Parece haver um plano infernal
Que transforme o nosso Portugal
No Eden, da Europa burguesa.
Para tanto, cumprir todas as metas.
Eliminar os velhos, esses patetas
Que atrapalham e causam tristeza.
É fácil! Retiram-se os cuidados,
Reduzem-se ao extremo, os dados
E a morte, será causa natural.
Poupam-se, encargos com o "animal"!
Activos, vulgo da meia-tigela,
Sujeitos a mínimos insuportáveis,
Serão no futuro, servos prestáveis,
Com exígua sopa na panela.
Os bens públicos passam a privados,
Geridos p'la finança dos nababos.
Hotéis, restaurantes, Turismo geral,
Tudo Michelin ou de 5 estrelas.
Fárias ao pessoal, nem pensem vê-las!
Há que manter o serviço sem igual!
Com a classe média enterrada,
Os pobres mais pobres e sem nada,
É aberto o "pasto"abundante
Para todas as raças de "animais"
Que aqui deixarão os bons capitais,
Na conta, de qualquer meliante.
O Governo, só o será de fachada,
Sem força, nem préstimo de nada!
O Capital, gere e ordena.
Pseudo eleitos, vergam a espinha
Mas tendo certa a sua "sopinha"
É o deixa andar! Viva quem se governa!
Eu, pessimista?
E, porque não, futurista?
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