"Lambe botas" subservientes,
A credores muito exigentes,
Nos seus empréstimos agravasos,
Pegaram em machados de corte,
E vá, de rachar feio e forte,
Os mais pobres e desamparados.
Esquecem-se que, a ser vivo,
O alimento lhe é devido.
Se consegue, a troco de trabalho.
Mas, sendo este negado,
Como pode um pobre coitado,
Exigir, o natural ganho?
Que pensarão os notáveis,
Se as suas ideias imutáveis,
Não compreendem o mal alheio?
Nada falta, a ele ou a ela!...
Exibem a bandeira na lapela
E julgam-se, em alegre passeio!
Quem fica "passado". é o povo,
Este povinho, cheio que nem ovo,
De maldades, injustiças a afins.
Não será tempo de dizer, basta?
Acabar com esta praga nefasta,
De ideias tão toscas, por ruins?!
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