Vivo arquitetando sonhos
Que não chego a realizar
Mas são todos tão risonhos
Fico feliz só por sonhar.
Chega a ser obsessão
Este desejo de escrever
Nem sempre com o coração
O que me faz entristecer
Tive o enorme privilégio
De "sentir" a terra africana
Como um raro sortilégio
Que dela própria emana.
A vossa banal retórica
Só pretende fazer esquecer
O que de forma teórica
Nos dizem irão fazer.
Quando vejo uma senhora
Não bafejada pela Natureza
Dou graças nessa hora
Pela tua enorme beleza.
Já é segunda-feira
E caso de sábado passado
Ainda hoje, em pasmaceira
É repetido bem relatado.
Quando não houver motivos
De notícias a transmitir
Porque não dar aos nativos
"Bonecos Animados" e sorrir?
Já antes do Orçamento
A suspensão das carreiras
E agora neste momento
É pretexto para asneiras?
A Razão tomada à força
Não é prova de valentia
Com Verdade ela se torça
Denunciando a cobardia.
Tens escrito na cara
Que quando envelheceres
A tua beleza hoje rara
Não te dará muitos prazeres.
"Falo com a Cristina
Sobre as coisas mais parvas"
Sendo tão culta a menina
Afinal o que esperavas?
Para alegrar à minoria
Agrava problemas de todos
Os que são uma maioria
Mas sem direito a bodos.
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