quarta-feira, 31 de outubro de 2012

NA AUSÊNCIA...

A cumprir uma tradição
Vou ali, à minha aldeia.
Volto breve; e aqui estão
Hoje, "Quadras à Mão Cheia"!

És como vinho decantado
De boa cepa e colheita
Deixas-me embriagado
De vontade contrafeita.

Se fores ao mar tem cautela
Ao leme da tua traineira
Na onda que a leva a ela
Irás tu de igual maneira.

Em dia de chuva, cinzento
Fico em casa sossegado
Não calo o meu desalento
P'lo contratempo forçado.

Nada nem ninguém
Deve abusar do Poder
Porque se o mesmo detém
Lhe compete bem-fazer.

As mentiras dos políticos
Poderão ser avaliadas?
Não, em estudos analíticos
Quanto mais com tabuadas.

O nada fazer no tempo
Não é do meu Evangelho
Realizo bem a contento
Esquecendo que sou velho-

Como é possível viver
Sem vida programada?
De todo se desconhecer
Qual o valor da mesada?

Nasci pobre; remediei-me
À custa de muito esforço
Por acreditar condenei-me
A viver com pele e osso.

Vestir do bom e caro
Comer do que nos sobre
Conceito assaz raro
Visão de quem é pobre.

Retorno a Balneário Municipal
Refeições na "Sopa do Sidónio"
O "filme" passa em Portugal
Intérprete o cidadão anónimo.

Regressei à minha aldeia
Lá fui "lavar a alma"
Recordações à mão cheia
Numa paz que me acalma. 



QUADRA DO DIA


Como trabalhador, descontei.
Reformado com meus direitos,
A que propósito, com que Lei,
Me roubam, estes sujeitos?

COMO?

Como julgar,
Um bando de ladrões
Por roubar,
A grosso, em cifrões,
Cidadãos cumpridores,
Alvos da estupidez alheia?
Uns "aselhas" caçadores,
Na sua inútil panaceia?

CAMISA DE 7 VARAS?

SEGURAMENTE,
Não sabem nada de nada!
Desde sempre,
A "camisa tem 11 varas"!
Fique ciente!...
Oh, sabedoria! Onde paras?

NÃO É BONITO

O senhor primeiro-ministro,
Porta-se como um rapazinho.
Desculpe dizer-lhe isto:
Evite, o seu sorriso escarninho,

Quando, em Assembleia,
Ouve as críticas, em cadeia!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

QUADRA DO DIA

Errar, é próprio do Homem.
Repetir erro, é burrice.
Todas as cautelas se tomem
Evitando, tal chatice.

CONTABILIDADE

No Deve/Haver
Deste Governo,
Há um parecer
E o seu termo.

Há quem deva
E não pague!
O saldo não chega.
Política, alarve!

Tirar é fácil,
Menos trabalhoso.
Romper o retráctil?
Recusa de merdoso.

Sempre em festa!
Os mesmos bombos,
Da grande orquestra,
"A Vida aos Tombos"!


APAGÃO

Quando qualquer cidadão,
É detentor de um serviço
E, por qualquer razão
Se lho tira, sem juízo,

Há que repor o legado.
Dar ao cidadão, o mesmo
Que lhe foi retirado,
"A Lagardère,...a esmo!

Estou falando de quê?
Do tão reles, T.D.T.!

O PRIMEIRO BEIJO

Beijá-mo-nos,
quando ambos
ainda não sabíamos
como fazê-lo.
Recordas?
Esse beijo, ainda hoje,
não consigo esquecê-lo!

INFINITO

Como será o infinito?
Talvez,...um frio não descrito,
Ou algo luminoso, deslumbrante
Que ninguém viu, por inexistente?
Lugar morno? Terrível de quente,
Onde te imagino, neste instante?

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUADRA DO DIA

Ao idoso, se associa doença.
Quem tal não vê, é burro!
Tirar-lhe, o pouco da pertença,
Pode gerar, "cheiro a esturro"!

"REFUNDAR" A CONSTITUIÇÃO

Afinal, a quem serve,
A actual Constituição?
Venha a melhor verve
Explicar-me, com razão.

Tenho a minha.
A dou de mão beijada,
Limpa, "sem espinha":
É ópera mal cantada!

Feita ao jeito e maneira,
De quem dela se serve.
Seria, mais verdadeira
Se ao serviço da plebe.

Daí, a repugnância
Dos "mandões", em geral
De lhe mudar a substância
Que lhes daria algum mal.

Mal que ora, é todo nosso
E assim, neste tom:
"P'ra nós, só o osso;
É deles, o bem bom"!

A VERDADE DA LÁGRIMA

Na lágrima
de uma criança
se encontra a Verdade!
Na do velho,
perdida a espr'ança,
já lá mora a Saudade!

TO BE OR NOT TO BE

Deixem-me ser como sou.
Poder caminhar num trilho,
Por mim criado, e onde vou,
Guiado pelo meu próprio brilho.

Não me maçem! O que faço,
É por gosto pessoal, independente.
Em frente, sem trocar o passo,
Sem louros nem ganhos mas contente.

Sou "produto" de baixo custo.
Papel e pena me completam.
Mente privilegiada, sem susto,
Onde mil poemas vegetam.

E esses, colho e transformo,
Com o meu "temperamento".
Muito ácidos alguns torno.
Outros, com pinceladas de lamento!

domingo, 28 de outubro de 2012

QUADRA DO DIA

São duas palavras pequenas
Mas ambas nos soam bem
Pois com três letras apenas
Nós escrevemos, Pai e Mãe!

DIFERENÇA DE CLASSES

No passado, as diferenças
Se pautavam pelas nascenças,
Do berço que nos aninhou.
Se compreendiam e aceitavam.
As éticas assim ordenavam,
Neste Mundo que Deus criou.

Cada um no seu parâmetro,
Medida d'altura ou diâmetro,
Seguiu, destino e carreira.
Hoje, ultrapassados os anos,
Juntos nos confinamos,
À mesma velhice da canseira.

Nesta base, somos iguais!
Esquece pois, os teus mais.
Agora, supranumerários
A quem desejam ver"partir",
Como se tal eu fosse permitir,
No aceitar, tal "conto de vigário"!...



Tão LONGE NA DISTÂNCIA

O mar se prolongava
no céu todo de azul
como se o céu fosse mar 
e o mar, céu fosse.
Nessa imensidão, 
tão triste me senti!...
Só porque estavas longe
e eu, tão longe de ti!

BENÇÃO

Levanto as mãos aos céus,
Agradecendo a vida a Deus.
Descendo à Terra, medito,
Na mulher que Ele me deu.
E do tanto que é meu,
Julgo-me, um ser bendito!

CONTRADIÇÃO

Maldita, tal contradição!
Esta promissora geração
Que investiu em si, no saber,
É hoje, regimento sem emprego.
Tanto desgosto, desassossego,
Em falsa alegria de viver!

sábado, 27 de outubro de 2012

QUADRA DO DIA

Se já estamos endividados
E a Economia não cresce
Não precisamos ser doutorados
Para prever, o que acontece.

OS SEM VERGONHA

A vergonha que não sente,
Igual à de quem o consente
Revela o lodo onde chapinham,
Os "compadres"da política.
No mesmo ninho, onde nidifica,
O ovo que depois cozinham!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

CANTILENA DA DESGRAÇA

Quanta mais animosidade
terei de sentir
para com toda a validade
vos mandar
ao sítio que os viu parir?
De quem falo? De todos!
E são imensos,
a varrer, a rodos
sem vacilar!
Vós, causadores de lamentos.
Grevistas selváticos
no prejudicar,
guiados por dirigentes erráticos
em má ordenança,
corroendo, a fraca Economia,
roubando, Esperança!
Políticos do baixo saber
para além
do que gostam de "comer"
no tacho bem farto,
temperado e bem
com o que nos tiram do prato!
Advogados do diabo
com "ele" feitos
para extorquir, ao "nabo"
ou proteger, o senhor influente
com malabarismos e jeitos
tão próprios de mafiosa gente.
É toda uma seita,
clã ou movimento
que aos expedientes, a mão deita
numa corrosão
sem antídoto que valha,
na tamanha confusão!
E os pobres penando.
Também os desempregados,
na mesma roda, girando!
Roda da desgraça
onde volteiam os reformados,
nesta vergonha que não passa!
Haja Justiça Divina!
A terrena está morta.
Alguém que dê melhor sina
e nos mude o fadário,
de maldita "cêpa torta",
em caminho de penoso Calvário!

DEUS NOS LIVRE

A "Santa Inquisição"
Que impera nas Finanças
Ultrapassa a Razão.
Cerceia, as nossas esp'ranças.

Me sinto, "todo cortado"
Por tantas medidas dolosas,
Neste triste e longo fado
Cantado em trovas manhosas.

Há crise! Ninguém contesta.
Mas todo o mal se resolve.
Só com dois dedos de testa,
A lucidez se promove.

"Desbastar", de cima a baixo,
Aos mesmos, tristes e pobres?
Não apoio! Nem encaixo!
Já só temos, escassos cobres!

QUADRA DO DIA

Noticiários requentados
E telenovelas com fartura
Assim ficaremos formados
Com base de vasta Cultura,

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

TRABALHO, JÁ!

Insisto, refilo, repito!
Todos têm de "dar o litro"!
Sem trabalho, não há maneira!
Como sobreviver, estando parado?
Um País, assim pasmado,
Nem merece ter Bandeira!

Condição única e urgente:
Promover emprego à nossa gente.
Deixem-se lá de fantasias!
Inventem, ultrapassando danos.
É para isso que vos pagamos,
Nós todos, os Manéis e as Marias!

O MAU TIMONEIRO

"Não há margem de manobra"!
Só um péssimo timoneiro,
Põe os seus rudimentos à prova,
Na navegação do "nosso veleiro".

Haver há, piloto de bordo!
Basta querer e tê-la no bojo!
É só desfazer o mau acordo!
Acabar, com tal política de nojo!

Da ponte, inverta a marcha.
À ré, com toda a potência.
Que paguem, avultada taxa,
Quem ganha, além da decência!

E A COIMA?

Quando a excelência peca
E reconhece a sua culpa
Se desfaz, logo da beca
E demitindo-se, se indulta.

Pronto! Resolvido o problema!
Isso é aqui, no"reino da Alice"!
Noutro lugar, com melhor sistema,
Não se desfazia, assim da chatice!

Pagar os prejuízos causados,
Com "língua de palmo e meio"!
Seriam bem melhor aconselhados.
No futuro, ... outro remedeio.

QUADRA DO DIA

A loucura atinge o Governo
É louco quem assim pensa
No roubar - é este o termo -
Aos idosos a escassa tença.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DEUS O TENHA

Hoje, chamado por Deus,
Um homem bom, subiu aos céus
Para ocupar lugar dos eleitos.
Viveu simples! Assim nos deixou!
No muito que laborou,
Fica a recordação dos feitos.

Muitos foram e desinteressados,
Tão boamente prestados,
Num conceito de comunidade.
Nesta verdade que o dizer encerra,
O,.......rezará por nós, cá na terra.
Deus no céu, lhe fará a vontade!

RECADOS VIA FACEBOOK

Presidente modernaço,
Da República e bem nosso,
Navega, sem qualquer embaraço,
No Facebook, como um moço.

Mas, cuidado com a net.
Podem surgir as surpresas!
Veja bem onde se mete,
Com as políticas portuguesas.

Diga-me cá! Será que fica bem,
A tão elevada figura,
Assemelhar-se a alguém,
Assim,...tão simples criatura?

Quantos Presidentes mais,
Neste Mundo da modernidade,
Escreverão os seus "editais"
Para esclarecer, a realidade?

Atenção, Senhor Presidente!
Lho digo nesta resenha:
Existe perigo, presente
Se acaso, esquecer a senha!

VAIDADES

No "reino da fantasia",
Onde impera a hipocrisia
Todos se julgam doutores.
"Arrotam postas de pescada",
Os que, não valendo nada
Se arvoram, conhecedores.

QUADRA DO DIA


"Pare, Escute e Olhe!
A desgraça, vai a passar.
Quem má fruta colhe
Bem pouco irá ganhar.

UM BOM PROPÓSITO

Um dia, por bem pensar,
Lancei versos à rua.
Ninguém os quis apanhar.
A Poesia ficou nua.

Não lhes deu cobertura,
Aquela "pobre" gente!...
Só tem à sua altura,
O que come, mas não sente.

Ficaram assim, tão pobres,
Como já foram seus passados.
No presente, eram bem nobres,
Os propósitos, apresentados.

Acreditem! Não me queixo.
A cada um, seu prazer!
Mas a verdade vos deixo:
Não merecem, bem-querer!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

QUADRA DO DIA (E OUTRAS)

Sana a tua preguiça
Lança à terra o grão
Agarra firme a rabiça
Amanhã terás o pão.


Por tanto gostar da vida
É raro pensar na morte
Vai longa a minha corrida
E sempre contra a má sorte

Feito à imagem do Homem
Se Cristo voltasse à Terra
Não por herege me tomem
Mas haveria outra guerra

Deus deu ao Homem
A força do Querer
Tal desígnio o tomem
Os que queiram vencer

Deus deu ao Homem
Ensinamentos do Valor
Tal lição bem a tomem
Os que ouvem o Senhor

Deus deu ao homem
Os sentidos da Caridade
Todos eles se tomem
Sem esquecer a Bondade



SE MUDE

Às escutas, se deveria mudar o nome
Porque é certo, em verdade se tome,
Ninguém as ouve por aqui.
À mesmas, se lhes chame, "ocultações"
Pois na verdade, os figurões,
Bem se escondem, por aí!...

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

QUADRA DO DIA

"Pare, Escute e Olhe".
A desgraça vai a passar!
Quem má fruta colhe,
Bem pouco irá ganhar!

TADINHO!...

Novas do senhor deputado~
Que foi Secretário de Estado
E chora a sua desdita.
Com rendimentos milionários,
Acha a sua vida, de calvários
Porque não lhe chega, a "guita"!

Média de oito mil, por mês,
É quanto embolsou o burguês,
Ao longo de onze anos.
O identifico, como P.C,
Não sendo do tal...qual quê?!
É apenas, um dos...fulanos!

C.M. - 22.10.2012
´Vidé, "Lamentos de Rico"
que fala do mesmo senhor.


SE MUDE

Às "escutas", de deveria mudar nome.
Porque é certo, a verdade se tome,
Ninguém as ouve por aqui.
À mesmas, se lhes chame, "ocultações",
Pois na verdade, os figurões,
Bem se escondem por aí!...

EM DEFESA DOS REFORMADOS

De Espanha,...bons exemplos!
Aqui, tratados como jumentos.
Na albarda, nos carregam impostos,
Apertada a cilha, das reduções,
Roubam-nos todas as ilusões,
Da vida, nos bons pressupostos.

Para ser governante, a sério,
Há que manter justo critério
De selecionar com sensibilidade,
Onde e quando ir "ao saque".
Desejando que bem nos trate.
Já tudo demos à sociedade!

ESCUTAS

Se diz, "quem não deve não teme"!
Muito bem, primeiro-ministro.
Como homem que segue ao leme,
Desfaça, o plano sinistro.

E, imponha a igualdade!
Se pode mesmo ser escutado
Que se use a validade
E ouçamos, "O Exilado"! 

domingo, 21 de outubro de 2012

AS VERDADES DEVEM SER DITAS

O Governo português é mais papista que o papa e só faz asneiras, todo o tempo, - Mário Soares

É verdade, senhor doutor.
Isso causa grande dor!
Mas saiba, e nós sabemos,
O que fez no seu "reinado".
Portanto, esteja calado
Ou então, fale menos!

É BOM ESTAR VIVO

Como pode alguém,
sentir-se infeliz,
estando vivo?
A vida, sabêmo-lo, é perigo!
Mas os mortos
não respiram,
nem veem, a luz do sol!

CONSULTAS E...MAIS GASTOS

"Governo gasta 80 milhões em estudos"
C.M. - 21.10.2012

Paraceres, projectos, consultadorias...
Alguém se "enche", nas suas valias.
Já o Governo, porque de inaptos,
Tem de dar a ganhar, ao externo
O que não sabe,...ó Deus Eterno!...
Se perdoe, a tantos mentecaptos!

QUADRA DO DIA

Seguramente, não custa nada
Tecer críticas ao lado mau.
A voz, bem melhor estar calada.
Já maça tal insistência, à "pica-pau"!

HOJE PORQUE ESCREVO?

Hoje, porque chove
fico em casa.
Não a meu gosto;
sou homem de rua.
Na "prisão" forçada,
algo me move,
o pensamento extravasa
e é remetido ao seu posto.
A verdade, nua e crua?
Escrever, a escolha acertada!

sábado, 20 de outubro de 2012

OS DINHEIROS DA CEE

Um combóio de dinheiro
Vindo, lá de Bruxelas,
Encheria o nosso mealheiro,
Prometendo vidas belas.

Mas das duas, uma:
O tal combóio descarrilou
E o caso assim se resuma:
O dinheiro, por aí ficou...

Ou então, ele sempre veio.
Descarregado no Rossio
Se, com ramais de permeio,
À meada, se perdeu o fio!

As faladas vidas belas,
Só a uns quantos, devidas,
Onde estão? Onde param elas?
Não foram bem repartidas!

Daí, chega uma conclusão.
Nem é preciso ser esperto.
Quem à "grana" deitou a mão
Anda por aí, encoberto.

Talvez nem tanto assim.
Pelo aspecto d'alguns,
Bem se vê que o "pilim",
Corresponde aos zum zuns!

Porém, a irmandade unida,
Não dá cavaco à sociedade.
Cada um come a sua medida,
Todos, escondem a verdade.

Para nos tapar as vistas,
Gastaram à portuguesa,
Em estradas, belas pistas
Que aumentam, as despesas.

Com os dinheiros da C.E.E.,
"eles", à grande! Pobre, o Zé!

QUADRA DO DIA

A pouca vergonha é tanta
Que sentimos muita vergonha
Da miséria que se implanta
Na vida que era risonha.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ERROS E FALHAS

O Autor deste blogue, não se considera um erudito.
Mero, "poeta-aprendiz-compulsivo", de todos os dias.
Comete erros, na transcrição; uns por desconhecimento
outros por falta de revisão. Me compreendam e desculpem
 Nesta linha, por notório erro, se corrija, em 11.10.2012,
o título, "I'm bless"; deve ler-se, claro, "I'm blessed"!
E outros erros, por aí...

O "MELGAS" JÁ NÃO HIBERNA

A culpa não é do "bicho".
É de quem lhe dá ensejo,
De poder sair do lixo
E nos provocar bocejo.

Quem, neste rincão atura,
Os modos e a palavra
De tão falsa criatura?
Dali, nunca virá boa lavra!

E que estranho (?) compadrio,
O une aos nossos "maiorais"?
Pelas broncas, perdeu o pio.
Agora, já fala demais!

É vê-lo, de novo impante,
Naquele sorriso "da Malveira",
Fixando as câmaras, importante,
Na sua grotesca maneira!...

CORTES SEM COSTURA

Dos "cortes", vindos agora a terreiro,
No género, "descasca pessegueiro",
Não ferem a todos, afinal!
Os Partidos, adicionam 45 milhões.
Dinheiros, a sustentar os figurões
Que enxameiam, o todo nacional.

Até a Presidência, aumenta 100 mil!
Tudo à grande; tudo "baril"!...
Poderia ser d'outra maneira?
Neste País das excepções,
Há sempre uns certos "senões",
Conforme o ralo da peneira!

A MINHA PROCURA

Procuro o ser sublime.
Liberto do que me oprime,
Ter pensamentos puros de criança.
Ser tolerante e todos aceitar,
Como o são, no ser e estar
Sem a mínima desconfiança.

Não sendo bondoso, ter bondade
Para quem dela precise, em verdade.
Dos haveres, parte poder dispor,
Em favor dos mais necessitados.
Cuidar, de quem carece de cuidados
E, sobretudo, distribuir amor.

A todos! Amor desinteressado,
Mesmo que não seja amado
E essa verdade me doa.
Dar muito e pouco receber.
Ensinar a quem queira aprender,
Ser como Deus, que tudo perdoa!

CALDEIRADA À POETA

É poesia de caldeirada
Esta, a que cozinho e sirvo.
Não rica mas variada
Que espero lançar em livro.

Tem muito "peixe miúdo".
Também, alguma sardinha,
Sem esquecer, "peixe graúdo",
O mais gasto na cozinha.

Imprescidível, o mexilhão.
Afinal, o mais lixado,
De todos quantos são,
Portigueses de mau grado.

Uma tachada enorme!
Porque a chama sempre acesa
E a imaginação, não dorme,
São garantes, desta certeza.

Por vezes, é forte o têmpero,
Com muito sal e pimenta.
Chega a ser de desespêro,
Esta fome, da tormenta.

É pois, muito variada:
Sonetos, Quadras e Sextilhas.
Pouca métrica, mal amanhada...
Resumindo, com muitas espinhas!

Servida aos nossos políticos,
Talvez lhes cause indisgestão.
Mas prato dos mais típicos,
Servidos, cá nesta Nação!

Acompanhar com um bom vinho branco,
que nos faça esquecer, o desencanto!

NO OUTRO LADO

Do outro lado da Avenida,
Mora o Poder instalado.
Incongruências da vida,
Quando tudo está errado.

Pois foi aqui, neste lado
Que a História se escreveu.
Para quem não esteja lembrado,
A todos, vos lembro eu:

Zarparam as caravelas,
Com elas a Fé na conquista.
No desfraldar, latinas velas,
Se desfaz, quanto resista!

E se venceu, "O Tenebroso".
No regresso, o feito heróico.
Portugal, tão grandioso,
À força de valor estóico!

Mais tarde, nova bravata.
Simbólico, aquele aeroplano.
Dois aviadores, a fina nata,
Atravessaram, o oceano.

Que outros exemplos mais?
Para descrever os feitos,
Nesta terra de Cabrais,
Com tantos filhos eleitos?

De repente, o Mundo mudou.
180 graus de viração.
O sonho, os louros, tudo acabou,
Esfrangalhando uma Nação

Se tranferiu, o Poder.
Além, mora a Presidência.
É República no seu dizer.
Não melhorou, a consequência.

Na reposição, a boa medida
Se deveria tomar em conta.
Deste lado da Avenida,
Mora o brio, sem afronta!

Seja pois, só deste lado,
O cerimonial, quando devido,
Na homenagem, ao Soldado,
Ou outro facto, ocorrido!

BRINCADEIRAS

A um ingénuo rapazêlho,
Deram um dia, um brinquedo
E ele, em cima do joelho,
Se pôs a mexer; não ficou quedo!

Tanto brincou, o desastrado
Que estragou o seu encanto.
A peça, se chamava Estado.
O menino ficou em pranto.

Há brinquedos, nem a sonhar
Se devem oferecer a miúdos,
Pois só sabem estragar,
O que compete, a graúdos!

Isto até parece fábula!
Ou será...que é rábula?!

TIRA NÓDOAS

Às nódoas de passado recente
Se acrescentam, de modo inerente,
Outras a somar ao castigo.
Presumo, com grande pena,
Quem tem a mente pequena,
Só vê, através do postigo!

SÓ À PAULADA

Da Islândia, o exemplo:
À maior recessão,

O equilíbrio a tempo,
Em exemplar equação.

Se é fácil copiar,
Tantos maus exemplos,
Porque não alterar,

Tão feios procedimentos?

Seguir, só o correcto,
Com planos ajustados.
Tudo quanto for dejecto,
Sejam logo arquivados.

Por cá, se faz o contrário.
O bom se torna mau,
O péssimo, é arbitário!
Todos a pedir "varapau"!

SUSTENTAR O ÓCIO?

Andamos a sustentar madraços.
Ganham, sem mexer os braços,
Ao abrigo da solidariedade.
Mas não haverá outa maneira,
Do que sentado na cadeira
E prestar serviço à sociedade?

Com tanto lixo a limpar,
Imenso desarrumo a melhorar...
Até poderiam aprender algo
Em causas publicas ou privadas,
Mantendo as remuneraçõe dadas,
Sem o actual viver de "fidalgo"!
Porque, estar no bom ripanço,
Com o corpinho no descanso
E receber beneféfica compensação,
Não dignifica um ser humano.
Me desculpem, se me engano
Ou se peco, por mau cristão.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SINAIS DE INTERROGAÇÃO

"...o senhor primeiro-ministro
é um homem que honra os com-
promissos assumidos..."
                          
                          Um Apaniguado

Sonhei ou tive pesadelo?
Quem assim falou, é camelo?
Será que terei ouvido mal?
Só honra mesmo, compromissos?
E as promessas, casos omissos?
As tais que ficaram sem aval?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

SÓ OS BURROS NÃO MUDAM

Sendo o repúdio total,
Só mesmo, néscio animal
Não modera os seus erros.
Nunca, um clamor assim visto!
Contra tal errado ministro
Que tem seus juízos pêrros

SIRVAM-SE DO SABER

Se reunam, os "homens bons",
As suas inteligências e dons
Para salvar, o nosso Portugal.
Ensinem quem não sabe,
A dirigir bem esta nave
Que navega em águas do mal.

Que esses velhos sábios,
Com os seus actuais astrolábios,
Dirijam voz a Bruxelas, a impor,
O que nem Governo nem a Troika,
Conseguiram, em luta "estóica":
Curar as feridas, eliminando a dor.

Explicar, à moda antiga, no papel,
Abdicando da contabilidade Excel
As contas, são bem fáceis de fazer.
Os motivos e os desmandos, à vista!
É só escolher quem lhes resista
E impor-se, pelo seu inegável saber!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ORÇAMENTO 2013

Anda o País em reboliço,
Pela leitura do Orçamento.
O dinheiro, levou sumiço
E anda mal, o "casamento".

Não há bom entendimento,
Entre os pares do Governo.
Divórcio, Direita/Centro?
Qual deles, é o estafermo?

Isso agora, não vem ao caso.
Ele, é muito mais bicudo.
Visto, em plano raso,
É tudo pela falta do escudo..

Houvera ele, como dantes
E a vida seria diferente.
Nesta condição de penantes,
Há que olhar em frente.

Maneira, apenas uma.
Deixêmo-nos de ideais puros.
Frontalmente, se assuma!
Renegociar, a taxa dos juros.

Tão certo como o Destino,
Não passaremos da cêpa torta
Se continuarem no desatino
Que não abre nenhuma porta.

Ainda, uma outra batalha:
Venha um juíz dos tais!...
Que incrimine, a canalha,
Ladrões de muitos cabedais!

Se, com provas, condenados.
Lhes confisquem todos os bens.
Respiraremos, enfim, aliviados,
Repetindo em coro, Àmens!

ACIMA DAS POSSIBILIDADES

Para quem viveu
Vida sempre igual
Gastando, do seu
Sem meter um vale,

Ouvir tanta vileza,
Dá vontade de gritar!
Acima de que riqueza,
Vivi, no meu lugar?

Abaixo, isso é certo,
Dos outros da Europa.
Mesmo um não esperto,
Esta verdade, bem topa!

ILUSTRES (?)

Não sejam assim, tacanhos tótós
Em caravana, nos vossos pópós!...
Mantenham, distância considerável.
Quem não os vê, não sente tanto.
Será menor, o nosso pranto,
Face a conduta, pouco louvável!

"FUNDIÇÕES", DERRETEM EUROS

Fundação Soares,
recebe 1,8 milhões,...
C.M.-15.10.2012

"...a fundação assume o compromisso,
já assumido antes, de recolher e tratar
os documentos públicos e privados, dos
países da comunidade,..."

Como pode,
um simples, de "andar aos papéis",
render tanto?
Um pobre
que vemos andar na recolha,
jamais conseguirá,
sem apoio, de "leis da rolha"
ou por falta de alvará,
atingir tão grande benesse,...
...e por tal, tanto padece!

REGRESSO DO "MELGAS"

O "Melgas", voltou ao ataque!
Venha de lá, o "Dum-Dum",
Antes que o insecto se destaque,
No seu horrível, zum-zum!...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

MODÉSTIA

DEEM-ME PAPEL
E CANETA.
ME BASTA!
O RESTO, É TRETA!
ESCREVER?...
...UM PRAZER!

OS RIDÍCULOS

É RIDÍCULO, PEDIR DESCULPAS,
ASSUMINDO RESPONSABILIDADES,
SABENDO QUE AS VOSSAS CULPAS

NÃO VOS TRAZEM PENALIDADES.

SEPULTADOS

O buraco é tão grande,
Tão profundo, em extensão
Que o desalento se espande
E ultrapassa, a razão!

Dimensão assim, anormal,
Onde caberá sempre mais um,
É o espelho de Portugal,
Com a sua, "vala comum"!

QUESTÃO DE MEDIDA

Posso dizer que sou feliz.
Não tendo, tudo o que quiz,
Bendigo a minha vida.
Andei perto do perigo
E do que tenho sofrido,
É pequena, a medida!

A QUEM SERVIR...

Estamos fartos de o ouvir.
Desejamos, vê-lo partir,
Tão longe o quanto baste.
Já deixou, a má marca.
Levando a carteira farta,
Será recordado, "O Traste"!

CONSULTA MÉDICA

Quando, pobre de mim, morrer,
Após sofrido sacrifício,
Uma coisa vos quero prometer,
Hei-de "levá-los no sítio"!

Me recuso a ser "capado".
Desse tal modo, nunca sarado.
Do mal de enfermidade
Que tiver de vir a sofrer,
Por inteiro, é o meu querer,
Ao repousar na eternidade!

PROTESTO DOS PODEROSOS

Quando, num carpir de fadários,
Veremos gestores e empresários,
Todos juntos em manifestação?
Seria mui digno de se ver
Que "eles" também estão a sofrer,
Mesmo não lhe faltando o "pão"!

O NOME É SÓ UM:ROUBO!

Sinto que sou roubado.
E pasme-se, pelo Estado!
Fui simplesmente, traído,
Por um Governo falido.
Confiei-lhe, o meu dinheiro
Para velhice em soalheiro
E a reforma é só inverno!
Do céu, desci ao inferno!

LAMENTO DE RICO

Um "pobre" senhor deputado
Que ganha, três mil ou mais,
Sente-se mal remunerado.
E vive, a expensas dos pais.

É certo que em mordomia,
Na sua mansão de Cascais.
Tal revelação me dá agonia,
Ao pensar, em certos mortais.

Nas tremendas desigualdades
Que distinguem as nossas gentes,
Ouvir destas animalidades,
Até causa,...dor de dentes!

domingo, 14 de outubro de 2012

VOTO INÚTIL

Ir às urnas, no momento,
Só me daria, desalento.
Me assalta, a duvida final:
Em quem deveria votar?
Se todos me iriam enganar,
Onde mora, o menos mal?

Uma só solução a tomar,
Poderia, quem sabe, resultar.
P'rá urna, todos os nomeados!
Final das guerras e disputas,
Qual degladiação de prostitutas.
E, sem honras, todos sepultados!

ENTRA MOSCA, OU...

Quando a Excelência aparece,
Inexpressivo, de boca aberta,
A minh'alma, toda estremece.
É agora! Vai dar o alerta!

Mas de imediato, a desilusão.
Só entrou, a inevitável mosca.
Continuamos sem bom sermão
E com a sua tosca função.

SOMAM E...SACAM

Fui, Público e Privado.
Hoje, um simples reformado
E nesta situação, sou roubado!
Uma vida inteira de descontos,
Arrebanhados por uns tontos
Que somam as duas situações.

Se no Público sou roubado,
Idem, idem, no Privado!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"MUITO RISO..."

Senhor primeiro-ministro, é feio,
O modo como enfrenta a oposição.
Nesse sorriso,...um tal devaneio,
Como sendo o dono da razão?

Seja humilde, senhor! Tenha classe;
Mantenha a distância; lhe compete!
Mesmo sentindo a raiva, disfarçe.
Um bom estadista, a tal se remete!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

I'M BLESS

Sou um ser abençoado,
Por Deus, o Criador
Porque, já muito "usado",
Ainda creio, no amor.

Amo, toda a Natureza,
O riso puro das crianças.
Creio, haver uma certeza,
Dádiva de mais espr'anças.

Amo, todos os meus
Que a família compõe.
E Cristãos, mais os ateus.
De si, cada um dispõe.

Amo, o sabor feito doce
Que o apetite provoca.
Mal seria se não fosse...
E o defeito que evoca.

Amo, o viver da vida,
Na minha já de lonjura.
Apesar da recta comprida,
Evitando a curva insegura.

Amo, o longe e o aqui.
Tudo o que se possa amar!
Amo-te, sobretudo a ti,
Desde sempre, o meu par!

A PROPÓSITO

Já classifiquei, IMI
O Imposto-Mais-Injusto.
Agora, pelo que li,
Ele será, "Grande Susto"!

REPAROS

DESPEDIMENTOS
Despedimentos, em massa.
Protestos, na Função Pública.
É a epidemia que grassa,
De forma brutal, impúdica!

E já evocam excepções,
À lista dos despedidos.
Quais, as boas razões,
No lote dos protegidos?

Chamados, "girls and boys",
O serão, na evidência.
Neste País, os guarda-sóis,
Não protegem, a inteligência.

Abrigam sim, os filiados,
Compadres, amigos, tantos mais...
Da famíla, até enteados,
Sem esquecer, os próprios pais.

Como numa lei de mecenato,
Dás teu apoio, incondicional
E terás garantido, bom prato,
Neste prolongado pantanal!

HAJA DECORO
Excelentíssima Governante,
Das tais privatizações.
Ainda há, quem nos espante,
Nas suas aparições.

Em Assembleia, reunida,
Vª.Exª.,tão indecorosa...
Como,...assim vestida,
Tal qualquer, Dona Rosa?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

MALIGNA INTELIGÊNCIA

A invulgar "inteligência"
Na descobrta de impostos,
Revela, a maledicência,
No promulgar dos pressupostos.

Essa mesma capacidade,
Usada, em bom Governo,
Nos daria prosperidade
Para além do meio termo.

É tão triste, reconhecer,
O não uso de boa mente
Para se tentar reerguer,
Um País que está "doente"!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

IGUALDADE E OUTROS CASOS

Os públicos e os privados,
Vão ser equiparados
Para a aposentação.
Não vem daí, mal ao Mundo!
O espanto mais profundo,
Mora nos "chulos"da Nação!

CAVERNA DO ALI-BÁBÁ

Somos, País de ladrões,
auxiliados por gatunos,
em parceria com "amigos do alheio",
a que se juntam, os mestres do "gamanço"!
De tanto roubo, quanto nos resta?
É de deitar as mãos à testa!

VERBO SACRIFICAR

Eu sacrifico
Tu sacrificas
Ele sacrifica
Nós sacrificamos
Vós sacrificais
"Eles"...vivem dos nossos sacrifícios! 

MALES DA IDADE

Registo patente das mazelas
no corpo,
pelo seu arrastado prolongamento.
Visíveis, alguns.
Escondidos mas sentidos, outros mais.
Sem lamentos, sem ais!
Se a vida é minha,
meu é também, o sofrimento!

SERÁ?

No tropel do Poder
que nos arrasta
para abismos e situações
não supostas;
a luz, tão prometida,
dum túnel
que nem escavado foi ainda...
Assim perdido em escuridão,
com a sede duma secura
nunca prevista!...
Será este, o meu viver
até ao fim?

NADA PROVOU

O senhor que foi Provedor,
Com "reinado" de seis anos,
Não acha, com desfavor,
Ter sido, um dos enganos?

Tantos os casos carismáticos,
Suspeitas, fraudes, corrupção,
Difícil, o deslindar? Enigmáticos,
Se ficaram, todos, pelo perdão!

Irá ser substituído, por senhora
Que esperamos de excelência.
Na nova função de Provedora,
Honre, a sua próxima residência.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

FACTOS & FIGURAS

DEBATES NA ASSEMBLEIA

Nos tempos, "da outra senhora"
Que se diz, ser de bafio
E merecedora de penhora,
Havia,...um certo brio!

Hoje, temos a era circense
Ou das touradas em redondel,
Próprias, de vulgar gente,
Pseudo políticos, de cordel!
NO PASSADO, RESPEITADOS;
AGORA, SÃO MAL-EDUCADOS.

MEA CULPA

Quando assumem responsabilidades,
As excelências, dizem verdades?
Se sabem, não advir castigo,
Redimirem-se, angélicamente,
Provam a índole de má gente
Que só olha o seu umbigo!


REBELDARIA

Taxa e sobretaxa, cresce
E a despesa não desce?
Imposto sobre imposto
O que me põe, mal disposto?
Ora, vão-se "lixar"!
Isto, tem de acabar!

NATALIDADE

A poesia, nasce em mim
E não destino um fim,
É forma de desembaraço;
Expontânea, crítica, de azedume.
Um atear de oportuno lume
Que só perde, por escasso!

domingo, 7 de outubro de 2012

VISÃO DE SÁBIOS

Alguém me fez pensar.
E se penso, logo existo!
É um caso para decifrar.
Dele, vos deixo registo:

O preço das portagens,
Por escandalosas de caras,
Não serão, malandragens
De mentes mórbidas e raras?

Ninguém as sustenta; se evitam,
Aumentando-lhes, a duração.
Os privados, nem hesitam,
P'ra lhe deitar a mão.

E quando tal acontecer,
Ganharam, de forma sabidona,
Vias rápidas do prazer,
Ao preço da "uva mijona"

Será? Não ser é questão.
Mas pela asna teimosia,
De não baixar o cifrão,
Diz-me: aqui há...fantasia!

AOS GATUNOS

Querem roubar-me o futuro,
Deste final da minha vida.
Encostar-me contra o muro,
Aumentar, a grande ferida.

Querem mas não vos deixarei,
Enquanto puder denunciar!
Neste meu pequeno lugar, sou rei!
Não será fácil, dele abdicar!

FACTOS & FIGURAS

MOÇÃO DE CENSURA

O riso boçal, galhofeiro,
Achincalhando, o parceiro
Que coligação sustenta,
Foi muito feio de se ver:
Um coelho, feliz na relva,
Num "centro" que os aguenta.

A MINHA GENTE

Desiludido! A minha gente,
A quem dou, de "boa-mente",
O que tenho, com prazer,
Não manifestam um agrado.
Me sentiria compensado,
Pelo gosto, de receber.

FILME CÓMICO NA T.V.

Um "novo", exibe a carta,
O coelho, brinca nas relvas,
A coligação, torna-se fraca,
P'lo sorriso, dos dois "melgas".

DESNIVELADOS

Com seres de fraco nível
Náo será, de todo credível,
A luta pelo bem comum.
Porque, de ideários opostos,
Políticos não estão dispostos.
Assim, não vamos a lado algum.

sábado, 6 de outubro de 2012

A EDITAR

Já denunciada, a pouca vergonha,
Tem agora novos contornos.
Retomo o tema, de forma risonha,
"Pegando o boi pelos cornos"!

Vidé o título, "Vinho decide concurso, na A.R."
C.M. - 3/10/2012.

Na Lista das Páginas Amarelas,
Existe agora, uma nova empresa:
Garrafeira Nacional, "As Aduelas".
Muita variedade, por pouca despesa!

Só lendo, se acredita!
Vou tentar, dar-vos a prova,
Nesta minha simples escrita,
Para ser cantada em trova:

Por insuficiência de variedades,
Não foi aprovado o concurso.
E, cabe aqui dizer verdades,
Era de bebidas e seu uso.

Faltavam, mais: Porto branco,
Xaropes, vermutes e verdinhos.
Dos estrangeiros, sem espanto,
Vodka, whisky... só bons vinhos!

Vai acima... ide todos abaixo!...

PASMO

É de morte!
Vejam, a sorte:
O M.P., sem meios,
Vive de anseios;
Saber que riqueza,
Detém a realeza,
Dos políticos.
Não há analíticos
Para verificar.
É só, amealhar!
Nós, os pequenos,
Reduzidos, a menos!

NO MEIO, A VIRTUDE

Tentem dar a este País,
A sua normal dimensão.
Não de imaturo petiz,
Nem de malandro, espertalhão.

Não demasiado rico.
Nem pensar, ser miserável.
É no meio que pontifico,
Ser o lugar, desejável.

Nem tanto assim, por cima.
Nunca, jamais no lamaçal!
É a vida que me ensina:
No meio, serei igual.

CONSELHOS

Afinal, o homem
não é burro;
é cavalo, de Alter.
Daí, o regalo,
com que falo,
do seu mister.

FALHO DE DENTIDOS

Olho e não te vejo;
Escuto mas não te ouço;
Não sinto, o teu cheiro.
Falo, não me respondes.
E, nem o sabor de beijo teu...
Serei, surdo cego e mudo?
Eu, que de ti, quero tudo.

ORA DIGAM!

Com o "arrefecimento económico",
Quando começaremos a aquecer?
Como cidadão, fico atónito,
Temendo, o que irá acontecer.

Incerteza, natural e acentuada
Porque os nabos deste nabal,
Calam-se, não nos dizem nada.
Comportamento, pouco normal.

Seria bem mais agradável,
Nos dissessem, com clareza,
Em bons modos; tom cordial,
Qual a situação portuguesa?!

Espero, inquieto por saber,
Onde nos levará esta crise.
Bom lugar não será. bom de ver,
P'los resultados da palermice!

ÀS ARMAS!

Contra a terrível verdade:
Querem dar-nos, precaridade!
O movimento, nasceu lá fora.
Invadiu, o nosso sossego!
A ordem, virá de labrego
Que nem sabe, quem aqui mora.

Não sou bruxo nem adivinho
Mas sinto o cheiro de vizinho
Que pretende o meu mal.
Te arrenego, Satanás!
De pouco mais serei capaz;
Impedir que roubes Portugal!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

5 DE OUTUBRO

Foi o último 5 de Outubro;
De triste memória; ao rubro.
Se viram, cenas caricatas
Ou tristes, na realidade
Que revela, crua verdade:
Só temos, figuras inaptas!

O AUSENTE

Faltou à cerimónia.
Talvez, nem fizesse falta,
Por questão de parcimónia.
Foi aturar outra "malta"

E, assim com ele ausente,
Falha da boa maneira,
Até um "inteligente",
Içou ao contrário, a bandeira!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

NOVOS SACRIFÍCIOS

Linguagem de ministro:
"...vão ser chamados a contribuir,..."

Direi eu:
... roubados para contribuir,
dando, aos que a sorrir,
nos vão cavando a sepultura.
Meta as suas balelas no saco!
De enganos, já estou farto.
Mude a sua política, criatura!

Um Governo de desenganos
Que só nos provoca danos,
Será no todo, zelador capaz?
Olhar os seus contribuintes,
Como gente, não pedintes,
Ou é, ratoneiro e contumaz?

SE EU MANDASSE...

Neste lugar, onde o mando,
é sinal de violência,
acabava com o desmando
que ultrapassa a decência

Greves proíbidas, no geral!
Protestos; e a Constituição?
Oiça, seu grevista "genial":
Essa, já é sujeita a violação!

Se "eles" me exploram,
Tirando o que é meu,
E, acredite, até adoram,
O baixar dos braços, seu,...

E ficam-nos as certezas,
Dessa atitude desbragada:
Qual o mal das empresas?

Não mais, que pouco ou nada!

Problemas, de quem trabalha,
Dos iguais a vós, grevistas.
Esses sim, estão na calha,
Das privações tão malvistas!

É de sacrifícios, o momento!
Alguém, no entanto desconfia,
Porque um mal, sarnento,
Atira dinheiro p'rá pia!

Greves, não! Até subir a maré
Que nos traga mais pão
E aumente a nossa fé,
Esquecendo a contradição.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UNIDOS, CONSEGUIREMOS

"Só unidos", conseguiremos vencer"!
Frase, de intenção bem lapidar
Que não sei como poderei dizer
Ou, p'ra onde vos devo mandar?...

Pois sim! Unidos, de que maneira?
Vencimentos iguais; Semelhantes?
Mesmo desafogo na carteira?
Ou apenas, como em Abrantes?

O RELVADO

Apesar de mal aparada,
A relva, voltou a crescer.
É a sorte mais desgraçada,
Com que temos de viver.

Este jardim, mal tratado,
Pelos muitos parasitas,
À beira mar plantado,
Tem daninhas, esquisitas.

A tal relva, essa praga,
Precisa de rega abundante;
Herbicida que a trague
Ou a leve, bem distante!

AVISO

Sempre vos tenho avisado!
Reduzam, o valor da portagens!...
Será que ouviram o recado?
Mas não deixaram margens...

A redução é pequena;
Não basta! Sejam honestos!
Dez por cento, mantém a pena;
Resolvam isso, e sejam lestos!

MAUS CONSELHOS

Com tais assessores,
Iguais, aos maus conselheiros,
Como pode ganhar louvores,
Este Governo d'interesseiros?

Se tão mal assessorado,
Por inúteis doutores
E vagamente aconselhado,
Lá se vão,...os valores!

Que são bem nossos;
Obtidos com tanto esforço!
Estamos a ficar com ossos,
Ou da fruta, só o caroço!

TODOS IGUAIS

Quem vê caras,
Não vê corações!
Mas as aves raras,
Uns certos figurões,

Têm no rosto,
Aquilo que são:
Um mau mosto;
Fraca graduação!

Dum modo geral,
O baralho completo;
Só fazem mal,
Do que seria correcto.

Tirem a fotografia,
Aos vários naipes!
A mesma razia,
Na mira dos "snipes".

É FOGO!

Os incêndios do Algarve
Já tiveram conclusão,
Num inquérito, bem alarve
Que só indica a razão:

Falta de meios viáveis,
Mau planeamento geral,
Motivos, não desculpáveis!
E, culpados? Aí, o mal!

Não há! Não se indica!
Como em todos os inquéritos,
Neste País, só nidifica,
Do passado, os pretéritos!

OURO EM CASH

O Snr., Sala
porque não se cala?
Já enjoa,
falar à toa
sobre ouro!
Quem tem tesouro,
mete-o no cofre,
e, não sofre!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

INSENSÍVEIS

Seus cabrões, insensíveis!
Não vêem, televisão?
Casos, tão impossíveis,
Vossas mentes, não abrirão?

Idosos, contando moedas,
Na dúvida: comer ou remédio?
E todos vocês, seus merdas,
Bocejando de tédio?

Ver velhinhos, na luta,
Cavando o que a terra dá
Porque a reforma é curta
E você,..."sou um Paxá"!

Quantos mais exemplos
Para vos abrir as vistas?
Deixai, o luxo dos templos!
Baixem, as reles cristas!

DIFERENÇAS

É tudo limpinho, sem osso!
Enquanto os donos do "caroço",
Vivem, à grande e à francesa,
Os subalternos, desta tropa,
Cuja miséria, ninguém topa,
Vivem pobres, à portuguesa!

O PALHAÇO

Burro sem albarda, tal senhor,
Deveria ter outra profissão:
Palhaço rico; por favor,
Tal o seu ar, de "pimpão"!

Nem precisa de retoques;
Tem ar próprio e figura.
Os seus ditos, são remoques
Que definem a criatura.

Neste circo, a assistência,
Já lhe atirou com tomates!...
"Corrido", pela indecência,
Não provocará, mais disparates!

DIZEM...

Ser, escandalosamente, bem pago!
Aconselhar mal, porque é parvo;
Criticando, quem vive do trabalho.
Com gentinha assim, desta laia,
O povo, o reprime, com vaia,
Alvo, do mais justo enxovalho!

SEGURANÇA

País pequeno, na dimensão,
Territorial e em população,
E, tantas Forças de Segurança?
Não seria tudo mais racional,
Uma só Polícia Nacional,
Moderadora, em poupança?

Quanto, isso representava?
Julgo que imenso; justificada,
Dada a situação insustentável.
Pensar cansa? Lhes dói a cabeça?
Haverá alguém que os esclareça?
Tornar, esta hipótese viável?

CASA MILITAR

A Casa, está com mudanças!
De mal a pior; Como o Mundo;
Carências, falhas, más andanças,
Estamos caindo num fundo...

Outro Fundo, nós suportamos,
Pensando na natural sobrevivência;
Quotização, todos agora pagamos,
Mas está faltando, a decência!

Submetidos, à sujeição?
Os militares que fomos?
Tal renego; Jámais submissão!
Grito frontal, com assomos!

COLUNÁVEIS

Quanto pagará, D.Belmira
Para tanto, "se aparecer",
Como "coisa", tão gira,
Que não se pode esquecer?

É sobretudo em revistas,
O seu esplendor de capa;
Prende, as nossas vistas!

À atenção, não escapa.

Ai,...Mundo! Cada vez pior!
Tanta gente com carências
E estas fãs, da Dior,
Falhas, de benevolências!...

CABECINHAS...

Cabeças ôcas,
atitudes loucas,
final infeliz.
Em poucas palavras:
As mentes, pasmadas,
matam um País!

Olho à volta
e o que vejo?
Apenas revolta!
Nem um lampejo,
de promessas.
Tudo escureceu...
causas dispersas
e, até eu...

FACE À CRISE...

Casa, onde falta o pão,
Não tem, nenhuma razão
Para ralhos, com consequências;
A fome, também se combate;
Umas simples sopas de tomate,
Amenizam, as carências!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

BRANCO É, GALINHA O PÕE

Exemplos, pouco edificantes,
Dados pelos nossos governantes,

Nos enchem, a nós, de vergonha;´
São tantas, as muitas estórias!...
Ridículas atitudes; notórias,
Desta "cambada", bisonha.

Um ministro, joga à defesa,
Com três centrais à mesa:
Às segundas e sexta-feiras,
Diz quem sabe e já viu,
No Munícipio do Dr.,Rio,
Um autor de más maneiras.

Carrão, guarda costas nomeados
Para defender os costados
De quem usufrui de tal pasta,
Se mantém ao seu serviço;
E o "nosso",a dar sumiço,
no sustentar de gente rasca.

                     C.M.-11/9/2012

A PROCISSÃO

Uma fantochada constante,
Parece ter o garante,
Da política actual.
Seres, de péssima postura
Que aumentam, a secura,
Do oásis, nacional!

São, relvas mal aparadas,
Vinhas Borges, não podadas,
Um não sei quê, de boçal...
Muita parra, pouca uva...
Dizem, que por falta de chuva,
Nada medra, em Portugal!

Políticos, de segunda escolha,
Legislam, leis da rolha:
Que ora assim, ora assado!
E a procissão, não sai da capela!
Falta ainda, acender a vela!...
Os "anjinhos", à espera, no adro!...

ABAIXO AS FUNDAÇÕES

Os figurões,
Das Fundações,
Salvo, excepções,
Sacam milhões,
Sem satisfações,
Às Repartições!

É só embolsar!
Nada a pagar;
O Zé, a sustentar,
O Estado a ignorar...
E, p'ra não variar,
Um nunca mais acabar!

CASAMENTO POR AMOR

Nos ficará na memória;
Vos juro, por quem sou
E registado na História,
O casamento, do "noivo-avô"!

Ela a noiva, brasileira,
Apaixonada e nada pateta;
Nas leituras de cabeceira,
Será sempre, a "noiva-neta"!

É lindo! Ela, o amor primeiro;
Ele, já lhes perdeu a conta.
Este casório, luso-brasileiro,
Para alguns, é uma afronta!

DIA DO IDOSO

Sou idoso, pela idade!
Não contesto tal verdade;
Mas velho, me recuso ser!
Das contas do meu rosário,
Suporto todo o fadário
E,... continuo, a viver!