Felizmente, sou beirão.
Sei como se criava o pão,
No suor de muito afã.
Centeio, de solo pobre.
À memória não soçobre
Como foi,...o amanhã.
"Solos incultos/Pecados adultos"
Felizmente, fui militar.
A Disciplina, soube aceitar
Para em termos comparativos,
Ver a "bandalheira" que grassa,
A quem não assentou praça.
Nesta terra, os seus nativos.
"Sem vida militar/Bons princípios a falhar"
Felizmente, cheguei a velho.
Não contesto o meu Evangelho.
Suporto bem a idade,
Pelos, inicio, meio e fim
Que me definem, a mim,
Como homem de verdade!
"Velhos serão os trapos/Pior, se farrapos"
Felizmente, vivi o passado.
Se pobre ou remediado,
Tinha pescas e agriculturas,
Fábricas, tantas e variadas.
Mantinham as gentes ocupadas,
Sustentadas, todas as criaturas-
"Havia mas acabou-se/O povo, esse lixou-se"
Felizmente, tenho memória.
Para comparando, rever História.
Não era fácil a vida.
Mas sabíamos com o que contar.
Até se tinha o direito de sonhar!
Hoje, como? Em que medida?
"Voltar atrás?/Lá iria, se capaz"
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