgados,
Em prova de união fraterna?
Há murmúrios e comentários
De origens e quadrantes vários.
A certeza, só a Deus pertence.
Quem sabe, o futuro a dirá
E a certeza do azeite afirmará,
Na separação que se pressente.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Não se entendem os Antónios
E a confusão acontece
Tocada a dois harmónios
Na nova música do P.S..
E a confusão acontece
Tocada a dois harmónios
Na nova música do P.S..
SOU COMO UM SALGUEIRO
Há uma árvore, o salgueiro
Que tem em si, certa arte:
Verga, na fúria do aguaçeiro
Mas resiste e nunca parte.
Como salgueiro, então serei
Pois na vida que já vivi,
Quantas vezes, eu me verguei
Mas sempre, de novo me ergui!
Que tem em si, certa arte:
Verga, na fúria do aguaçeiro
Mas resiste e nunca parte.
Como salgueiro, então serei
Pois na vida que já vivi,
Quantas vezes, eu me verguei
Mas sempre, de novo me ergui!
A LINHA DO SOL
Orienta a tua vida
seguindo a linha do Sol.
Com ele, sente-te erguida
na manhã ainda mole.
Em todo o dia, labora
sem para o lazer olhares.
Dormindo com ele, na hora
quando à noite te deitares.
A vida, assim seguida,
será, uma rica vida!
seguindo a linha do Sol.
Com ele, sente-te erguida
na manhã ainda mole.
Em todo o dia, labora
sem para o lazer olhares.
Dormindo com ele, na hora
quando à noite te deitares.
A vida, assim seguida,
será, uma rica vida!
domingo, 3 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Quem aquela besta ouviu,
Chamar-nos, "praga grisalha"
A mãe que o mal pariu
Deu à luz, um canalha!
Chamar-nos, "praga grisalha"
A mãe que o mal pariu
Deu à luz, um canalha!
NOMEAÇÃO COM NÓDOA
Senhores do Governo,
Como julgar o vosso acto?
Não usando, meio termo,
No mínimo, caricato?
Ou andais tão distraídos
Na destrinça dos valores,
"Alevantando os caídos",
Pelos quais, "tendes"amores?
Com tamanho desemprego,
Tanta, a falta de "pilim"
E criaram desassossêgo,
Contratando, o Franquelim?
Tenham tino, senhores!
Seja qual for a nomeação,
Avaliem sempre os valores
Que definem um cidadão.
"Rabos de palha"não faltam.
"Telhados de vidro", também.
Mas os políticos se pautam
Pelo que o cadastro contém!
Como julgar o vosso acto?
Não usando, meio termo,
No mínimo, caricato?
Ou andais tão distraídos
Na destrinça dos valores,
"Alevantando os caídos",
Pelos quais, "tendes"amores?
Com tamanho desemprego,
Tanta, a falta de "pilim"
E criaram desassossêgo,
Contratando, o Franquelim?
Tenham tino, senhores!
Seja qual for a nomeação,
Avaliem sempre os valores
Que definem um cidadão.
"Rabos de palha"não faltam.
"Telhados de vidro", também.
Mas os políticos se pautam
Pelo que o cadastro contém!
O ZÉ, AGUENTA?
Ai aguenta, aguenta!
A frase, por si nojenta,
Na intenção estuporada,
Vem dizer-nos, com certeza
Que neste país, a riqueza
É podre! Não vale nada!
E, sim! O Zé aguenta!
Só que um dia, "isto rebenta"!
A frase, por si nojenta,
Na intenção estuporada,
Vem dizer-nos, com certeza
Que neste país, a riqueza
É podre! Não vale nada!
E, sim! O Zé aguenta!
Só que um dia, "isto rebenta"!
DESCENDENTES
Vos faço lembrar:
Lusíadas, somos nós!
Duma História impar,
netos de egrégios avós,
elevados pelo Poeta
em dez cantos.
Glória, foi a meta,
aliada aos prantos
de povo sofrido,
sujeito a lutas,
sempre destemido,
ganhando disputas!
Que não soubémos merecer,
neste país hoje pobre,
de espírito e de fazenda.
Pouco lhe resta, de nobre!...
Não há, quem o entenda!
Lusíadas, somos nós!
Duma História impar,
netos de egrégios avós,
elevados pelo Poeta
em dez cantos.
Glória, foi a meta,
aliada aos prantos
de povo sofrido,
sujeito a lutas,
sempre destemido,
ganhando disputas!
Que não soubémos merecer,
neste país hoje pobre,
de espírito e de fazenda.
Pouco lhe resta, de nobre!...
Não há, quem o entenda!
AINDA HÁ HOMENS!
Vermes, senti os vexames
Na palavra de Eanes:
"Tirem, parte do que é meu,
mas crianças com fome, não!"
Elevado sentir de Beirão,
Neste exemplo que vos deu!
Na palavra de Eanes:
"Tirem, parte do que é meu,
mas crianças com fome, não!"
Elevado sentir de Beirão,
Neste exemplo que vos deu!
sábado, 2 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Temos atitudes assim
Que não lembram ao Diabo
De nomear um Franquelim
Com duvidoso passado.
Que não lembram ao Diabo
De nomear um Franquelim
Com duvidoso passado.
MALTRATADOS
Aos idosos mais carenciados´
São devidos múltiplos cuidados.
Assim mandam, a moral e ética.
Não aqui, onde a sensibilidade
É indiferente à longevidade.
São meros números, d'aritmética!
São devidos múltiplos cuidados.
Assim mandam, a moral e ética.
Não aqui, onde a sensibilidade
É indiferente à longevidade.
São meros números, d'aritmética!
"LUSÍADAS"
Mar que é nosso
e tanto...
pelo esforço
no espanto
que a audácia mereceu
daria pena
a quem o venceu
sentir hoje a alma pequena.
A grandeza do feito
está adormecida
em obra do "Eleito"
pouco lida.
É o esquecer dos heróis
que tivémos
ao londo de muitos sóis
e não pudémos
na pobreza do espírito
honrar melhor
além do escrito
que perdura nos anais
desta nossa Nação.
Saibamos redimir
invocar o perdão...
e, porque não exigir?
e tanto...
pelo esforço
no espanto
que a audácia mereceu
daria pena
a quem o venceu
sentir hoje a alma pequena.
A grandeza do feito
está adormecida
em obra do "Eleito"
pouco lida.
É o esquecer dos heróis
que tivémos
ao londo de muitos sóis
e não pudémos
na pobreza do espírito
honrar melhor
além do escrito
que perdura nos anais
desta nossa Nação.
Saibamos redimir
invocar o perdão...
e, porque não exigir?
RENDAS DE CASA
A nova lei do arrendamento
Chegou no pior momento.
Degradante, a fila dos idosos
Que se atropelam em ansiedade
Na procura de "sua verdade":
Poder suportar, aumentos danosos!
Chegou no pior momento.
Degradante, a fila dos idosos
Que se atropelam em ansiedade
Na procura de "sua verdade":
Poder suportar, aumentos danosos!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
QUADRA DO DIA
Pelo muito mal que vejo e sinto
É pois do mal que muito falo
Se me mandam apertar o cinto
É certo que nunca me calo.
É pois do mal que muito falo
Se me mandam apertar o cinto
É certo que nunca me calo.
SE,...
Se eu tivesse o Poder na mão,
Criava, o "Ministério da Depuração"!
Mesmo sem a figura do ministro.
Apenas, funcionários honestos,
Hábeis, no agir muito lestos,
E todos, sem mácula no registo.
Ordenava, imediata "limpeza".
Como palavra d'ordem, a clareza.
Eliminados, todos os "finórios",
Sem subterfúgios ou provas ocultas.
Os incompetentes, sem desculpas.
"Vassourada" nos observatórios!
Analisar, "a pente fino",
O que causar desatino.
Fundações, algumas eliminadas.
As tais que "parasitárias",
Albergam uns tantos "párias"
Viciados em vidas regradas.
Devotada atenção aos gastos!
Já andamos todos de rastos
E nem por sombras se avalia,
Quanto se desperdiça por negligência.
Tenham a santa paciência!
Façam rusgas, no dia-a-dia!
Energia, desbaratada a granel,
Nas repartições, escolas ou quartel!...
Em tudo quanto é do Estado!
Tão mal gerido. Dinheiro p'rá rua,
Quando a despesa é minha e tua
E se paga, com letra de fado:
O fado do desgraçadinho
Que fomos, somos e seremos
Se não houver outro caminho
Para ultrapassar o que temos!
Criava, o "Ministério da Depuração"!
Mesmo sem a figura do ministro.
Apenas, funcionários honestos,
Hábeis, no agir muito lestos,
E todos, sem mácula no registo.
Ordenava, imediata "limpeza".
Como palavra d'ordem, a clareza.
Eliminados, todos os "finórios",
Sem subterfúgios ou provas ocultas.
Os incompetentes, sem desculpas.
"Vassourada" nos observatórios!
Analisar, "a pente fino",
O que causar desatino.
Fundações, algumas eliminadas.
As tais que "parasitárias",
Albergam uns tantos "párias"
Viciados em vidas regradas.
Devotada atenção aos gastos!
Já andamos todos de rastos
E nem por sombras se avalia,
Quanto se desperdiça por negligência.
Tenham a santa paciência!
Façam rusgas, no dia-a-dia!
Energia, desbaratada a granel,
Nas repartições, escolas ou quartel!...
Em tudo quanto é do Estado!
Tão mal gerido. Dinheiro p'rá rua,
Quando a despesa é minha e tua
E se paga, com letra de fado:
O fado do desgraçadinho
Que fomos, somos e seremos
Se não houver outro caminho
Para ultrapassar o que temos!
A VERDADE DA MENTIRA
Convém aferir!
Onde falta a verdade
Nesse mesmo sentir,
Mora a falsidade.
Na sua mansão,
Senhor dos destinos
Dum povo sem pão!
Numa palavra, mentiu-nos!
Não fica bem o aval.
À figura ilustre, a sua!
Lhe é devotado o mal
Que se ouve, na rua.
Promessas não cumpridas,
São mentiras, simplesmente!
Tome as justas medidas.
Corrija, a voz que mente!
Onde falta a verdade
Nesse mesmo sentir,
Mora a falsidade.
Na sua mansão,
Senhor dos destinos
Dum povo sem pão!
Numa palavra, mentiu-nos!
Não fica bem o aval.
À figura ilustre, a sua!
Lhe é devotado o mal
Que se ouve, na rua.
Promessas não cumpridas,
São mentiras, simplesmente!
Tome as justas medidas.
Corrija, a voz que mente!
A UM HÁJI DA GUINÉ
"Homem-Grande" da tabanca
De pele negra e alma branca,
Te visiono, na distante imagem
Que de ti me ficou:Soberba!
Guia espiritual, junto ao Geba.
Perto, o meu quartel, na margem.
Jabadá! O local onde nos cruzámos,
Nas posições que ambos respeitámos.
Ao "teu povo", ajudei como podia.
Recordo as nossas falas pela tarde.
À religião a que fazias alarde,
Procurava eu entendê-la. Era valia.
Convictos, pois não ateus,
Cada um orando a seu Deus,
Te considerei, pela enorme devoção.
O passar das contas do rosário,
Todo o dia, porque necessário,
E como recitavas o Corão.
No teu "corá"de cabaça feito,
Melodias plenas de graça e jeito
As entoavas, aos teu meninos,
Apóstolos da mesma religião,
No após aprenderem a lição
Que ministravas, nos ensinos.
Guardo de ti, recordação palpável:
A tábua do Corão. Gesto amável
De um muçulmano para cristão.
Escritos de elevados pensamentos,
A selar os nossos bons momentos.
Desse gesto, fizeste questão!
Estive em Jabadá, integrando a
Compª.de Artilharia 1802, "Pioneiros
de Nova Sintra.
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