Não quero subir
Acima da chinela.
Receio poder cair
No eleio, na esparrela;
Não quero ver além
Do que minha vista alcança.
Sentir depois, o desdém
Ou chorar como criança;
Não quero andar mais
Do que a distância do meu passo,
Mal de tantos mortais.
Da tentação, me desfaço;
Não quero querer alguém,
Acima da minha condição.
Pelo dinheiro que tem.
Antes, pelo seu bom coração;
Não quero, desprezar o semelhante,
Mas sim, ajudá-lo na pobreza.
Se errado, "cavaleiro andante",
Iluminar-lhe, a mente, na certeza;
Não quero ver maltratar,
Idosos e crianças indefesas,
Cães abandonados, a uivar,
Caninos sinais de tritezas;
Não quero que se perca,
Neste mundo onde vivemos,
A virtude, única e certa,
De gastar, só o que temos;
Não quero, isso não quero,
Na conjugação, odiar
Seja quem for e, espero...
Sim, espero! Saber continuar a amar!
Não quero...
Poderia prosseguir, infinitamente.
Espero...
Me compreendam, sinceramente!
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