sexta-feira, 19 de outubro de 2012

CALDEIRADA À POETA

É poesia de caldeirada
Esta, a que cozinho e sirvo.
Não rica mas variada
Que espero lançar em livro.

Tem muito "peixe miúdo".
Também, alguma sardinha,
Sem esquecer, "peixe graúdo",
O mais gasto na cozinha.

Imprescidível, o mexilhão.
Afinal, o mais lixado,
De todos quantos são,
Portigueses de mau grado.

Uma tachada enorme!
Porque a chama sempre acesa
E a imaginação, não dorme,
São garantes, desta certeza.

Por vezes, é forte o têmpero,
Com muito sal e pimenta.
Chega a ser de desespêro,
Esta fome, da tormenta.

É pois, muito variada:
Sonetos, Quadras e Sextilhas.
Pouca métrica, mal amanhada...
Resumindo, com muitas espinhas!

Servida aos nossos políticos,
Talvez lhes cause indisgestão.
Mas prato dos mais típicos,
Servidos, cá nesta Nação!

Acompanhar com um bom vinho branco,
que nos faça esquecer, o desencanto!

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