sábado, 14 de janeiro de 2012

TRISTES FIGURAS

Ontem, uma figura aberrante,
No seu imponente turbante,
Foi, ao Tribunal de Famalicão;
Conde sem condado; híbrido duvidoso,
No seu todo, mais que piroso,
Respondia a quesitos, duma questão.

A seu lado, em triste figura,
Uma outra, jurássica criatura,
Completa o par do nosso espanto.
Será possível, aceitar tanto desaforo?
Onde param a decência e o decoro?
Chegar tão baixo! Assim... tanto?!...

E, pasme-se! A plateia, aplaudiu,
Aquele ser que um dia alguém pariu!
Bem merecia, o aborto provocado.
Na prova indesmentível de loucura,
Este Mundo, de reles, já não tem cura!
Deus me perdoe se cometo pecado!

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