domingo, 22 de julho de 2018

QUADRASTANTAS

Ufanos, cheios de vento
Sentem-se na "mó de cima"
Enquanto nós, tristemente,
Vamos cumprindo má sina.

Já não temos Primavera
Do Outono nem me lembro
Aquilo que foi, já era
Mal conheço, Setembro …

Ordenar greves a eito
Será forma de trabalho?
Há por aí muito sujeito
Que foge de "dar ao malho"!

Pensam que bebe água
Mas sacia-se com gin.
Depois vem a mágoa.
Há gente reles, assim.

Perguntem o que quiserem
Responderei o que apetecer.
Venham todos os que vierem
Ninguém o poderá "torcer"?

Indirectamente, repetiu
Aquela cena dos "cornitos"
A quem nada dele ouviu
Dos apresentados, quesitos.

Viver hoje numa aldeia
Já não será, certamente,
Como o que tenho ideia
De um passado, ausente.

Ordenham a vaca leiteira
Com tanta sofreguidão
E ela sempre ordeira
Vai dando, bom quinhão.

Pedrógão, tão grande
E certa gente, pequena
Em ganância se expande
O que nos deixa, pena!

Com o aval do Presidente
Da Assembleia da República
Uma classe que muito mente
Mete nojo, por impúdica!

Um tal senhor Pinho
Foi presente aos deputados
E com risota do povinho
Os deixou, bem tramados.

Rodeado de teor alcoólico
O grande senhor da Europa
Provou que o lado bucólico
Esteve com a "sua tropa".-

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