quinta-feira, 30 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Grevistas de acção continuada
Só nos aumentam a desgraça.
É simples, não fazer nada
Mas na paga vem a negaça.

SENTIR A POESIA

Sentado
na minha tropeça
a ler versos
que alguém peça,
assim gostaria
de estar.
E sentir satisfação
do que digo
e alguém escuta
em cúmplice permuta.
Se possível
em noite fria
ao calor de lume de chão
e não sentir a alma vazia,
ouvindo bater o coração!...

UM SÓ DESEJO

Não quero finas plateias,
antes as gentes
das nossas aldeias
na sua simplicidade
do saber ouvir
e numa palavra
nos dizer
como é o seu sentir.

Então, recolhidos
os dispersos,
lerei com gosto,
os meus versos!

NOBREZA E BRIO

Será bom que sempre resistas
À teia do cúmplice compadrio.
Um homem poderá ser pobre
Mas basta que seja nobre
Para se destacar pelo brio.
Nunca pares, nem desistas!

GASTOS INÚTEIS

"Pagar, entre nós,
é atirar dinheiro aos porcos" (sic)
A dúvida é também atroz:
Como o gastam, sem deixar trocos?!

PORQUÊ?

Não se nasce impunemente
em terra de gente indecente.
Se é tão vasta a dimensão
de quem povoa este mundo,
porquê o azar profundo,
de aqui estar, sem perdão?!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Quando era pequenino
Ia p'rá escola a cantar
Agora que sou velhinho
Fico em casa a sonhar.

DIPLOMACIAS

Basta olhar tal figura
Para crer que a criatura
Já não tem sequer idade
Para desempenhar o cargo.
Quem o nomeou sem encargo,
Devia estar falho de sanidade.

SEM CABRESTO

... e a burricada lá segue
a sua triste caminhada,
levantando o pó da estrada
e deixando rasto que fede.
Zurram por si, ou em coro
quando lhes tiram a palha.
Na voz de burro que ralha,
juntam-se coices sem decoro.

E não mudam, por desgraça.
É próprio da sua raça!

UM SIMPLES DESEJO


Não desejo na mente,
tal fim.
Mas sem mentir
gostaria de sentir
que os amigos
sentem orgulho
por mim.

SILÊNCIO, P.F..

Onde estiver,
saibam que estou!
Me respeitem
com silêncios,
no momento 
da palavra.
Dispenso o aplauso,
prefiro o sorriso.
E ao desdém,
nem dou por isso!

POBRE HOMEM

Pobre deste homem condenado.
Vida inteira com pouco ordenado,
Chega à reforma, tão cansado,
A pensar num fim sossegado
E vem um qualquer "iluminado",
Para o deixar assim...depenado!

PAZ NA TERRA?

Na Terra já não há paz.
Ninguém mais será capaz
de repor ordem no Universo,
descontrolado pelo Homem.
Estas verdades se tomem.
O passado, não tem regresso!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Renego as traições a Portugal
E quem, cobardemente matou
O orgulho de ser nacional.
Eu, continuarei a ser...como sou!

DIREITOS E DEVERES

O direito que me assiste
de criticar a burguesia,
prova que a liberdade existe
e vivemos em Democracia.

Em nome dessa liberdade,
quantos por falarem de mais,
estão sujeitos à precariedade
por decisões injustas e imorais?!

...e vamos por partes.
Uma vez mais, sem surpresas,
esta caso do "Bragaparques"
tão cheio de incertezas!...

DENÚNCIA

Santos da casa
não fazem milagres.
A coisa rasa,
se esquecem alardes.
Talvez esse o motivo
da falha mesquinha
e não falam deste nativo,
nascido em Sarnadinha.
O qual também é poeta,
dos menos, dos pequenos.
Mas não o tomem por pateta.
Esses sim, os esquecemos!

É SÓ PALEIO

Com esse vazio blá blá
tirado da sua cartola,
fracas as lições que dá,
aos "meninos" da nossa escola!

AÍ ESTÃO ELES!

Aí os temos de novo
para alegria deste povo (?).
É a chamada "Troika Fandanga"!
Confesso, já tinha saudades
Em ver aquelas sumidades
Que nos encurtaram a "tanga"!

BASTA DE PRESUNÇÃO

Sejam discretos senhores governantes.
O nosso país é pobre.
Não admite que certos pedantes,
Confundo o ouro com o cobre!

A discrição é bem aceite.
Não elevem a vossa aparência.
Tal como o caso do azeite,
Traz ao de cima a evidência.

Sejam pois, mais decentes,
Aos olhos das nossas gentes!

POBRES MAS NOBRES

Nascer em casa pobre
Mas apesar disso ser nobre
Em actos e sentimentos,
Prova que qualquer ser
Não é só no parecer,
Dono dos seus valimentos.

OBVIAMENTE

Sou simples mas não pacóvio
E gosto de denunciar o óbvio
Do que a tudo diz respeito.
E quando a mim me toca,
O desagravo se invoca,
Por não estar satisfeito.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

A vida passa por nós
E nós nem damos por isso.
Hoje pais, amanhã avós,
É a vida a dar sumiço.

TRADIÇÕES

Nunca digo que não
aos chamamentos da tradição.
Pelos "Santos" e "Fiéis Defuntos",
rumo ao lugar dos meus,
venerar quem disse adeus
e na ultima morada estão juntos.

Meus pais em Alvaiade,
unidos na Eternidade!

ENFARTAMENTOS

Os "ídolos" em Portugal,
usam-se até cheirarem mal.
Somos assim, temos defeitos!...
Exageros na aparição,
em qualquer momento, ou situação,
os desfaz em pó e rarefeitos.

FLAGRANTES DO DIA A DIA

Há sempre quem goste
de se sentir sacrificado.
Carregar a peso,
os sacos do supermercado,
podendo utilizar
o carrinho,
criado para tal efeito.
Tantas as pessoas d'idade,
alheias, ou distraídas...

... são vidas!

O BEM E O MAL

Se um Bem passar a teu lado,
Segue-o sem seres rogado.
Já ao Mal, manda-o embora.
Dele anda o mundo cheio
E por isso, no nosso meio,
Há tanta criança que chora.

domingo, 26 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Um preguiçoso não engana,
No acto de comer a fruta.
Escolhe sempre a banana
Que lhe dá, "menos luta"!

ELEVAÇÃO DA NULIDADE

Políticos com fraca "obra"
por incompetência de sobra,
aqui "premiados" com vaias,
firmaram~se na velha Europa, 
que por vesga pouco topa
e os acolheu, debaixo da saias!

SER OU NÃO SER

Será que não sabem,
ou não querem,
fazer coisas melhores?
Nós desejamos, se esmerem!
Pelo muito que auferem,
não porque são doutores!

VONTADE ATRAIÇOADA

Um cidadão tão vulgar
com escasso nível curricular
a governar um país?
Será "estória" inventada,
ou a mesma mal contada?
Não! Foi o que o povo quis!

PURO E SIMPLES

Na simplicidade do verso,
o que sinto, assim expresso!
Palavras simples mas minhas,
a transmitir um pensamento,
devaneio, alegria ou lamento,
situações bem comezinhas!...

POBREZA ENVERGONHADA

Chego a duvidar da certeza
de que vivemos em pobreza.
Mal a vejo por onde ando.
Mas se em verdade ela existe,
está escondida em viver triste
e pelos silêncios vai chorando!...

A COR DO DINHEIRO

Saco azul com 500 milhões
À disposição dos tais figurões
Sem darem "cavaco" à sociedade?
Será o grande final de festa:
Levarem consigo o que resta

Para reformas de tranquilidade!

sábado, 25 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

O que não dei por amor
Dou agora com carinho
Em percurso de nova cor
Que é hoje o nosso caminho.

ESTAR DIMENSIONADO

Não domino
as palavras eruditas
obtidas em profícuo ensino
e que, pronunciadas ou escritas,
me dêem real evidência.
Tenho a minha dimensão, 
circunscrita ao saber humano
e à própria ciência,
obtida por minha mão.

O não subir, além disso,
consta do meu sério compromisso.

DIPLOMACIA BARATA

Como chefe da diplomacia,
Vª.Excelência provoca azia
Ao Governo que o nomeou.
A culpa não será sua por inteiro.
Apetece perguntar, ao "primeiro":
Na verdade, porque o chamou?

Com essa idade já avançada
não seria bom, ter velhice sossegada?

TEÓRICOS DA TRETA


Deixem-se de teorias alarves.
Na prática, nós vemos as verdades
Do que dizem e quanto valem.
Na escala de um a dez,
Os equiparo aos pobres "Zés"
A quem dizemos: "se calem"!

BATE LEVE O CORAÇÃO

Coração cansado
de tão leve batimento,
de amor desenganado
se é esse o teu sofrimento,
vê no teu querer antigo
o refúgio de salvaguarda
e depressa, relega o castigo,
como o digo, nesta quadra!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

É demasiada 
a violência
para tão fraca
resistência.

A MISSÃO DE PROFESSOR

Hoje,
ser professor,
passou a martírio,
ansiedade, infortúnio.
Quantos mais os adjectivos,
nunca chegarão à dor
que classifica o delírio!

CARIDADE

Não é disciplina curricular
de qualquer universidade.
Nasce expontânea
e no coração
de quem tem para dar.
Com a bondade, 
é consentânea!

A TEORIA

"... nada se perde
tudo se transforma".
Talvez seja esta,
uma das razões
que dá cobertura à norma:
"Um Banco é covil de ladrões"!

PORQUE SERÁ?

Será castigo
esta ansiedade em que vivo?
Querer alcançar e não consigo
o que tens contigo?
Haverá, algum segredo escondido?

COMISSÃO EUROPEIA

O ilustre senhor Juncker,
porque manda assim quer,
mais mulheres no seu "harém".
Pois tem toda a razão!
Entre tanto político canastrão,
Saias de mulher, ficam bem!...

NOTÍCIA FRESCA

Um super-professor
colocado em 95 escolas?!
Promovam já esse senhor!
Ultrapassa todas as bitolas.

E já agora, porque não
se isto "cheira a esturro",
aos culpados deste senão,
se dêem, orelhas de burro!

O MAL AMANHADO

Este mal amanhado
Governo
é especializado
em salganhadas.
Não usa meio termo
para provocar
trapalhadas.
E, no "descalçar a bota",
a asneira,
dá lugar a batota!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Com tanta austeridade
O país não avança.
Os pobres em verdade
Não pesam na balança.

IMPOSIÇÃO TDT

Vergonhosa essa tal TDT.
Vigaristas, os que a exigem.
A propósito de quem e porquê,
Mudanças que só nos afligem?

Querem alterações, as paguem!
Nada façam ao Deus dará.
Das dificuldades pouco sabem
E o resultado, aí está!

Ao tempo, eram bem vistos,
Em todo o lado, quatro canais.
Porque haveriam de ser revistos
Se o povo não queria mais?

É Bruxelas quem tal exige
E os de cá, como "pau mandado"
Sem respeito ao que se aflige,
Faz cumprir o mau recado.

Não há ninguém que tal impeça
Nem indemnização a quem se peça?


Nem indmenização a quem se peça?

PENHORADOS E MAL PAGOS

Quando saírem,
deixarão um rasto
que nada irá cobrir.
Tantas as "daninhas",
pesado o enorme lastro,
nada de bom irá fluir!
Mais pobre o país
e todos nós os seus filhos,
mendigos porque se quis,
e aumentados os cadilhos,
fruto da sujeição,
ao poder vindo de longe...

Sim, ides embora!
Mas deixais um povo
em penhora!

TUDO JÓIA

Tudo vai muito bem.
O povo tem o que quis.
O mal, esse se contem.
É o que o Governo diz.

Mas não aquilo que sente,
O pobre nativo português.
Excepto, uma certa gente,
Do chamado, "Clube Burguês"!

FECHEM AS PORTAS

Com esse seu ar "seráfico"
De cónego pregando moral,
Apesar do modo enfático,
Não disfarça o que está mal.

Assim sendo, feche portas
E abandone a cadeira.
Leve consigo, coisas tortas.
Procuramos, melhor maneira.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Medidas compensatórias´
Ou justas compensações,
Não passam de velhas estórias
Contadas por aldrabões.

ATÉ QUANDO SE AGUENTA?

É desgraçado, este nosso povo!
Triste "palhaço" em circo fechado.
Nada recebe de bom e de novo.
No jogo sujo, sai amesquinhado.

Aguenta com sorrisos as malícias.
Graves, fazem parte dos seus dias.
Nada ganha nessas sevícias,
além de outras mal feitorias.

E ninguém trava o desnorte.
Não é curial, faz parte da má sorte!
E tu, como te atreves,
a promover tantas greves?!

ABERRAÇÕES

Descontam-me, pontualmente
na fonte e sem recusa,
o que devo, segundo a mente
de quem o seu Poder usa e abusa.

Contra tal prepotência,
nada vale a força da razão.
Sujeito-me a esta evidência
como cumpridor cidadão.

Mas há momentos de caricato.
Pago dois sistemas de saúde:
O geral nacional, pouco usado
e o militar, ADM, mais amiúde.

Este ano, resolvi aproveitar
a benesse de vacinação gratuita.
Centro de Saúde, no meu vagar
e com intenção bem fortuita.

Não possível, por mau defeito.
Devido a longa ausência,
este cidadão perdeu o direito.
Cartão anulado e sem valência!

São as regras, normas, a lei!
Estúpida como uma penhora.
Mas uma verdade, eu sei!
O desconto tem sido feito, na hora.

Há que regularizar a situação
para entrar na roda dos legais.
É mais um triste senão...
Aos bons, não somos iguais.

Países há, de gente capaz,
pragmáticos no usar das mentes.
E criam sistemas que apraz
realçar, por deveras inteligentes.

Uma só chave, único cartão,
telefone, o mesmo até à morte,
matrícula de carro sem mutações...
e um cidadão, ... cheio de sorte!

Será difícil copiar
o que os outros fazem brilhar?

MINHA AMIGA LUA

Lua vadia
que procuras a noite
esquecendo o dia,
iluminas a rua
e vives em quartos,
por vezes semi-nua,
ou cheia de luz.
És a companheira
que à inspiração conduz,
ou à minha beira,
como convém,
quando o sono não vem!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

O movimento dos combustíveis,
Agora dão um "rebuçado",
Logo, por meios imprevisíveis,
Já custam mais, do ordenado!

DIFERENÇAS...

Países
onde a inteligência mora
usam medidas pragmáticas
para resolver, na hora.
Por cá, no cómodo deixa andar,
ou logo se verá,
os responsáveis, "pasmáticos"
confiam em Nossa Senhora
que com seu milagre,
resolverá!

SOLUÇÃO PROVÁVEL

Este Governo está doente
e sem cura evidente.
Melhor seria para todos,
fazer balanço, fechar portas.
Não se endireitam, coisas tortas
nem há motivo para bodos,
Quanto mais tarde, pior!
Novas eleições, bem melhor,
criando novas esperanças.
Quando os pares não acertam,
sem acordes que os despertam,
Melhor acabar com a dança!

HOMEM VERTICAL

Em natural verticalidade
piso e ocupo o meu lugar,
onde por direito ouso estar!
Dele, só sairei
com desejo próprio
e ao abrigo da lei.
Nunca, pela bruta força,
sem motivo real.
Ninguém torça
um "filho varão",
deste "meu pai", 
Portugal!

INSISTÊNCIA

No "choradinho final"
dos programas que em Portugal,
promovem os "pimbas" e afins,
é de fugir "a sete pés"!
Eles rogam, imploram aos "Zés"!...
Temos p'ra dar, muitos "pilins"!...

E ninguém lamenta,
o setecentos e sessenta?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Se tiveres de dizer não,
Fá-lo com benevolência.
Um sorriso, uma atenção,
Amenizam a violência.

AO MENINO E AO VELHINHO...

A menino que chora,
muda-lhe a fralda
e dá-lhe mama.
Não te atrases na demora.
Ele sentirá a falta
de ti, ou da sua ama.

Já um velho que suspira
prolongados ais,
procura saber se bem respira,
ou está carente de atenção.
De ti e dos teus,
ele aspira, um pouco da
vossa afeição.

Os velhos são crianças pequenas,
a quem devemos aliviar as pena

domingo, 19 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Olha as pessoas de frente
E fala com sinceridade.
É fácil saber quem mente.
No olhar mora a verdade.

CIGARRO AMIGO (?)


Tive no cigarro
um fiel amigo.
De longa data
sempre comigo,
a "queimar-me" lentamente.
Na guerra,
de manhã à noite prolongada,
foi presença continuada,
inseparável
e aspirado,
num vício incontrolado.
Quantidades excessivas,
estupidamente nocivas!
Tardiamente,
tão demasiado tarde,
o alarde de nocivo.
Renunciei então
ao fiel amigo,
"companheiro" de longos anos.
Hoje, previno quem fume.
Nem sequer me peçam lume!
E aconselho,
face aos meus adquiridos
danos:
-"Deixa de fumar. Não te queiras
suicidar"!

E aconselho

sábado, 18 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

É tudo tão transparente,
Limpinho sem osso,
Mas do fruto, prá gente,
Vem sempre só o caroço!

ORÇAMENTO SEM CONTENTO

A mesa é enorme. À mesma
se sentam e a "passo de lesma",
decidem do nosso futuro, triste.
Em maratona de longo debate,
nasce Orçamento de baixo quilate.
O que já era mau, persiste.

São mais de trezentas e setenta,
as páginas da "inválida sebenta".
Diz quem leu, e nela acredito,
"Nem uma palavra sobre pobreza"!
Mas ele ela existe, na sua crueza.
Mentalmente, vos deixo registo:

"Sois reles na insensibilidade
que gere a vossa mentalidade"
ou
"Maquiavélicos e perversos",
 como vos defino nestes versos.

NÃO SE REMEDEIAM CHEIAS

"Nada a fazer contra cheias"
São as desmentidas ideias
Reclamadas pelo presidente
Que na Edilidade de Lisboa,
Fala porque pode, embora doa,
Chegar à conclusão de que mente.

Se não sabe, mande recado,
Aos comparsas de igual cargo.
Cidades por este mundo de Cristo,
Onde chove a "potes"sem parar,
Não vêem as ruas a inundar,
Como nós por cá temos visto.

Turisticamente, será um regalo
Ver na Avenida da Liberdade,
Idoso cidadão de terceira idade,
Sentado a pescar um bom robalo!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Num país de tanta miséria,
Aumenta em numero a riqueza?!
Ora aqui está "uma matéria",
A esclarecer, com toda a certeza!

DESIGUALDADES

A minha inteligência
mediana
não entende
quem nos engana.
Beneficiar
quem mais tem
em sede do IRS,
se não é maldade,
tal parece!

AMOR CONTROLADO

Sinto desespero
neste meu querer
e não poder,
sabendo que devo
amar
mas o amor
não saber dar.
Mantenho fidelidade
ao sentimento,
preservado na verdade
da sua essência.

Que posso fazer
para além deste querer?

DIFERENÇAS

A desigualdade entre povos
É como uma cesta com ovos.
Tem uns podres e outros sãos,
Tratados de modo diferente.
Tal homens, rico ou indigente,
Ainda que todos sejam irmãos.

REGRESSO

Voltei
a "Sentir o Rio e a Viver a Terra"-
Rio que é o Tejo,
a terra é toda a Beira.

SENTIR O RIO
é estar no seu leito
aspirando o cheiro
da água doce,
temperada de hortelã brava
e poejo...
Ouvir os pequenos seres
que nele habitam,
rãs verdes de esperança
levadas de mansinho
pela corrente...
Ver o sol
reflectir raios
que ao cair da tarde
são sangue,
a tingir de vermelho
a água "ludra".
E lá ao fundo, 
em cenário majestoso,
as "Portas"!
Sempre abertas
com chave de milhões de anos!...

VIVER A TERRA
é sentir o quanto custa
tirar dela o sustento.
Porque pobre,
pouco alimenta, 
não fora o suor do cansaço,
labor compensatório.
Pois carente pode ser
mas não avessa no oferecer.
É o azeite, feito oiro,
o pinho, eucalipto, a floresta!
As cabradas em rebanho,
as serras e os vales,
granito e xistos,
a água abundante
e pura!
Também dos odores
que emanam
das flores, tojos e rosmaninhos...
E o frio gélido do inverno
mais o calor tórrido do verão!...

Viver a Terra
é viver na minha terra tão bela!
E ela não passa sem o seu rio;
O rio não passa sem ela!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Se diz, "a montanha
pariu um rato".
Na novidade tacanha
Quem foi o pai, no acto?

POR FAVOR

Peço a vossa atenção
Mas sem comiseração.
Não sou de pedir favores.
Se aqui estou e falo,
Contrariado não me calo!
Também dispenso louvores.

É SEMPRE A AVIAR

O petróleo a baixar,
Combustíveis a aumentar!
Ninguém os faz parar
Na intenção de sacar!

0 QUE ELES DIZEM

"O poder de compra
vai aumentar
para milhões de famílias"
Será afronta,
ou estarão a brincar?
Não provoquem quezílias!

OÁSIS

No deserto
que me rodeia,
onde o Bem
já escasseia,
torno-me eremita.
Mitigo a sede
e a transformo
em escrita
que é de água pura,
na procura.
Por fim saciado,
deixo ficar
o meu legado.











quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ACONTECEU...

Quando o "poeta" abandona a rima
e na prosa encontra a sua poesia:

Hoje, 15 de Outubro,
sentado em Centro Comercial, esperava,...
Caminhando alegremente, um menino e sua família (oito anos, por aí),
veio pousar os seus ténis "Nike", acabadinhos de comprar.
Tinha o sorriso feliz de quem vive no "seu mundo".
Presumo que no mundo dos "mongólicos", dado o aspecto.
Porque os atacadores se soltaram, pretendia resolver o problema. E não podia.
A mãe, suponho, delicadamente o ajudou. Após o que repliquei: "Olha, que se deres
duas laçadas nos cordões, eles não ficam tão compridos e melhor os conservas apertados".
Assim foi feito pela senhora.
Com um sorriso de plena felicidade, aquele menino (para mim um desconhecido) deu-me
um abraço do tamanho deste mundo e no mais cândido encantamento murmurou, "obrigado"!
Abalaram sorrindo.
"Vai com Deus"! Lhe disse.
E ali fiquei cismando, no tão pouco que dei e o tanto que recebi.
E sem vergonha o confesso, chorei!
Aquele menino não merece estar doente!

QUADRA DO DIA

Quando Bruxelas ordena
Novas medidas adicionais
O português, na taberna,
Afoga seus prantos e ais.

A ENTREGA DO ORÇAMENTO

A vasta comitiva governamental
Em peso, a promover "arraial".
O caso de extrema relevância
Prende-se com a entrega, à mão
Do "testamento" da Nação.
Documentos de elevada importância!

Depois, a cena tão repetida:
Dona Assunção, envaidecida,

Recebe as pen's à mão cheia
E mais os livros do Orçamento.
Ó glorificado e feliz momento!...
Toda a Imprensa é uma plateia!

Na minha santa ingenuidade,
Não alinho nesta vulgar peta
E pergunto com seriedade:
"Porque não entregar por estafeta"? 


A CARTA

Já é pertença do passado.
Serviu para mandar recado,
Declarar, ou pedir namoro.
De tarja preta, o prenúncio
D' algum triste anúncio
E aí, provocar o choro.

Tantas cartas eu escrevi!...
Porque estando longe de ti,
Elas eram a "nossa corrente".
Nos uniam no dar notícias,
Matar saudades, dizer malícias...
Receber carta, era ficar contente!

Letra esmerada p'ra se entender,
Tive sempre gosto em escrever.

Ainda hoje, tal mantenho cativo.
Um pedaço de papel me basta
Para aumentar prosa já vasta
E sentir-me ... bem vivo!


A FAMÍLIA

Se família pressupõe
Sentar a mesma mesa
Todos, os que ela compõe.
Já foi assim, tenho a certeza!

Hoje, as crianças no infantário,
Idosos "depositados"em asilo,
Da família só resta o diário.
É a tristeza, "vendida ao quilo"!

Do casal se empregados,
Saem de manhã, entram tarde.
Sem tempo,mal humorados,
Da família, pouco o alarde.

As voltas que o mundo deu!
Tanto de bom se perdeu...

DIA APÓS DIA

Na alvorada de cada dia
nasce a suave melodia
dos trinados cantos matinais
de pequenas aves, cantadoras
que alegres e madrugadoras,
anunciam o seu dia aos demais!


terça-feira, 14 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

A menina não será rica
Mas é uma rica menina
Olhe que comigo bem fica
P'ra cumprir a sua sina.

É TÃO BOM!...

É bom saber
que estás aí.
Se de ti precisar
me ajudarás.
Dás-me a certeza
de que o amor existe
e porque forte
sempre resiste
a tentações
de suposto maior valor.
É bom saber...
que estás comigo 
e aqui!

PINCELADAS DA NATUREZA

PARA OS MENINOS DE ESCOLA

A libelinha pairou no ar
em busca
de um harmonioso raminho
onde pousar!...
O encontrou,
pousou
e lá ficou!

Zumbia à minha volta
uma abelha
que me preteriu,
beijando um girassol.
Aspirado o seu néctar, sumiu!

Grifos no ar!
Majestade alada,
comedores de carnes
mortas! Donos dos céus
d!Alagada,
guardadores das "Portas".

Um ronco de bacorinho
com fome.
A mãe-porca, dorme
mas deixa que lhe tome
a teta do sustento.
Afinal, o seu alimento!

A cotovia 
vadia
cativa no seu cantar..
Gosta muito do luar!
Mal se vê
durante o dia.

Saídos da casca
os amarelos pintaínhos
começam logo
a lutar pela vida.
Seguem exemplo 
da galinha mãe,
sempre activa.

Joaninha, voa voa
que o teu pai
vem de Lisboa.
Na hora do recreio
a cantiga soa
num alegre chilreio.

Viúvinhas, 
as andorinhas
sempre de negro vestidas.
É vê-las voando baixinho
recolhendo barro
pró seu ninho.

Borboletas 
de muitas cores
voam
no meu jardim.
Morrem cedo
por vida curta.
É bem triste
o seu fim!...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Já chegou e deu à "costa",
Novo candidato socialista.
Se é um que dele gosta,
Pode gritar, "Governo à vista!

O ESQUEMA

Trilogia da Desgraça"
a cantar na nossa praça:

"O Banco cria o "caldinho"
e vai pedir ajuda ao Estado
que à Troika pede emprestado...
E quem paga? O Zé-povinho!

DESFAZER OS NÕS

O que este Governo faz
e logo a seguir desfaz,
o que ontem nos disse
e hoje, já o desdisse,
é um Governo incapaz
nas mãos de mau rapaz!

Ainda na fase da garotice!

NÓS E VOCÊS

Nós os honestos, vamos pagando
O vosso completo desmando.
Com mil e um sacrifícios,
Sujeitos ás leis do "corte",
Lamentamos a nossa sorte,
No pagar dos vossos vícios..


Porque é viciado e anormal 
Quem não supera o tanto mal.
As muitas empresas do Estado
Geram prejuízos que acumula.
Com dívida, se "carrega a mula"
Sempre a subir, em triste fado.


Nós os pobres mas honestos,
Pagamos os actos canhestros!
Mas atenção! Se a tirania é facto
A revolução passa a direito.
Li e memorizei este conceito
Que vive em mim como um pacto!

GUERRAS DO ULTRAMAR

Por lá andei
e voltei
chorando os que ficaram.
Caíram de armas na mão
sem saber porque lutaram.
Diziam, que pela Nação!...

QUEM NÃO SENTE !...

Não vos minto.
Na verdade, sinto
quando sou esquecido.
Por ser pouco o que dou?
Ser apenas como sou,
Ou por velho, não merecido?

O VENDEDOR DE ROSAS

Com o seu passo arrastado
De homem velho e cansado,
Vende botões de rosas encarnadas.
É figura típica de Carvoeiro,
De há anos, sempre ordeiro,
Pisando restaurantes e esplanadas.

AUMENTA O DESERTO

Crianças sem escola por perto,
Transformam aldeias em deserto.
Vão os mestres, seguem-se os pais,
A outros destinos mais promissores.
E nesta abandono, sem professores,
O país aumenta, o coro dos ais!

domingo, 12 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Hoje venci a preguiça
Fiz das tripas coração
Pela manhã fui à missa
Onde rezei uma oração.

HÁ BODO NO ORÇAMENTO

Sois tão mesquinhos!...
E muito previsíveis,
no dar os "miminhos"
como pessoas credíveis.

Redução dos bastos impostos?
Ora viva a festa prevista.
Com medo de serem depostos,
querem os votos na lista.

Mas a velha sapiência
de nossa gente honesta,
agirá com inteligência
e não vai entrar na "festa"!

CAMINHO FEITO A DOIS

Se queres que te siga,
abranda o passo.
Não me obrigues a corrida
que provoque cansaço,

Se mal consigo ouvir,
fala-me ao ouvido
para me veres sorrir
quando falas comigo,

Se sofro com o calor,
dá-me a tua frescura.
Te pagarei com amor
em troca da tua ternura,

Se algo me doer,
sê a minha enfermeira.
Gostarei de te ter,
atenta à cabeceira!

Pois se contigo quero viver,
o seja na proximidade desse querer!

PUCARINHA SINGELA

Pucarinha de lume de chão,
Barro vermelho, tinta de fumo,
Quando juntas tantas são
No jantarinho do consumo.

Também na ceifa fora de casa
Em almoço a céu aberto,
No simples acto de fazer brasa,
A pucarinha estava por perto!...

ECOS DE PASSADO RECENTE

Ainda há bem pouco
certos ilustres senhores
eram donos
deste mundo e do outro.
Endeusados em fama
que por efémera se esfumou,
a bela estátua quebrou.
Jaz, caída na lama!

sábado, 11 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Vaidosa vai para a fonte
Aquela saltitante moçoila
Sem mal que se aponte
Tem a graça da papoila.

FEITIOS...

Reconheço este meu defeito
De criticar qualquer sujeito
Por ser ou agir a contra-gosto.
Mas detesto, corpos tatuados,
Maus actores, endeusados
E fulanos acima do seu posto!

SEMPRE TU

Foste tu quem alvoroçou
o meu coração.
Na juventude, tudo começou
e se prolonga desde então.

Foi contigo que uni
a vida comungada a dois.
Só contigo a vivi
em muitos continuados sois.

Será a teu lado a velhice.
Tudo te dei, do que tinha
e se nunca o disse,
te amarei, quando velhinha.

Depois, porque nada resta,
abandonaremos a Terra.
Será o fim da nossa "festa
e quando a vida se encerra!

COMPANHIA DE ARTº. 1802

"Pioneiros de Nova Sintra"

Quem "houvera" de dizer'!
Na Guiné cumprimos missão.
Honrámos o nosso dever.
Dos tantos, hoje poucos são.

Aqui, com prazer nos juntámos
Para o convívio desejado.
"Pioneiros" nos tornámos,
Em Nova Sintra, o "baptizado"!

Vila Velha, de braços abertos
Nos acolhe e também a elas,
Nossas mulheres, talvez os netos...
Todos almoçaremos nas Olelas!

Bem-vindos companheiros
Que na Guiné foram "primeiros"!

VVR
ódão 27 Setembro, 2014

PARQUE AEÓLICO DE PERDIGÃO

Ao Virgílio que me ensinou o caminho: 


















Fui à Feira dos sabores do Tejo
"Sentir o Rio e Viver a Terra".
Lá ouvi música de suave arpejo
Vinda do alto daquela serra...

Agradado por voltar ás origens
Naquela boa sensação de sempre,
Cheguei a pressentir vertigens
Na mudança que se sente.

Me deram mimos e alegrias,
As gentes da "minha Beira".
Passaram lestos os dias
Sem lamentos nem canseira.

E "descobri" um novo rincão
Que recomendo, vivamente.
Na estrada, à Foz do Cobrão,
Seguir sem pressas, lentamente.

Ver à esquerda, a indicação,
Na serra que lhe dá nome,
"Parque Aeólico de Perdigão".
É destino que por bem se tome.

Nada de pressas na subida
Íngreme de pedra solta, secundária.
Até nem é muito comprida.
Mas de condição, primária.

Se vale o esforço da progressão?
Meu Deus se vale a pena!
Cenário de cortar respiração!
Tela gigante, virtual cinema!

Parte do Portugal inteiro à vista
Sem nada impedir a observação.
É o alto do mundo, a sua crista
Que ali temos, bem à mão.

Ide minhas gentes, em dia claro
Ao alto da Serra de Perdigão.
Vereis aquilo que aqui declaro,
Como um panorama de eleição.








REPÚBLICA DA ROUBALHEIRA

Neste país de lagroagem,
Com denegrida imagem,
Como posso acreditar
Naqueles que nos (des)governam?
As leis da Justiça hibernam,
Convidando, ao acto de roubar!...


NEM TUDO É MAU

Do mais fundo do meu ser
Escutem o que tenho a dizer:
Felizmente, há sol e luar,
Invernos, primaveras...outonos.
Aqui, nem todos são donos.
Nós também ousamos respirar.

É certo que somos roubados
Mas há bens e dons acumulados
Nestas boas gentes portuguesas.
Pequenos no seu tamanho,
Tão grandes no valioso amanho
Que que firma em concretas certezas.

Sábios, inventores, desportistas,
Galardoados, dando nas vistas
A um mundo maior que o nosso.
E o que temos, tanto de cita...
No dar o  melhor a quem nos visita!
Esqueçamos, o nosso viver no fosso!




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Uma terra sem escola
É como jardim sem flores.
O que fazer da sacola
E também dos professores?

AGORA NÃO, LOGO SIM

Primeiro, nem admitir.
Agora já ponderam...
Só sabem mentir
E as pessoas desesperam.
Suportar custos do BES?
Era só o que faltava!
Correr convosco a pontapés
E o assunto se arrumava!

CIRCUITO FECHADO

No circuito fechado
dos eleitos,
pouco sou chamado,
a dizer dos meus feitos.
Porque pequenos
se prendem nos silêncios,
até ao dia
em que os menos,
Cantarão, "Aleluia"!

PROVÉRBIOS ENQUADRADOS

"À falta de pão
até as migalhas vão"
e o pobre do padeiro
como ganha o seu dinheiro?

"Barriga vazia
não tem alegria"
mas muito cheia
provoca a diarreia.

"Quem não chora
não mama".
Se a mãe estiver fora
há a mama da ama.

A FLORA DA BEIRA

A esteva é flor desta Beira.
Rosa das rochas lá fora.
Nasce abundante, prazenteira
Como elemento da nossa flora.

Temos também a giesta,
A murta, poejo e rosmaninho.
As serras sempre em festa,
Onde as aves fazem ninho.

À multiplicação das cores,
Junta-se a sua utilidade
E perfumam,de odores
Com toda a naturalidade.

Quem na primavera nos visitar
Sentirá estas fragâncias no ar!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

As palavras de político
Valem, um pneu furado.
Não nos levam a bom sítio,
Prometido e desejado.

QUEM SEREMOS NO FUTURO?

Portugal vendido a retalho.
O seu melhor delapidado
Por políticos do "reviralho"
E gestores de saber embotado.
Do melhor, no desempenho,
Vendido a baixos valores,
Mostram o panorama tacanho
Que se vive em certos sectores.
É a perda da nobre soberania.
Passaremos a povo misto,
Chino-português, quem diria,
Ou de outro qualquer registo.

ÉBOLA

Ébola, um flagelo preocupante.
Para o qual estaremos preparados?
Dizem sim, de modo tranquilizante.
Duvido muito desses "recados".

Deus nos livre que aconteça,
Por conhecer bem a nossa gente.
(Casos antigos, ninguém esqueça).
A preocupação é evidente..

Não confio no palavreado
Dos distintos responsáveis.
À cautela em todo o lado,
Orem ás vossas santas imagens!...

A VERDADE

Sim, é verdade!
Vivo em ansiedade, 
sentindo a vida fugir
na sucessão dos dias, 
sem alcançar as valias
que me propunha seguir.

Tanto desejo e não posso!
Se assim pensasse quando moço,
teria sido com excesso.
Agora, tento ás pressas
e por portas e travessas
chegar lá. Mas sem sucesso.

QUEM NOS LIXA VÁ PRÓ LIXO

Experimentem pegar num estupor
E "depositá-lo" num contentor,
Desses usados como lixeira.
Tal exemplo imporá o respeito,
A qualquer malvado sujeito
Que nos "lixa" à maneira!

NOVO PARTIDO Á VISTA

Marinho e Pinto
está na berlinda.
É regalo o que sinto,
ouvi-lo "cantar de galo".
Com crista de pinta,
diz o que todos sentimos
frontalmente, sem receios.
Desmente os que mentem
nos habituais paleios.
Já tenho postos de lado, 
três euros e alguns trocados, 
valor por voto estipulado,
na eleição dos programados.

A esperança,
poderá estar na mudança!

E...PIMBA!

Um "grande beijinho"
enviado ao bom povinho,
o sorteio do carrinho,
ou de rico dinheirinho,
alegria, pão e vinho,
é assim neste cantinho,
pró avô e pró netinho.
Ninguém está sozinho!

Dá uma certa azia

mas não havendo outra alegria,...

MENSAGEM A UMA SEGUIDORA

Flora, será que tanto mereço,
Ao ler aquilo que escrevo?
Essa atenção que não esqueço,
Me dá, um certo enlevo!

A PAZ COMO DESEJO

Já não vivo de ilusões
Nem suporto multidões.
Assumo a idade da pausa
Com refúgio em suaves melodias,
Vivendo calmamente os dias.
Defendo a Paz como causa.

Mas recordo e revivo
E nesse recordar, sinto-me vivo.
A memória por privilegiada,
Leva-me de novo à distância
Percorrida desde a infância.
E vai tão longa, a minha vida!...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Escola fechada sem meninos
Meninos tristes sem escola
Em terra de asininos
Mandam os senhores de cartola.

QUE RICA ALDEIA1

Sarnadinha, aldeia pobre
Mas bem rica de tradições.
Do que tem e lhe sobre
É caso para reflexões.

Pergunto a propósito:
Quatro bancos nesta aldeia?
Para se fazer depósito?
Nem pensar! Que ideia!...

São os bancos de lazer
Onde se sentam os velhos
Que nada têm para fazer,
Como consta nos evangelhos!

NATIVO DA BEIRA BAIXA

Nasci na Travessa da Serra
Sou serrano sim senhor.
Sarnadinha a minha terra,
Lá nasci com amor,

E muito carinho de pais.
Já abalaram, estão com Deus.
Mas sinto que os meus ais
Lá no céu também são seus.

AGORA, NESTA TARDE

Nesta tarde serena
Escrevo este poema
Sem mote nem tema.
Coisa simples, pequena.

Neste meu vagar
Vendo as horas passar
Limito o olhar
A quem vai regressar.

É a chamada indolência
Aliada à paciência,
De quem sem ingerência
Encontrou, a essência.

SOU DA BEIRA

Sou um beirão
de alma e coração.
Mantenho virgens

as minhas origens.
Jamais renunciarei
ao que herdei
de meus pais
com sinal mais:
A honestidade sem custo
de homem muito justo!

VERBO ROUBAR

Por cá, temos forma regular
Na conjugação do verbo Roubar.
Tu roubas, ele rouba, vós roubais
E também, eles roubam.
Os pobres, esses só poupam
Do tão pouco que lhes dais.

SOU ASSIM...

Não sou um ser letrado.
Em letras não fui formado.
Tive sim, gosto pela leitura.
"Devorei"livros desde sempre
E mantenho no presente,
Tal vício na formatura!

HORA DA PARTIDA

Quando te fores leva-me contigo.
Não me deixes a cumprir castigo.
O da saudade de te perder.
Sozinho, nada conseguirei,
Além do que contigo alcancei.
Assim, que fico aqui a fazer?

HÁ GRIFOS NAS ALTURAS

No cimo das alturas
a que voas,
saberás quanto te admiram
os humanos cá na terra?
Vêm de longe na procura
do teu planar admirável!...
Grifos das citadas
"Portas de Ródão",
completam o emblema
da nossa Vila serena...

JUSTIÇA POPULAR

Fez-se justiça na Ucrânia.
Tratou-se o lixo como deve ser,
Colocando-o de forma consentânea
Em lugar que o deve merecer.
No contentor para o efeito,
Com o seu aspecto típico,
"Armazena"qualquer sujeito
Nem que seja político.
Gostei de ver, a "porcaria de homem"
E o castigo dos seus carrascos.
Atitudes assim, se tomem
A castigar corruptos e vardascos!

Porque esperais no tempo?
Há que seguir o exemplo!

terça-feira, 7 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Não tenhas tanta pressa
Vai com calma, devagar
A menos que alguém te esqueça
Porque tardaste em chegar.

SER ASSIM (EM MINI POEMA)

Expresso
em verso
o sentir 
na rima.
Esta sina
me faz sorrir!

O CAMINHO DA VERDADE

Meu Deus, dai-me clarividência.
Agudizai a minha inteligência
Para que possa discernir a realidade.
Em quem devo e posso acreditar?
Se tantos me andam a enganar,
Qual é, o caminho da Verdade?

SIMPLICIDADE

O meu conhecimento é limitado
Ao que aprendi nesta vida.
Mas há muito doutorado
Com mais fraca medida.

"Poeta da Simplicidade"
Alguém disse que o sou.
Assente nesta verdade,
É simples aquilo que dou.

O transmito de "boa mente"
Como dizem na minha aldeia,
Uma terra de simples gente
Que trago sempre na ideia.

Não vos irei pedir palmas.
Sou modesto por natureza
Mas no fundo das vossas almas,
Fiquem com esta certeza:

Cada qual é como é
E todos filhos de Cristo.
Vivamos animados, com fé
E daremos " a volta a isto"!






Cada qual, é como é

ÁS VEZES...

Por vezes desejo estar só.
De mim, ninguém sinta dó
Pois o desejo é bem natural.
Se a meu lado vejo a miséria
E tanta "badalada matéria",
Justo pensar: Sozinho mas longe do mal!

NAVEGAR EM PENSAMENTO

Sou navegador solitário.
Este é o meu "Diário"
Escrito sem sobressalto - Em marés de pensamento
E embalado pelo vento
Nas ondas do pensar alto.

A mim, ninguém ensina! 
Sei velejar à bolina,
Em oceano aberto ou junto à costa
Qualquer que seja a maré.
Sigo o rumo da minha fé,
À procura do que se gosta.

As ilhas já foram descobertas,
Estão espalhadas e diversas.
Que procurarei então?
Sereias? Não busco o imaginário.
Algo mais quero como ideário
E tal reservo no coração.

É a paz, na procura em vão,
A que existe em mar chão
De permanente maré calma.
Percorri milhas de longa distancia.
Agora, bem seguro o leme da ânsia
Quero sentir o infinito da alma.

Quando tal acontecer,
Lanço o ferro e irei adormecer.
Desactivada a bússola da direcção
Deus, estará chamando por mim.
Já nada me resta por fim.
Terminada a viagem, rezarei uma oração.




E tal reservo, no coração.

PROVÉRBIOS "ENQUADRADOS"

"Guarda de comer
não guardes que fazer"
Mas depois de almoçar
será muito feio arrotar.

"Deitar cedo e cedo erguer
dá saúde e faz crescer"
Deitar tarde e a más horas
põe a saúde em penhoras.

"Quem canta
seus males espanta"
Quem mal assobia
até o vizinho arrelia.

"Quem não sabe dançar
diz que a sala está torta"
E vê os outros a bailar
espreitando atrás da porta.

"Dá Deus nozes 
a quem não tem dentes"
É normal nos "avóses"
com eles há muito ausentes.

"A boda e a batizado
não vás sem seres convidado"
mas podes ir à ceia
servida à luz da candeia

"A pressa
é inimiga da perfeição"
sentado na tropeça
estou melhor que no chão.

"A palavra é de prata
o silêncio é de ouro"
mas uma boa batata
na fome vale tesouro.

"Com vinagre
não se apanham moscas"
mas será um milagre
dormir bem em camas toscas.

"Comer e coçar
o mal é começar"
cada qual com seu par 
e vamos todos bailar.

"Desconfia do homem que não fala
e do cão que não ladra"
na verdade quem se cala
é porque lhe falta a palavra.

"Em casa onde não há pão
todos ralham e ninguém tem razão"
mas se houver bom conduto
o estômago estará devoluto.

"Quem diz o que quer
ouve o que não quer"
isso é devido à mulher
sempre a meter a colher.

"Até ao lavar dos cestos
ainda é vindima"
feita por homens canhestros
teremos uma triste sina.

"Não há mal que dure sempre
nem mal que nunca acabe"
isso dirá quem tal sente
ou aquele que nada sabe.












segunda-feira, 6 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Todo o idoso teve uma arte
Ganha pão do seu sustento
Onde estiver, em qualquer parte
Se ocupe. Preencha o tempo.

EM LUAR DE MINGUANTE

Navegando
sob luar de minguante
e sentir em nós a poesia,
não será dádiva do acaso.
Acontece,
porque o Tejo com sua magia
é oferta aproveitada
por aqueles que tanto sabem
e tal saber, o oferecem
em salvas prateadas de fantasia!

Recordando, "Poesia, um dia"

TROCADILHO

Isto do Banco Novo
Ou Novo Banco, pressupõe
Ser como a história do ovo:
"Branco é, galinha o põe"!

Aquilo não ata nem desata.
Ninguém se entende, afinal.
E quando a panela se destapa,
O "guizado" coze mal!
Sem a salvação de S.Bento,
Foram ao armazém dos Cunhas
Buscar a bóia do salvamento.
Veremos o que sai da "salganhada".
Ou cria bons frutos, ou nada!
É uma questão de ter unhas!

IMAGEM OUTONAL

Outono.
Deus é o seu dono.
Pintado de belas cores
lembra ternos amores,
cálidos, suaves, repousantes...
Antes
ao sol tórrido de Agosto,
uma vivida paixão
de efémera ocasião,
só trouxe desgosto.
No outono,
tem outro sabor,
o próprio sono.

POETA BEIRÃO

Sentado em tropeça 
beirã
escrevo o verso
tão simples como eu.
Desejo dizê-lo
e ninguém me escuta.
Assim, tão natural
como nasceu,
em mim que a criei,
uma poesia morreu!

PESCADORES DO RIO TEJO

EM VILA VELHA DE RÓDÃO

"Picareto", por nome tinha
e navegava no Tejo
à pesca da tainha
e do barbo, no ensejo.
Era barca familiar 
na faina feita a par.
Remava, a Ti Guiomar
com o Ti João a lançar,
a tarrafa envolvente.
Era assim, a pesca artesanal
feita pela nossa gente.
Modos de vida, em Portugal!

domingo, 5 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Sopas de peixe do rio
E um copo de "taimeiro"
Até canto ao desafio.
Venha de lá o primeiro!

POR FALAR DE PEIXADAS...

Ficai-vos com esta certeza:
Tiveram seu início no Ocreza,
As tão faladas "sopas de peixe".
Era menino e recordo, ao tempo,
Que aliviando labor a contento,
Não haverá quem se queixe!

Os barbos eram apanhados à mão
Por homens de bom pulmão.
Mergulhando, os tiravam da toca.
Logo a fogueira se fazia
E enquanto a água fervia
Já se pedia a "paparoca".

Criada depois, a grande peixada.
Esta já feita na tapada.
Reunia, naturais e visitantes
Vindos expressamente à festa.
De tal, uma imagem nos resta:
Fotografia de participantes.

(Está patente no Centro de Sarnadinha
Ideia que advogo como minha)

Agora, é o "Festival das Sopas".
O mesmo efeito, com "outras roupas",
Ao nível da nossa Autarquia,
Em segunda edição esta ano.
A esperamos desejando sem dano,
Com bons sabores e alegria!

´É no preservar das tradições
Que "damos cartas", nós os beirões!

Por antecipação, em Setembro, 2014

ENJOO

Abraços, beijos, sorrisos largos,
Bandeiras ao alto nos comícios.
É o Carnaval dos filiados
Que têm na política, seus vícios.

Palanque com líder empolgado
Profere o blá blá costumeiro,
Repetido em qualquer lado,
Hoje, amanhã, o ano inteiro!

E é, com palavras tolas
Que pretendem ir além?
Também cantam bem as rolas
Mas não convencem ninguém!

PASSO LENTO, À VONTADE

Com passo lento, devagarinho
Cá vou seguindo o meu caminho.
Lá chegarei sem pressa.
Um tanto mais tarde talvez.
Mas alcançarei a minha vez.
Atropelos? Ninguém os peça!

PÔR DO DO SOL

Contemplando um rosado poente
em tarde cálida de Setembro,
deslizava o Tejo na corrente
e a lua se anunciava no seu alto,
quando os meus olhos fixaram,
aquela majestade das "Portas"
e deslumbrados em sobressalto,
por lá ficaram!...

Portas de Ródão, Setembro 2014

VISITA A VALE DO COBRÃO

Esta aldeia vive com a felicidade.
Em feliz atitude na verdade,
Senhora de fino trato
Aqui quis ficar numa boa hora
E nesta morada, onde a paz mora,
Ela cumpre o seu desiderato.

Artista de labor artesanal
Expressa sensibilidade natural
Em obras que inspiração sugere.
Ao vê-las, não ficamos indiferentes..
São peças dignas de presentes
Quer se dão a uma mulher.

Não é nossa esta notável Artista.
Mas por todos, tão bem vista,
Até apetece proclamar:
"Felicity"em Portugal, portuguesa!
Connosco viverás nessa certeza.
Nacionalidade é onde queremos estar!

Bem-vinda sejas.
Fica connosco, se tal desejas.

Vale do Cobrão, 19 de Setembro 2014

UMA NO CRATO OUTRA NA CRIATURA

O Ministério da Educação
No todo, sem excepção
Deveria ser demitido.
Nunca se viu nada assim.
Andam todos em frenesim,
Tresmalhados, sem sentido.

O professor, desorientado,
Com tal caótico estado,
Deita as mãos à cabeça.
Desconhecendo o futuro
Que se apresenta escuro,
Não vê bem que aconteça.

E o desnorte continua,
Ninguém é mandado prá rua!

POESIA

Poesia, metáfora com nome
de pássaro multicor.
Uma fome
de raiva e de amor.
Voa em bando
no pensamento
sem obedecer a mando.
Abstracta, ligeira,
sentir profundo
em magia
que tem a idade do Mundo.

sábado, 4 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Nasci perto de Ródão
Mas fui casar em Lisboa
Nestas coisas, o coração
Traça o destino à pessoa.

SER IDOSO

Ser idoso não pressupõe
A inacção por consequência.
Haja a visão que se impõe.
Usar de boa inteligência.

Todo o idoso teve uma arte
Como ganha pão do sustento.
Onde estivar, em qualquer parte
Se ocupe, preencha o tempo.

Jardineiro, trate do jardim
Os há aí ao abandono.
"Carpinteirar"será bom fim
A quem tiver disso abono.

E assim por diante...
Dêem dignidade ao idoso.
Não usem o péssimo desplante
Do alheamento faltoso.

Governo e Poder Autárquico
Juntos aos privados mecenas
Provem de modo prático
Que não têm almas pequenas!



LADAINHA DOS AIS

Não consto dos manuais
Nem me referem nos jornais.
Falta-me  o sinal mais 
Para ser eleito um dos tais.
Fazendo parte dos jograis
Não me queixo com meus ais
Mas porque tão mal me tratais
No retrato, feios ficais!

SE TAL ACONTECER

Quando se referirem a mim
Que não sou nenhum doutor
Digam apenas assim:
Aquele honesto senhor...

Será o meu melhor título.
Na história de certos letrados
Há um vergonhoso capítulo
Que os deixa pouco honrados.

Honrai pois a pequenez
Sem mácula nos seus feitos
Do homem comum português
Por Deus, um dos eleitos.

AS QUATRO FASES DA LUA

Estava a lua no minguante
Quando te fui namorar
A partir desse instante
Nunca mais te quis deixar.

A lua nova nasce agora
Iniciando a sua presença
Nunca falta à sua hora
Mantém claridade intensa.

Ia a lua no crescente
Quando te vi a passar
Até fiquei doente
Com o teu lindo olhar.

Lua cheia redondinha
Vaidosa de tanta luz
Queria que fosse minha
Porque muito me seduz.

AO TEMPO...

Era eu ainda um menino
E já brincava neste rio.
Comigo, o avô Firmino
Que tinha nele o desafio.

Dominar a água brava
Que a corrente trazia
E ele, com jeito a levava,
A realizar o seu dia.

Moer  sementes da terra,
As do trigo e as do centeio,
Práticas que o presente encerra.
Hoje, já só existe devaneio.

Do que era moer o pão,
Alimento por Deus criado.
Comia-se, após breve oração,
Com graças por tê-lo alcançado. 



Aqui brincava aos meninos
Nas margens, junça abundante.
Meus brinquedos, rãs e sapinhos
No seu debandar saltitante.

Agora, o Tejo está diferente.
Aprisionado entre barragens
Mais calmo, até indolente
No beijar das suas margens.

É cantado por ilustres senhores
Em jeito e modos de poesias.
Mas a ele, verdadeiros amores,
Os dou eu, desde tais dias!

Os dias da minha infância.
Já tão longe no tempo
Mas não na distância.
Pois o recordo, ao momento.




     







sexta-feira, 3 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Poeta do simples verso?
Tal serei e sem alarde
O que sinto, assim expresso
Na minha simplicidade.

TO, FELICITY TOWNSEND

Com tantos anos de vida
E nunca vim ao Vale.
Oportunidade ora conseguida,
Em visita a senhora genial.

Aqui se fixou, encantada
Pelas gentes e tranquilidade.
Vale do Cobrão, nova morada
Para a dupla nacionalidade.

Não cometemos a indiscrição
De lhe perguntar, porque veio?
Fora da nossa tradição,
Usar expediente tão feio.

Mas se está, fique com Deus!
Também com as nossas gentes.
Nesta aldeia, será um dos seus
E todos viverão contentes!

Vale do Cobrão, Setembro 2014



Vale do 

LUA QUE NAMORAS O RIO

Tão minguante vens ó lua!
Nem "alumias" a minha rua,
"Tan menos" as águas do Tejo.
Bem melhor cheia ou nova
Para me inspirar em boa trova
Que falha, pois mal te vejo!

Faz um ano vinhas bem cheia
Com mais luz que bela candeia.
Neste mesmo Tejo, o "nosso rio"
Enaltecemos a tua magia
No tal momento, "Poesia, um dia",
Com muito empenho e algum brio.

VIAJANTE

Nasci em Sarnadinha
A Lisboa fui crescer
Com a vontade que tinha
De o Mundo conhecer.

E assim por lá andei
Palmilhando bastas léguas
Mas por fim sempre voltei
O corpo pedia tréguas.

Porque muito conheci
Terras e diversa gente
A aldeia onde nasci
É como que uma semente.

Germina dentro de nós
Ás origens o chamamento
À terra de nossos avós
No passado antigo tempo.

Agora mudados os tempos
Ficou a grande vontade
Contrariando maus ventos
Lá irei matar a saudade-



A NOSSA VILA

De velha já não tem nada
Estás mais bem remoçada
Pelo trabalho dos teus.
De Ródão, o sobrenome
E quem do Tejo te assome
Bem pode dar graças a Deus!

ADEUS ALDEIA

Daqui sai ao ser levado
Por meu pai e minha mãe
para bem longe e bom lado

Na procura de melhor bem.

Corri mundos bem distantes
Sem nunca esquecer a nascença
E hoje tal como d'antes
Sarnadinha és minha pertença.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Com a béca esfarrapada,
Sem fiel, a medidora balança,
Embotada, a punidora espada,
É esta, a Justiça da mudança?!

"POESIA, UM DIA"

... também na noite!

Está a lua no minguante
neste preciso instante
em que dizemos poesia.
É pena! Gostaríamos vê-la cheia.
Aumentaria a nossa veia,
teria o rio, mais magia!

Mas cá estamos, sabendo estar
em águas calmas e ao luar,
irmanados por comum desejo:
Elevar esta terra e suas gentes
e todos unidos, bem contentes,
Ouvindo os murmúrios do Tejo!...

Permitam que me afoite
e diga, "Poesia, um dia", 
também à noite!

FLOR NATIVA

Esteva nativa
nascida entre xistos
da terra pobre
mas tão nossa,
és flor d'encanto
que a seu tempo,
alegras as vistas
e "nevas" o campo.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

QUADRA DO DIA

Sou feliz, assim idoso
Porque com esta idade
Vivi muito e com gozo
Mantendo, a validade.

REGRESSO Á MUSA

Terminadas as belas férias
Retomamos o nosso fim
Rimando as coisas sérias
Outras, nem tanto assim.
Vos contarei,
o que fiz e por onde andei.