Trazem, água no bico;
São negros como breu;
Num jeito, bem saltarico,
Os "melros" que a vida deu.
Esperteza, acima da média,
"Comem tudo, não deixam nada"
Frase antiga, d'Enciclopédia,
Dessa praga, malfadada.
São muitos, vivem aos pares,
Comparsas, na roubalheira,
Da melhor fruta dos pomares:
Cerejas, das cerejeiras!
Deixam apenas o caroço
Para os tristes donos,
A que resta só o osso!
Tão parvos que nós somos!...
À caça, antes interdita,
Veio agora a revogação;
Pontaria, bem expedita,
É pois, a nossa solução.
Acabar com essa praga
Que nos dá cabo da "horta";
Bando de vida regrada
E nós, com ela bem torta!
Se entenda por melro, qualquer
passarão que a todos incomada;
Ou não?
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