terça-feira, 24 de setembro de 2013

AZENHAS DO TEJO

Nas águas deste Rio Tejo
Navegaram os meus sonhos de menino.
Tantos os anos! Mas ainda o vejo,
Ao tempo do avô Firmino,

Que nele laborou e fez vida,
Nas suas duas azenhas,
Actividade, por vezes sofrida
E de inconstâncias tamanhas.

Uma de centeio, outra de trigo,
Moíam, "talêgos"de sustento.
Ambas rodando mós em castigo,
Ao grão que seria alimento.

Se finou o avô. Azenhas sepultadas.
A evolução dos tempos, tal ditou.
Mas comigo, e bem guardadas,
As recordações, ninguém tirou.

Este rio, é agora um lago
De águas calmas sem rebeldia.
Lá vai o tempo do muito estrago
Com cheias e pragas de heresia.

Mas foi para mim e será sempre,
O "velho" Tejo, veloz corcel
Que corria, destemido e imponente,
Até que o dominaram, no Fratel!

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