Moro em Leceia
De Barcarena.
Pequena aldeia
Com vida serena.
Ao viver muito tempo
A morte é naturalidade
Sem medos nem lamento
Apenas contrariedade.
Vestir roto por pobreza
Merece a nossa piedade
Quem vê no roto beleza
Sobre de mal de vaidade.
Cansado paro e descanso
A prática tal aconselha
Mas não fico no ripanço
A olhar a vida de esguelha.
Morrem os mais idosos
E não nascem, crianças
Somos uns não ditosos
A viver sem esperanças.
Governo aposta no Interior
E terá o ganho suposto
Por vezes o baixo valor
Apenas nos dá desgosto.
Quem salvará o Universo
Se os poderosos dão o nega?
É tanto o mal já disperso
Que a epidemia se pega.
Incentivar a emigração
Aceitando migrantes em troca
Mas que grande confusão
Quem ganha com a "baldroca"?
Leis a moda venezuelana
Até parece que as desejam
Neste viver à Joana
Que maus olhos vejam.
Farto de argumentos tolos
Que não levam a bom lado
E só convencem os parolos
Digo não muito obrigado.
Em suma
Vos detesto
E se resuma
Neste texto.
Tão linda és minha Beira
Vista assim da janela
Na tua grandeza inteira
Rude mas tão singela.
Tu até adoras
Mas eu detesto
Quando te arvoras
A repetir o texto.
Perdeu o seu apoio
Sentiu vergonha na cara
Separado assim o joio
Tem nova vida a seara …
Já nem comunicamos
Apenas e só discutimos
Será que ainda amamos
Ou apenas consentimos?
Quando ministros desconhecem
O que deveriam até saber
Decerto que não merecem
O que se paga a nada fazer.
Sub-19 promessa futura
Do Futebol Nacional
Gente jovem já madura
E nem sequer ocasional.
Saiu pela porta pequena
Pelo criado mau momento
Lamento e só tenho pena
Outros não seguirem exemplo.
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