segunda-feira, 13 de maio de 2013

QUADRAS DO QUOTIDIANO

Faço quadras a granel
Como quem vai de caminho
São poesia de cordel
Meus versos "à passarinho"

Tenho a gaiola lotada
Há que aliviar portanto
Abro portas à passarada
Quadras voam por encanto.

E, tanta são...
Aqui, bem à mão:

Ao ouvi-lo a condenar
"A cisma grisalha"
E depois a pactuar
Nos revela um canalha.

O Mundo seria melhor
Se o bem nele existente
Repartido com rigor
Chegasse a toda a gente.

A coligação diverge
Nas medidas a tomar
Todo o país submerge
Prestes a sossobrar.

Estamos presos por arames
Instáveis sem boas medidas
Diferentes os ditames
Negadas contrapartidas.

Quando me bater à porta
Acredite! Nada lhe dou
Direi, se não s'importa
Vá ao Estado que me roubou.

Homem assim corajoso
A fazer frente à trapaça
Afinal saíu um merdoso
Conivente na desgraça.

Um senhor político é
O contrário do que diz ser
Faz parte da ralé
Que compõe o Poder.

Social Democracia
Democracia Cristã
Poderiam ser valia
São apenas causa vã.

Os burros sem esperteza
Primam pela teimosia
Burro será com certeza
Quem nos provoca agonia.

O Governo é trapalhão
Autêntico vira-casacas
Agora sim logo não
Cenas tão caricatas.

A minha quadra habitual
Se não aparecer na hora
Vos revelará o sinal
Que uns dias estarei fora.

Aquela dupla brasileira
Do senior e principiante
Conseguiram a maneira
De ganhar jogo importante.

E então assim sendo
Por não saber governar
Como eu os compreendo
P'ra onde o querem mandar.

Nascem como cogumelos
Os escândalos da ladroagem
E não passam de "caramelos"
Os autores da má imagem.

Ao vê-lo d'asa abertas
Com o seu ar de pimpão
Qual rei das descobertas
Mas sem valor nem razão.

Com tal ânsia de cortar
O pouco que já nos resta
Quem sabe lhe irão tirar
A sua vida que não presta.

Qundo alguém for justiçado
Por indecente e má figura
Que vos sirva de recado
A vós tão má criatura.

Ver chorar me dá pena
Qualquer que seja o choro
Mas uma lágrima serena
É vertida com decoro.

Ele nem será o culpado
Culpada a mãe que o pariu
Se tivesse sido abortado
Não lhe ouviríamos o pio.

A Economia não cresce
A nossa dívida aumenta
O Zé-povinho padece
E o doutor se alimenta.

A pobreza é filha da injustiça
Bem-fazer gémeo da Caridade
O trabalho inimigo da preguiça
Malvadez o contrário de Bondade.

Hoje estou deveras contente
Dormi em sono regalado
Sinto o coração bem quente
Por saber que sou amado.

Na lonjura da minha vida
De coisas boas outras turvas
Da estrada já percorrida
Ainda me faltam as curvas.

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