Do outro lado da Avenida,
Mora o Poder instalado.
Incongruências da vida,
Quando tudo está errado.
Pois foi aqui, neste lado
Que a História se escreveu.
Para quem não esteja lembrado,
A todos, vos lembro eu:
Zarparam as caravelas,
Com elas a Fé na conquista.
No desfraldar, latinas velas,
Se desfaz, quanto resista!
E se venceu, "O Tenebroso".
No regresso, o feito heróico.
Portugal, tão grandioso,
À força de valor estóico!
Mais tarde, nova bravata.
Simbólico, aquele aeroplano.
Dois aviadores, a fina nata,
Atravessaram, o oceano.
Que outros exemplos mais?
Para descrever os feitos,
Nesta terra de Cabrais,
Com tantos filhos eleitos?
De repente, o Mundo mudou.
180 graus de viração.
O sonho, os louros, tudo acabou,
Esfrangalhando uma Nação
Se tranferiu, o Poder.
Além, mora a Presidência.
É República no seu dizer.
Não melhorou, a consequência.
Na reposição, a boa medida
Se deveria tomar em conta.
Deste lado da Avenida,
Mora o brio, sem afronta!
Seja pois, só deste lado,
O cerimonial, quando devido,
Na homenagem, ao Soldado,
Ou outro facto, ocorrido!
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