Por idoso, somos "supranumerário",
Conceito deveras ordinário,
Que vê no velho, simples sarilho.
Um número apenas, não gente,
Avaliado por pseudo dirigente,
De tosco saber e escasso brilho.
Peço meças à "canalha"!
De mim, já dei que valha.
Desde bem cedo, trabalhei.
Por vocação, também militar,
Até ao momento de considerar,
Que sendo visionário, errei!
A minha arma, não defendia a Nação,
Mas sim, "o dono da plantação"!
Sempre cumpri e fiz cumprir.
Motivo que hoje me faz carpir,
Ao ver a actual "bandalheira":
Ídolos com pés de barro,
Dirigentes, cheios de sarro,
Ostentando na lapela, a Bandeira.
São estes mal formatados
Que nos roubam os ordenados,
Pensões ou míseras reformas.
Querem, "acabar-nos com a raça",
Neste aumento cruel da desgraça,
Abusando, das mais torpes formas.
Somos considerados impecilhos?
Que dirão amanhã, vossos filhos,
Na linguagem d'hoje: "cotas tótós"?
Esquece, esta "nossa malandragem",
Ter de percorrer, longa viagem,
Até serem, tal como somos, avós?
Vaticino e a Deus suplico:
A tais "aves, Cortai-Lhes o bico"!
Não merecem, o bom poleiro.
Que respeitem, "o ser grisalho".
Tal cor é espelho de longo trabalho.
Deve merecer, o respeito por inteiro!
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